Em entrevista coletiva no CT Carlos Castilho, Marcão, Mário e Paulo Angioni falam sobre o planejamento para a próxima temporada e muito mais

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Por: Davi Barbosa, Gabriel Gonçalves e Marcus Vinicius

Um dia após o término da temporada, o treinador Marcão concedeu uma entrevista coletiva ao lado do presidente Mário Bittencourt e do diretor executivo, Paulo Angioni, no CT Carlos Castilho. O comandante, mandatário e o diretor falaram por mais de 2 horas exaltando bastante o elenco e comentaram sobre o futuro do Flu para 2021. Além disso, teve elogios ao trabalho de Roger Machado – novo técnico do Tricolor que será apresentado amanhã (27).

Primeiramente, Marcão falou sobre as dificuldades que teve no início de trabalho. O treinador comentou sobre os meninos da base e o tempo que Mário Bittencourt e Paulo Angioni deram para a continuação do seu projeto.

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“Orgulho de vestir a nossa camisa. Falando sobre as dificuldades, a gente que trabalha aqui tem que estar sempre preparado. Mais uma vez o momento foi muito difícil, foi crucial. Mudança de turno, mas os meninos ajudaram muito. Trabalhamos muito! Acho que na verdade fica muito fácil quando o clube todo fica num pensamento só. Você entra ali na portaria os meninos dão “bom dia” com muito orgulho. Então são as pessoas que fazem o nosso dia ficarem mais fácil. E em momento de dificuldade distribuímos isso junto, como família. Realmente isso facilita nosso trabalho, com muito empenho e responsabilidade. Respaldado pelo presidente e pelo Paulo que deu total condições de tempo para gente. Junto com os nossos meninos um modelo ideal de jogo para fazer um excelente segundo turno”. 

Marcão na coletiva no CT Carlos Castilho. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

O diretor executivo de futebol do Fluminense, Paulo Angioni, também participou da entrevista coletiva. Na sua primeira fala, Paulo elogiou bastante o trabalho de Marcão e disse que sempre acreditou no elenco para disputar na parte de frente da tabela.

“Aproveitar a oportunidade para agradecer muito o Marcão. Sobre o crescimento, a compreensão quando o procuramos em momentos delicados e ele esteve sempre pronto a colaborar. Para nós não é uma surpresa ver esse crescimento do Marcão. Lá atrás eu disse que o Fluminense poderia chegar entre os 5 primeiros do Brasileiro. Muitos me chamaram de maluco. Ta ai o resultado”. Disse Paulo Angioni.

Além do diretor executivo, Mário Bittencourt também falou na entrevista. O presidente comentou sobre o trabalho de Marcão e ressaltou que ficou bastante triste com as críticas que o treinador recebeu quando assumiu o comando do Flu.

“Queremos transformar o Marcão em um treinador fixo do Fluminense. Está mais do que comprovado que ele tem capacidade de ser treinador de qualquer equipe do futebol brasileiro, mas ele disse que quer continuar contribuindo e sendo o treinador fixo do Fluminense. O Marcão é um profissional que estudou e se preparou para estar aqui. Fiquei muito chateado com algumas criticas que foram feitas a ele. As pessoas querem um modelo único. Existem vários tipos de lideres. Ele usa um jeito amoroso, do jeito que sempre foi”. Falas do presidente Mário Bittencourt.

Quando o microfone voltou para o técnico, Marcão falou sobre o G-4 e lamentou os pontos perdidos no jogo contra o Santos. Por fim, falou que o Flu não teme para nenhum adversário e exaltou, novamente, os Moleques de Xerém.

Com muita satisfação essa nossa passagem. Ontem ficou um sentimento um pouco amargo. Ficamos bem perto de conseguir o G-4. Lamentamos o jogo do Santos. A arbitragem não teve uma noite feliz e nos prejudicou. Eram os pontos que nos deixariam no G4. Mas com a sensação de dever comprido. Os meninos fizeram de tudo por essa posição em cada vez mais elevar o nome do Fluminense lá em cima. E se tivermos que disputar a pré-Libertadores, esse time não teme mais a nada, jogaremos contra qualquer um, em qualquer lugar. O que esses meninos construíram e para ser guardado, registrado e tenho certeza que é daí para cima”. Ressaltou o treinador.

Perguntando sobre reforços para a próxima temporada, Mário disse que já está acontecendo algumas reuniões com a nova comissão técnica. Além disso, já adiantou que deve aumentar a folha do clube em até 30%.

