“DE VOLTA A VACA FRIA” (MARIO NETO)

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“DE VOLTA À VACA FRIA” (MARIO NETO)

Depois de um longo período de “anonimato”, voltamos e o nosso técnico também ao nosso Campeonato Brasileiro, dando um descanso, temporário que seja, à Libertadores da América e a nossa classificação depois de dezesseis anos, para semifinais contra o Internacional de Porto Alegre. Logo mais temos um jogo que não será nada fácil contra o Vasco, no Estádio Newton Santos. Podemos dizer que somos favoritos em tese? Muitos tricolores não concordarão com o que vou colocar aqui: se formos levar em conta principalmente as posições dos dois clubes na tabela claro que sim, tal a diferença de pontos e do fato do Vasco estar na zona de rebaixamento. Porém tenho que considerar outras coisas que na minha cabeça não nos dão este favoritismo todo pregado pela nossa galera, tais como nosso desempenho (abaixo de qualquer previsão) fora de casa, como o jogo de logo mais no Engenhão, que é terrível. Para todos efeitos, apesar da partida ser no Rio de Janeiro, o mando do jogo é do Vasco, o que significa dizer que terão mais torcedores no estádio.
Soma-se a isto o fato do Vasco de logo mais ser bem diferente do que pegamos na primeira fase. Melhorou, embora os resultados não mostrem muito isso. Naquela partida valiam somente os três pontos. Agora, além de continuar valendo três pontos, o Vasco precisa mais do que nunca do resultado, ou seja, da vitória, para começar de fato a reverter a posição em que se encontra na tabela. Jogarão com a “faca nos dentes”. Para nós é apenas mais uma partida, que nos ajudará para conquistar (como opção) uma vaga para a próxima Libertadores diretamente na fase de grupos. Não acredito mesmo numa reviravolta nesse Brasileiro, que nos coloque na disputa pelo título, o que, diga-se de passagem, desde o início sempre achei que nossas chances eram mínimas, de sermos campeões da competição. Aqui dou a mão à palmatória: não apostava nessa nossa posição de semifinalista atual na Libertadores da América, quebrei a cara e agora estou juntando os pedacinhos dela.
Voltando à vaca fria, os setoristas que fazem a cobertura do nosso Fluminense estão apostando suas fichas na escalação do Alexsander no meio campo, no lugar do Paulo Henrique Ganso, que continua sentindo o joelho. Aqui um parênteses: ao contrário de algumas redes sociais que estão pegando no pé do Ganso dizendo mil besteiras, entre elas que ele não faz falta ao time, procurem ver e analisar, se é que conseguem, o comportamento do nosso time com ou sem ele. Quem tem a qualidade de passe dele ou sua visão de jogo? Ninguém. Ganso é um craque (no termo real da palavra) como pouquíssimos que temos no nosso Brasil, faz diferença, assim como André, Arias e o Cano. No momento caiu de produção, mas ainda assim não abro mão dele no meu time. Trocando em miúdos: “ruim com ele (o que considero um absurdo), muito muito muito pior sem ele”, estou torcendo como nunca pela sua recuperação total a tempo de jogar as semifinais contra o Internacional. Tem um montão de tricolores torcendo para que ele não se recupere (isso dá bem idéia de algumas das nossas redes sociais), torcendo para que o Diniz coloque o Daniel ou sei lá quem no seu lugar, que se danem! Fecha parênteses, ufa! Quanto ao jogo de logo mais, mantenho meus pés no chão.
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