Fala, jogador: Nino: “Todo jogo é importante, ainda mais depois de uma derrota”

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Nino foi o escolhido para a segunda coletiva ministrada de forma virtual pelo Fluminense. O zagueiro falou sobre o péssimo desempenho do time no retorno do Carioca, incertezas em relação ao momento em que vivemos, o risco de contaminação, o protocolo da FFERJ, falta da torcida e um pouco mais. Confira as palavras do defensor:

 Algumas horas antes foi divulgado o teste positivo para coronavírus em três jogadores. Quando souberam como ficou a situação no vestiário? Houve receio de entrar em campo?

“A gente sempre deixou claro o nosso posicionamento, mas existe um protocolo a ser cumprido e a decisão foi entrar em campo. O foco era todo no jogo, isso não deixou nenhuma dúvida. O foco era todo no jogo, sempre quando a gente está no vestiário, o foco sempre será no jogo.”

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Tiveram uma derrota doída. Tanto tempo sem jogar. Foi a parte física ou técnica e tática?

“Realmente foi doída, nos sentimos todas as dificuldades por treinar só 8 dias, eu não sei se foi a parte física ou a parte técnica. Mas o que eu sei é que não estamos 100% fisicamente. Agora é trabalhar, focar, para que a partir daqui as coisas sejam diferentes.”

Voltando na primeira pergunta sobre atletas contaminados. Depois que o jogo passou. O protocolo estava seguro ou falho? Estão se sentindo inseguros? Como receberam a informação da possibilidade de jogadores contaminados?

“O protocolo em si deixa brechas. Os jogadores do Volta Redonda já tinham sido testados e chegaram para o jogo infectados. Assim como a gente pode vir no começo da semana, testar negativo, e durante a semana pegar e estar treinando normal, depois vai para o jogo. Então, o protocolo em si não é 100% seguro. Eu entendo que as pessoas querem nos dar uma segurança, mas essa segurança não existe. A segurança é ficar em casa neste momento.”

Com o empate já conseguem a classificação. Qual a importância para dar resposta para a torcida? Contra o Macaé tem melhora tática e física por ter mais tempo de treino? A torcida pode ter esperança nesse time?

“Todo jogo é importante, ainda mais depois de uma derrota. Ninguém ficou feliz e estamos bastante focados a voltar a vencer, nos classificar e que tudo amanhã dê certo, para que o resultado seja diferente do jogo passado.”

Muita coisa mudou em muito pouco tempo. Três meses de incerteza. Volta do Fred; ausência de Nenê e Wellington e incerteza da segurança com o protocolo. Além da falta de ritmo, qual desses fatores pesa mais?

“Todos os fatores pesam, a falta de jogadores tão qualificados como o nenê e o W. Silva, a parte física e a técnica, a luta contra o vírus, ansiedade para voltar a jogar como paramos. Então tudo isso interfere e pesa dentro de campo. Mas o importante é o que vamos fazer daqui para frente, para fazer nosso melhor e voltarmos a vencer.”

6)O Flu em 2020 contratou diversos jogadores acima de 30 anos. Contra o Volta Redonda, 6 com mais de 30 e 5, não. Até que ponto pode ser prejudicial para equipe nessa temporada?

“O Nenê é um dos melhores nos números dos jogos, existe a experiência e qualidade que agrega para equipe, então a gente não pode dizer que isso é um problema. Realmente depois de um tempo parado, todo mundo sente a volta. Então a gente tem focado sempre em melhorar o mais rápido possível.”

Quando terminar o Carioca, terá uma pausa grande entre os jogos do Carioca e Brasileiro. Baseado nesse primeiro jogo, como você imagina o Flu no final do Brasileirão?

“Essa era uma das brigas do nosso presidente, a volta do precoce do carioca faz com que depois fiquemos mais um tempo parados. Mas com os treinos presenciais, vamos aproveitar para nos preparar para manter o nível físico, porque nosso principal objetivo no ano é o Brasileiro e a Copa do Brasil.”

 Abordando duas questões: que erros não repetir contra o Macaé e como reagiram à perda da primeira colocação para o Flamengo na classificação geral dos pontos?

“Sobre os erros, eu creio que todos nós erramos muito nesse jogo, então mais do que olhar para o coletivo, nos sabemos que todo mundo precisa melhorar, sempre com uma cobrança saudável. Taticamente está todo mundo junto. Mas esse jogo foi atípico, cometemos erros que não costumamos a cometer. Nos entendemos que ainda temos a chance de ir para final, pela Taça Rio, ainda não está definida a colocação geral, e ainda vamos lutar. Não vamos nos abalar por uma derrota, porque ainda tem muita coisa boa pela frente.”

O Hudson falou ontem que todos se deram “puxão de orelha” e você comentou também que todos falharam. Muitos fatores influenciaram. Você falou muito sobre foco. Diante de toda a questão da mudança de marcação de data dos jogos, o foco se perdeu no primeiro jogo?

“Quando eu falo do foco, é focar ainda mais daqui para frente. Não foi suficiente nossa preparação para esse jogo e a gente passou por muitas situações adversas nesse jogo. A gente tem que estar numa batalha interna para lutar até o fim e não desconcentrar, então é sobre esse foco que eu falei. Quero chamar atenção para que a gente foque ainda mais. Esquecer o que passou, para focar daqui para frente.”

Será que o Maracanã não faz falta principalmente nesse momento de retomada, por vocês serem mais adaptados a ele?

“Eu não acho que seja uma coisa que faça falta, só se a torcida estivesse presente, aí sim faria falta. Mas o gramado estava muito bom e a gente está a 3 meses sem jogar no Maraca, então não interferiu em nada. As condições foram as melhores e isso não pode ser desculpa.”

Você já enxerga o modelo de jogo do Odair para 2020? Ontem vocês receberam o salário de abril. Isso dá um ânimo para o jogo contra o Macaé?

“Nós estamos bem habituados com o esquema de jogo do Odair, vem dando certo. Em relação ao salário, a gente sabe da luta do presidente. Nessa situação de pandemia, todos estão passando por momentos difíceis. Então a gente sabe da transparência do Mário, sabemos que vamos receber e isso não atrapalha dentro de campo.”

ST!


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8 thoughts on “Fala, jogador: Nino: “Todo jogo é importante, ainda mais depois de uma derrota”

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