“A nova comissão técnica já está chegando e o Paulo já está discutindo os nomes. O Paulo é o profissional contratado e ele junto com o chefe de scout, preparação física, preparadores, treinadores e auxiliares discutem os nomes dentro do orçamento que entregamos. Nós vamos aumentar a folha em 20% e, com a classificação para a Libertadores, discutimos aumentar um pouquinho mais para 25 ou 30%”. Comentou Mário.

Paulo Angioni falou sobre as contratações para o Sub-23 do Flu. Para o diretor, é muito importante esse processo de olhar para a base.

“O modelo (do sub-23) é o aproveitamento total dos jogadores formados no Fluminense. Os 01 que ainda teriam idade para jogar no sub-20 vão para o time de aspirantes. São 8 jogadores que vem e tem contrato com o Fluminense. O primeiro contrato expira em 2022. A equipe de aspirantes é simplesmente uma continuação do desenvolvimento do atleta, que está sendo maturado muito cedo. O ideal é maturar até 22, 23 anos”. Palavras do diretor executivo de futebol do Fluminense.

Paulo Angioni na entrevista coletiva. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

O treinador Marcão também exaltou a importância do projeto do Sub-23. Além disso, falou sobre seu futuro dentro do clube.

“O sub-23 não foi de benefício só para os atletas. Para nós também. O treinador aproveitou também. Observávamos os treinos do profissional e conseguimos colocar também no sub-23, com um modelo bem parecido. Eu to muito feliz de mais uma vez conquistar tudo isso com eles. To feliz com a posição que eu estou dentro do clube. Estou feliz porque o nosso torcedor está feliz, com orgulho. orgulhoso de estar disputando mais uma vez a Libertadores. Vamos dar a vida pelo Roger.” Disse o comandante do Flu.

Marcão elogiou o departamento médico do clube por ter recuperado o volante Martinelli em pouco tempo.

“Vou falar do nosso departamento médico. O Martinelli foi realmente batizado ontem. Sabemos que esse menino é muito concentrado, na parte técnica, mas menção honrosa ao nosso departamento, comandado pelo Dr. Douglas. Nossa fisioterapia comandada pelo Filé. Martinelli não saia do clube para poder estar em campo. Sabíamos também que o nosso capitão (Fred) estava sentindo um desconforto e o nosso departamento médico trabalhou duro. Não podemos deixar de homenagea-los por tudo que fizeram”. Palavras do técnico Marcão.

Quando o assunto foi Roger Machado, Marcão voltou a enaltecer o novo treinador e comentou que já falou com ele sobre o futuro do Flu.

“Já tive sim a oportunidade de estar com o Roger. A visão dele é muito boa de tudo o que ele presenciou. Tenho certeza que vamos poder ajudar no que for possível para que a gente possa continuar com esse pensamento e essa mentalidade”. Disse Marcão. 

O diretor executivo de futebol, Paulo Angioni, comentou que Marcão não vai fazer parte do Sub-23. Segundo o diretor, ele ficará ao lado de Roger Machado no profissional.

“Marcão não vai participar do sub-23. Vai ficar somente como auxiliar junto ao Roger no profissional. Ailton e Edvaldo ficam no sub-23”. Comentou Paulo Angioni.

Além disso, Paulo Angioni falou sobre a transição para Roger Machado e elogiou o novo treinador.

“O Roger é uma pessoa extremamente estudiosa, já vem olhando a equipe do Fluminense há algum tempo e não tenho dúvida que vai aproveitar o que já está ai e depois vai acrescentando as suas ideias. Não nos preocupamos com essa transição”. Palavras do diretor executivo de futebol.

O presidente Mário Bittencourt, técnico Marcão e diretor executivo Paulo Angioni na coletiva. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

Marcão foi perguntando sobre como se sente neste Fluminense de agora, sendo reconhecido como time de todos.

“Fluminense sempre foi assim. Desde que eu cheguei sempre foi o time de todos. É importante a colocação do nosso clube nessa questão. No Fluminense não sem tem restrição com cor, credo religião. É o time de todos e tem se colocado assim pra todo mundo ver”. Fala do treinador Marcão.

Para Mário, o objetivo é manter Marcão até o fim do seu mandato na presidência do clube. Segundo o presidente, o Flu está buscando independência neste momento.

“O plano de carreira nosso é que o Marcão siga conosco enquanto a gente estiver aqui. Todo clube de futebol precisa de independência, andar com as próprias pernas. É o que estamos tentando fazer aqui”. Disse o presidente.

Presidente Mário respondendo as perguntas na coletiva. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

Marcão foi perguntando sobre como foi lidar com as críticas na internet. O treinador confessou que teve impacto no início e que foi buscar ajuda aos amigos e família. Além disso, o comandante pediu para que a torcida abraçasse a chegada de Roger Machado.

