DEVAGAR COM O ANDOR (MARIO NETO)

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DEVAGAR COM O ANDOR (MARIO NETO)

Desde que soubemos, depois da derrota do rival, que nas quartas de final seria a nossa vez de pegar o Olímpia, jogando a segunda partida lá no Paraguai, assim como aconteceu com o Flamengo, não escuto e nem leio, a não ser dos torcedores e nas redes sociais, que não seja: “temos que golear aqui no Mario Filho no mínimo com três gols de diferença, para irmos tranquilos para Assunção”, numa espécie de OBRIGAÇÂO. Vamos com calma pessoal! Tudo bem que sonhar não custa nada, ninguém paga para sonhar, como diz a letra de um dos sambas enredo mais bonitos de todos os tempos, da Unidos de Padre Miguel. Eu também quero uma goleada, mas primeiro temos sim que GANHAR O JOGO de qualquer maneira ou não? Quando você começa uma partida colocando na cabeça que tem que golear de qualquer jeito, a tendência é pagar um preço muito alto por pensar assim e geralmente ou quase sempre “cai do cavalo”. Já vi isso acontecer inúmeras vezes, desde a década de 60.
Ter que golear de qualquer maneira me lembra o fato de você ter que reverter um resultado no segundo jogo, tirando a diferença de um gol ou mais da primeira partida, é uma pressão incalculável, que não tenho dúvida nenhuma em afirmar que influencia no desempenho da equipe em campo. Imaginem o que pode ocorrer se o gol não sair logo de cara? No mínimo muitos torcedores podem virar casaca por causa da expectativa que carregaram com eles. Não tenho grandes preferências em relação a jogar a primeira partida em casa e a segunda fora. Uma leve tendência para a segunda hipótese. Portanto, sei como é difícil deixar por enquanto esta “goleada” e apoiar o time desde o início. Volto a dizer: o importante é ganhar deste bom time do Olímpia.
Por falar nos paraguaios, não nos esqueçamos de que eles não chegaram nesta fase da Libertadores por acaso, chegaram com sobras e têm tradição nesse tipo de competição. Ganhou duas vezes a Libertadores e um Mundial de Clubes. Isto já tem tempo, vocês podem alegar, tudo bem, mas a tradição está instalada, conquistou o seu lugar. O que eu quero dizer com isso tudo acima é simples. Não será um jogo “ganho” e de goleada, como alguns tricolores estão pensando, e não acho que será sem sofrimento, muito longe disso. Não teremos o direito de errar e muito menos de jogar fora um tempo todo como tem acontecido algumas vezes. Pode custar muito caro nesta fase da Libertadores.
Desta vez Fernando Diniz, contrariando sua rotina, definiu o time dois dias antes, o mesmo de sábado ou quase isso com o Martineli no lugar do Lima. O mais importante de tudo é que o Fluminense dite o ritmo da partida o tempo todo, “não dando sopa para o azar”. Tomara que comece logo a partida. Cada minuto que passa é mais uma unha para roer.
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