Fala, Jogador — Fred: “Estou me preparando para jogar os 90 ou 70 ou 40 (minutos). Vou entrar e dar o meu melhor para ajudar o Fluzão”

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O centroavante Fred concedeu, nesta terça-feira (01), uma coletiva de imprensa no CT Carlos Castilho. Durante a entrevista, o camisa 9 falou sobre o retorno gradativo a equipe.

Nos últimos jogos, o atacante Fred tem saído do banco de reservas para ganhar ritmo de jogo. Contra o Figueirense, por exemplo, foram apenas cinco minutos em campo. Enquanto contra o Vasco foram 13 muitos. Além disso, diante do Cruzmaltino, o artilheiro balançou as redes pela primeira vez desde que retornou ao Fluminense.

De acordo com o centroavante, a entrada aos poucos tem sido combinada com o técnico Odair Hellmann. O camisa 9 também ressaltou que o Flu parece ter encontrado uma equipe ideal nesta sequência de três vitórias consecutivas.

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“Eu conversei com o Papito, com o Odair, para a gente ir se acertando. Acho que nem se eu quisesse começar agora, ia conseguir porque o time encaixou. O time está tão bem. Todo mundo jogando muito bem. Evolução de todos os setores, defesa, meio-campo, ataque, está bonito de ver. Eu que estou ali do lado de fora estou vejo que as coisas estão acontecendo naturalmente, com o que foi treinado. Então eu estou aguardo a minha brecha, assim devagar. Mas eu estou ganhando não só nos jogos, estou ganhando também nos treinos. Lógico que treino é uma coisa e jogo é outra. Mas eu estou me preparando para jogar os 90 ou 70 ou 40 (minutos). Eu vou entrar e dar meu o melhor para ajudar o Fluzão”, afirmou Fred.

Outros pontos da coletiva de Fred

Fred foi bastante parabenizado pelos jornalistas presentes por ter marcado pela primeira vez no retorno ao Fluminense. O centroavante também foi perguntado sobre diversos assuntos como, por exemplo, o confronto contra o Atlético-GO, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O Dragão também foi sorteado como adversário do Flu pela quarta fase da Copa do Brasil.

Além disso, respondeu também sofre projeção no número de gols, recordes que pode alcançar e sobre o Evanilson, que atualmente é o centroavante titular. Confira abaixo:

Objetivos e confrontos contra o Atlético-GO

“Os objetivos que eu tenho é sempre pensar no próximo. Então meu objetivo maior é sempre pensar no próximo jogo. Nós vamos pegar o Atlético-GO. Depois vamos enfrentar pela Copa do Brasil, que é uma competição que os clubes estão dando cada vez mais ênfase por causa do lado financeiro. Está valendo quase o mesmo que o Campeonato Brasileiro. A gente primeiro vai focar no jogo de amanhã. A gente está embalado, mas entende que tem que dobrar a atenção para não ser surpreendido de nenhum jeito. Seja vindo eles para nos atacar, agredindo, ou seja para respeitar mais, nós vamos entrar focado no nosso trabalho”, disse

Histórico de 100% de aproveitamento do próprio Fred contra o Atlético-GO

O centroavante enfrentou o Atlético-GO em três oportunidades. Sendo duas pelo Atlético-MG e uma pelo próprio Fluminense, tendo vencido as três. De acordo com o 9, ele esperava que retrospecto se mantenha na próxima quarta-feira (02).

“Tomara sim, nós precisamos das vitórias. São números que contam assim, mas não vão influenciar na hora do jogo. E o mais bacana é que a gente colocou na cabeça que vamos esquecer tudo que passou. A gente teve criticas demais no início. Porque a gente estava dando umas falhadas, umas bobeira, tomando alguns contra-ataques… E a gente conseguiu fechar e entender que a gente tem que estar ligado o tempo inteiro. Vamos colocar nossa força de jogar em casa, de Maracanã, para pressionar o adversário e sair com os três pontos”, afirmou.

