Diniz explica adiantamento na escalação dos titulares e comenta sobre a Seleção Brasileira: “Saio com um sentimento de ter entregado o melhor”

Compartilhe

Na estreia de Fernando Diniz e da equipe que disputou o Mundial de Clubes, o Fluminense venceu o Bangu de virado por 4 a 1 e se manteve na liderança do Carioca. Na coletiva, o treinador falou que adiantou a estreia dos titulares, pois percebeu que os jogadores voltaram bem e quer dar uns três ou quatro jogos de preparação até a final da Recopa contra a LDU.

“Coloquei o time para jogar porque percebi que o time voltou muito bem. Então adiantei uma rodada para podermos ter umas três ou quatro rodadas até o jogo contra a LDU. Renato e Terans jogaram muito bem, já com um pouco mais de carga nos treinos. Terans está treinando desde dezembro e o Renato Augusto começou a pré-temporada com a gente. Agradecer ao Marcão e o Cadu que fizeram um trabalho excepcional com a garotada. Agora é tocar para frente”, falou Diniz.

Lucas Merçon/FFC

Fernando Diniz também falou pela primeira vez sobre sua demissão da Seleção Brasileira. O treinador tinha contrato até julho, mas teve trabalho interrompido após seis jogos.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

“Foi um enorme prazer ter tido essa oportunidade. Trabalhei com afinco total no tempo que estive lá. Um processo de transição difícil. Muitos jogadores que estiveram na Copa do Mundo com algum tipo de problema, lesão, cartão, alguns jogadores com uma idade avançada e resolvemos apostar para ir reformulando. O trabalho, em si, estava sendo muito bem feito e tinha muita confiança de que iria gerar frutos importantes para a Seleção. Eu conseguia ver nos treinamentos junto com os jogadores e o estafe. Agradeço a oportunidade que me foi dada e tenho plena convicção que o trabalho foi muito bem feito. Às vezes, o resultado do campo não acompanha o trabalho de maneira imediata. Todavia, o presidente colocou no seu discurso em relação à minha saída sobre o compromisso que ele tinha com o Mário (Bittencourt) de não me tirar do Fluminense. De fato, essa conversa existiu quando estivemos na CBF”, disse Diniz.

“Queria que tivesse sido diferente, mas são águas passadas. Temos que tocar a vida em frente. Tenho muita clareza daquilo que fiz para a seleção brasileira, do meu contato com os jogadores e a Seleção está em boas mãos agora. Eu tinha muita convicção de que aquilo, com mais tempo, iria dar resultados muito importantes. Tinha um feeling muito claro disso. Para quem estava internamente trabalhando tinha nitidez do que estava sendo feito. Seis jogos é uma amostragem extremamente pequena. Infelizmente falamos muito dos resultados de curto prazo e canso de falar que é um dos males do futebol brasileiro. O trabalho precisa de um pouco mais de tempo. Não por ser eu, mas qualquer pessoa precisa de um pouco mais de tempo. Não dá para você ter uma amostragem muito pequena e ficar fazendo qualquer tipo de avaliação. O jogo com a Argentina, por exemplo, foi um jogo grande que o Brasil fez e não teve resultado. Aquilo, na sequência do trabalho, muito provavelmente iria melhorar a performance e os resultados chegariam. Mas saio com um sentimento de ter entregado o melhor, ter criado relações muito boas e especiais com os jogadores e o estafe que estava comigo”, completou Diniz.

Fluminense vai brigar por todos os títulos?

“Ano passado tentamos brigar por tudo e conseguimos dois títulos. Times grandes precisam entrar para ganhar o máximo de campeonatos. Concorrência é forte, todos contrataram bem e nós soubemos contratar também. Todos os campeonatos serão duros, mas vamos fazer o melhor possível para chegar lá.”

Porque o time jogou melhor no 2º tempo?

“No primeiro tempo jogamos bem também. Talvez não tenha jogado na mesma inspiração do segundo, mas o placar do primeiro tempo não refletiu o que foi o jogo. Falei no intervalo para os jogadores terem calma, porque a bola ia entrar. Pelo volume de jogo que tivemos era normal que ganhássemos. O Cano fez o gol mais improvável daqueles que ele poderia ter feito. Time está de parabéns, jogadores que entraram foram abraçados. Acredito que começamos o ano muito bem.”

André pode começar o jogo como zagueiro?

“A tendência é que continue como ano passado. Não é que tenha uma saída mais qualificada, porque o Felipe Melo estava fazendo um excelente jogo. A ideia para o Felipe era jogar 45 minutos, estourando 60. Mas é uma opção usar o André atrás e ganhar mais um homem a frente, mas a princípio não passa pela minha cabeça colocar o André de zagueiro para começar as partidas, mas pode acontecer. Usamos o André de zagueiro ano passado, contra o Bragantino se eu não me engano, mas não deve ser tendência.”

Permanência do André?

“Certamente um reforço. André tem sido um jogador de grande destaque e tem um futuro brilhante pela frente. Precisamos desfrutar enquanto ele está aqui. Muito bom ele poder estar aqui, mas é quase assegurado que o futuro dele é na Europa.”

Arias?

“Arias esta dando seguimento na construção dele como jogador de futebol. Um crescimento constante desde que cheguei aqui e tem subido degraus na carreira. Neste ano ele começa de uma maneira diferente do ano passado. É outro jogador que tem se destacado demais e evoluído muito. É um grande prazer e um privilégio o Fluminense poder contar com ele aqui.”

Douglas Costa?

De fato eu liguei para ele. É um jogador capacidade técnica inquestionável. Também é um prazer poder trabalhar com ele. O Fluminense trouxe um grande jogador. As informações que colhi antes da ligação foram todas elogiosas quanto ao comportamento do Douglas. Trouxemos um atacante de nível mundial. Espero que ele se reencontre aqui. A minha aposta, porque sinto que quando liguei para ele, é de que vai reencontrar o prazer e a felicidade de jogar futebol aqui no Fluminense.


Compartilhe

3 thoughts on “Diniz explica adiantamento na escalação dos titulares e comenta sobre a Seleção Brasileira: “Saio com um sentimento de ter entregado o melhor”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *