Digão fala sobre racismo e revela ter sofrido o mesmo mal ano passado

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Em entrevista exclusiva ao nosso portal, Pablo Dyego  acabou relatando um episódio triste, ocorrido na passagem do Flu pelo Uruguai. A torcida estava eufórica pelo bom resultado conquistado dentro de campo, enquanto ele entrava cabisbaixo no vestiário, após ter sofrido atos racistas, na partida em que o Flu bateu no Peñarol no fim de julho. (veja aqui o vídeo, a partir dos 10 minutos).

– Teve um episódio agora que aconteceu no Uruguai, que eu sofri racismo, eu e alguns companheiros que também ali estavam. Infelizmente essa é a realidade que a gente vive hoje em dia, em um mundo tão moderno.

Na entrevista, Pablo relembra que passou por vários cubes na europa, como Djurgarden-SUE, Legia Varsóvia-POL – onde foi campeão por duas vezes – Ottawa Fury-CAN – onde se lesionou e San Francisco Deltas-EUA – onde também foi campeão. Mas essa foi a primeira vez que sofreu preconceito de forma explícita:

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 – Me deixa triste, até. Porque nunca tinha sofrido assim de forma tão explícita, como sofri lá no Uruguai. Mas é levantar a cabeça e não deixar essas coisas ruins marcarem a gente.

Digão, capitão do time, comentou ontem, na coletiva no CT, o episódio ocorrido no Uruguai e repudiou toda essa situação. O zagueiro ainda confessou os termos usados no ato:

– Infelizmente, é uma coisa que dificilmente vai mudar. Eu sofri no ano passado, em um jogo contra o Defensor pela Sul-Americana. Cara ficou provocando o tempo todo. Me chamou do que vocês sabem. Eu fiz um gol e fiz um coração para ele para provocar. É uma coisa que não tem como controlar. Chamaram o Pablo de macaco lá no treino após o jogo, ele entrou muito triste no vestiário. É algo que a gente não espera. Quero que essas coisas parem. Estamos em 2019. Isso nos incomoda demais.

Não foi a primeira vez no ano que atletas do Fluminense sofrem com esses absurdos. Yony González foi chamado de “macaco” na Arena do Grêmio, naquela virada histórica (5 x 4). O clube gaúcho chegou a ser denunciado mas foi absolvido pelo Superior Tribula de Justiça Desportiva (STJD).

Como bem disse nosso atacante, cria de Xerém: é levantar a cabeça e seguir em frente. E conte conosco, todos os tricolores. Afinal, como bem publicado pelo Flu, em suas redes sociais:

“O Fluminense sempre será contra qualquer tipo de discriminação. O esporte traz mensagens de união que não dão espaço ao preconceito. Um grande jogo entre dois gigantes não tem lugar para o racismo. #TimeDeTodos”.

ST


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