Síndrome de Robin Hood

Fred foi perguntando sobre o fato de enfrentar um time que está na lanterna após perder quatro jogos conseguidos. O Fluminense, em 2019, por exemplo, perdeu para CSA e Avaí quando estes na zona de rebaixamento. Mas, para o centroavante, o importante é ter atenção.

“Cara, eu já tive experiencias negativas aqui também. Mas acho que o trabalho que o Odair faz, ele para treino e quase dá uma palestra motivacional ou pra ligar o alerta. Ele está tratando igual ao jogo do Vasco. Ele não fala com essas palavras, mas nós atletas falamos. A gente vê nas redes sociais que a nossa torcida fica preocupada com esses jogos, mas é Brasileirão, independente se for o Grêmio ou se for Atlético-GO, nós já criamos uma forma de jogar, vamos ter humildade e respeitar na hora de defender e atacar como se fosse qualquer um”, disse.

Ajudar o Fluminense dentro e fora de campo

“Independente de qual seja, o jogador quer estar dentro de campo. A gente fica olhando e pensando ‘aquela bola ali está passando’, ‘se eu estivesse ali, faria o gol’, ‘poderia dar alguma orientação’. Eu vim para ajudar o Fluminense. Seja no dia-a-dia, para jogar o tempo que for, seja no vestiário. O clube, o Odair, os jogadores estão me dando a oportunidade de fazer o que eu mais amo, que é jogar com a camisa do Fluminense. Que é trabalhar, que é poder chutar uma bola, fazer gols. A única que está faltando é o Maracanã lotado com a nossa torcida. E o mais importante para gente é fazer uma boa campanha o campeonato todo e brigar lá na frente”, contou.

Recordes e projeção do número de gols

“Na verdade, eu acompanho por vocês. O pessoal da minha assessoria manda, (a assessoria) do Fluminense. Faltam tantos gols para ser o segundo maior artilheiro do Fluminense, para ser o maior artilheiro dos pontos corridos, do Maracanã… É uma motivação extra. Mas a minha maior motivação é fazer gols para o nosso time ganhar. Porque ai as coisas estão fluindo e vai dar tudo certo. Vamos dar tempo ao tempo. Não tem como dizer, eu quero fazer 15 gols, 30 gols. Eu quero é fazer quantos eu puder. Já teve ano que eu disse queria fazer 30 e fiz nove. E teve ano que eu falei que eu queria fazer 20 e fiz 36. Vamos deixar as coisas acontecer e pensar jogo-a-jogo para fazer o máximo possível”, afirmou.

“Fla-Flu” entre Fred e Gabigol pela artilharia do “Novo Maracanã

Com o gol marcado, Fred reascendeu a disputa com Gabriel Barbosa, do Flamengo, pela artilharia do Maracanã. O camisa 9 rubro-negro tem 37, até então. Enquanto Fred chegou aos 31. De acordo com o próprio, o artilheiro vai tentar retomar a primeira posição.

“Eu vou jogar no Engenhão, falam que faltam dois gols para você ser o maior (artilheiro) aqui. Vou jogar no Maracanã, dizem que faltam seis. O Maracanã é nossa casa, é minha casa, eu me sinto bem jogando no Maracanã. Mas não é algo que mexe muito comigo. Seria legal, mas não motiva nada fora do normal. Mas, como está tendo esse Fla-Flu, vamos tentar passar o Gabigol sim”

Baixo nível técnico do Campeonato Brasileiro

“Nós temos que avaliar, nesse início de campeonato, muito pelo que aconteceu. Pandemia, três meses parado… A gente pega um ambiente sem torcida e, eu não sei se é com todos os jogadores, mas em conversas internas, a gente conversando com outros jogadores, quando não tem torcida, é muito estranho jogar. Então, cai a sua concentração, cai o seu nível técnico. Eu, por exemplo, toda vez que vou jogar fora de casa, a torcida me vaia ou começa a me zoar e isso me motiva. Eu faço o gol e falo ‘fala alguma coisa agora’. Muita coisa aconteceu nesse início de ano que influencia. Mas eu acho que as coisas vão melhorar de agora em diante. A gente tem uma sequência, os calendário está se firmando, já vai entrar Copa do Brasil. Aquele cobrança de ter que ganhar, ter que passar. O nosso time, tecnicamente, evolui muito nos últimos jogos. Está conseguindo fazer o que o Odair está pedindo e está colocando a qualidade técnica ali. Marcos Paulo está pedalando, driblando, Nenê dando chapéu, fazendo gol decisivo, Evanilson arrastando, driblando, o Dodi voando. Eu acho que nós estamos em ascensão”