“A internet hoje é muito dura em alguns momentos. As pessoas escrevem alguma coisa e a pessoa, sem saber o conteúdo toda, vai repostando e repostando. Eu senti o impacto. Foram 3 partidas e a cobrança já era imensa. Ai foi se fechar com família e amigos. O Fluminense desse ano foi um Fluminense fechado e unido e mais unido com o nosso torcedor. Peço que abracem o Roger”. Palavras do técnico Marcão.

Perguntado sobre a maior dificuldade na Libertadores, Marcão diz que está confiante na equipe e que, hoje, o Fluminense pode jogar contra qualquer time.

“Essa equipe está muito forte. Tenho certeza que aqueles que vão chegar vão chegar com a consciência muito forte e com muito vontade de ir passando de fase e conseguir algo maior pro clube. Hoje a nossa equipe joga contra qualquer equipe do mundo com confiança”. Comentou Marcão.

Questionado pelo VAR, o presidente comentou que o árbitro de vídeo não é um inimigo mas questionou sobre os critérios. Também falou sobre o Campeonato Carioca. Para ele, o campeonato deveria ter final única e falou como o torcedor poderá assistir os jogos do Flu na competição.

“Não considero o VAR um inimigo. É uma tecnologia que veio pra ajudar. A minha contestação é com os critérios usados com a tecnologia. Com relação ao Campeonato Carioca, jogar três ou quatro vezes um clássico num mesmo campeonato ele torna o clássico sem importância. Segunda coisa, eu acho que pode evoluir um pouco mais a minha defesa que a final seja em jogo único. O jogo único dá mais chances a quem tem menos investimento e ao mesmo tempo torna o jogo como o jogo do campeonato. Sobre a transmissão, a gente vai poder vender o pacote pela nossa plataforma de streamer. Vamos ter um aplicativo que vão passar os jogos. E os jogos de outros clubes também serão vendidos pelo aplicativo”. Falou Mário.

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, na coletiva no CT Carlos Castilho. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

O presidente também comentou sobre a goleada histórica sofrida contra o Corinthians pelo Brasileirão.

“Aquela derrota (contra o Corinthians) foi importante para gente aqui calçar as sandálias da humildade. E a torcida entendeu que precisava abraçar a gente. Abraçar em momentos de dificuldade é o que traz mais energia pra gente.”. Palavras do Mário.

Marcão também teve a oportunidade de falar sobre a goleada de 5 a 0 contra a equipe paulista. Para o treinador, o resultado foi muito duro.

“O resultado contra o Corinthians foi muito duro. A nossa equipe sangrou. Estávamos vindo de um resultado importante contra o rival. Depois daquele momento nos unimos. A equipe se fechou e fizemos o Fluminense com jeito e maneira de Fluminense”. Disse Marcão.

Por fim, o presidente foi perguntando sobre o planejamento do Flu na pré-Libertadores ou numa possível vaga direta na fase de grupos da competição. Além disso, Mário já deixou claro que a Conmebol falou que todos os clubes vão tem que fretar avião para viajar. Com isso, o custo será muito maior que o normal.

“A gente tá aí há 13 dias de uma estreia na Libertadores. Só que no dia 7, tudo isso pode mudar, nesse dia às 19, 20 horas todo planejamento que a gente construiu aqui pode se modificar. E aí a gente vai ter que reconstruir, e se ele não de modificar, a gente vai estar com uma temporada emendada, sem descanso. As competições sul-americanas prejudicam demais os clubes de menor investimento, porque elas começam no início da temporada. A vantagem que a gente tem esse ano é que a gente vem mantendo praticamente 80% do elenco, já com um modelo de jogo definido, o grupo muito fechado, essa é a nossa vantagem. A desvantagem é que os jogadores não vão ter tempo de nenhum de descanso e vamos ter logo de cara um adversário que me parece que o segundo jogo não será na atitude, se for na altitude, se torna ainda mais difícil.

Competição extremamente difícil, mas eu acho que estamos muito solidificados internamente, mentalmente, muita união. Então venha o que vier nós vamos enfrentar com muita força, seja nos classificar para fase de grupos depois da pré, seja uma possível conquista do Palmeiras. Nosso custo para disputar a competição vai ser altíssimo, financeiramente vai ser muito mais alto do que seria uma competição normal, sem a pandemia, não podemos voar em voo comercial. São muitas dificuldades, mas o nome ” Time de Guerreiros ” não é à toa. Finalizou Mário.

Foto Destaque: Lucas Merçon/Fluminense FC


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