Média de idade do time do Fluminense

“Eu estava conversando com o Hudson e a gente estava falando como é que está essa sequência, vamos ver todo mundo que está jogando que o pessoal vai cansar. A gente começou a olhar, Luccas Claro, forte, novo, Nino, moleque, Calegari, novo, Dodi, novo, Gidão precisaria descansar, mas não porque é atleta, Evanilson é que nem um cavalo. Você o Nenê jogando, a bola está parada e o Nenê fica atravessando o campo correndo que nem menino. A gente pegou para ver a média de idade, eu nem qual é a média, mas só tem moleque. 27 anos é uma média é boa, não é novo, nem velho demais. É uma média boa”

Comparação entre Odair e os técnicos com quem Fred trabalhou no Flu

“Quando eu jogava contra o Odair, a gente sentia uma equipe muito consistente, difícil de entrar, de marcar gols. Eu vim para o Fluminense e pensei ‘vai ser aquela equipe e tal’. Realmente é uma equipe consistente, mas é uma equipe cria muito. É uma equipe que ele dá liberdade, cobra chegar lá na frente, que ele sempre para passar, para fazer a ultrapassagem, pede para os meias chegarem na área, encostar para darem opção para os atacantes. E assim, é um grande treinador que eu estou tendo uma experiência muito positiva, estou aprendendo muito com ele”

Evanilson

“O Evanilson é um jogador que, quando eu cheguei, já comecei a ver as movimentações dele, finalizando para o gol. Tanto que os gols que ele fez aqui no Brasileirão, são uma porrada de esquerda. Então eu comecei a ver estrela, a bola batia em alguém e entrava. O moleque é muito forte, muito rápido. Quando eu cheguei disseram que o moleque era bom e eu disse ‘bom não, é muito bom’, já está pronto e ele está demonstrando essa evolução. A gente já começa a ver os zagueiros do Campeonato Brasileiro, que são jogadores prontos, preparados, já chamando a atenção, pedindo sobra para marcá-lo. A gente vê que ele está impondo respeito nos adversários. E isso é muito bom. É um cara muito com a cabeça no lugar e hoje para mim ele já é uma realidade. Vai virar um grande ídolo da nossa torcida, que já gosta muito dele, e o nosso grupo ama o Evanilson. Vai nos dar muitos bichos ainda se Deus quiser”

 

Dificuldade do Fluminense em fazer gols dentro da área

Contra o Vasco, por exemplo, Dodi e Fred marcaram gols de fora da área. Dos últimos oito gols marcados nas últimas quatro partidas, apenas um foi de dentro da área — o gol contra do zagueiro Felipe Aguilar na vitória por 1 a 0 sobre o Athlético. Mas, para o camisa 9, o time vem trabalhando isso nos treinos.

“Eu acho que uma coisa que eu converso muito com os nossos beiradas é profundidade. O que o centroavante mais quer é jogada de linha de fundo. Porque assim a gente pode fintar com a nossa movimentação dentro da área e ali a sua idade não pesa. Ali é mais inteligência, ser mais esperto que o zagueiro. E o Evanilson acaba não sentindo muito porque ele é muito rápido. Então ele é a profundidade dele, não precisa dos beiradas. Mas o Odair cobra essa profundidade, cobra os meias entrarem para abrir espaços para os laterais. E já nesse jogo nós tivemos o Egídio dando o passe já dentro da área e tivemos um finalização do Calegari que ele quase fez o gol. Assim, ele tem cobrado, tem feito exercício e nós já estamos vendo essa evolução”, concluiu.


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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