DE TIRAR O SONO (MARIO NETO)
DE TIRAR O SONO (MARIO NETO)
Esperei o máximo que pude, até a noite da véspera do Fla x Flu, torcendo para que a escalação nosso Tricolor, divulgada na imprensa nestes últimos dias, seria mais um pesadelo da minha parte. Não podia ser verdade, seria um absurdo se fosse realidade, depois de quase mais uma semana de treinos. Agora meu informante (às vezes desinformante) confirmou o que eu temia e que me tirou algumas noites se sono. Sendo assim, minhas esperanças de surpreender de alguma forma o favorito disparado, nosso rival, foram por água abaixo. Em síntese poderia repetir palavra por palavra o que disse a respeito do jogo contra o São Paulo. Igualzinho! A única diferença é que o Marcão (covid 19) será substituído pelo seu auxiliar, porém no fundo no fundo ele é que dirá o que o Ailton deve fazer.
Nestes dez dias Marcão pensou, pensou e chegou à conclusão de que para enfrentar o Flamengo com alguma chance de vencer teria que rejuvenescer o time, ou seja, Nenê até então um jogador considerado titular absoluto teria que ser sacado. Ok, por mais que eu discorde, é uma posição dele, Marcão, o responsável direto pela escalação dos que começarão o jogo. Por outro lado, não seria muito mais razoável ele deixar o Nenê no time e sacar o Yuri, que está jogando mal há muito tempo, ou até o André que tem apenas 20 anos? Chega ser uma contradição da parte do Marcão, ou não?
Outros que estão mais do que escalados, como Michel Araújo e Wellington Silva, será por que são mais jovens do que o outrora titular Nenê? O que esses dois vem produzindo para o time? Absolutamente nada. Estou muito à vontade para criticar o uruguaio. Muito contestado no início da sua contração, ele superou estas dúvidas de todos e teve ótimas atuações, chegando a ser considerado insubstituível para os nossos padrões. Não mais do que de repente, começou a sua “decadência” no time. Na minha visão ele passou a se considerar o “ máximo”, um novo Francescoli (um dos grandes jogadores uruguaios que eu vi atuar, um camisa dez de respeito), colocou uma máscara do tamanho de um bonde. Não passa a bola para mais ninguém, quer resolver sozinho, não tendo categoria para tanto. Sabe jogar, mas muito menos do que ele pensa e em certos momentos dá raiva.
Quanto ao meu outro desafeto Wellington Silva, decepciona principalmente pelas suas decisões totalmente absurdas e erráticas nos noventa minutos. Não dá para admiti-las num jogador profissional, me lembra cada vez mais o Marco Jr. Quando se espera dele que parta no um contra um, ele faz literalmente o contrário: para, espera o adversário e literalmente recua a bola para os zagueiros. Fico com pena do Fred nestas horas. Corre além do que pode, coloca-se bem na área esperando por um lançamento que nunca vem. Para terminar, notaram que até agora eu não falei no favoritismo deste ou daquele time? E preciso falar? Mais uma vez dependemos da célebre frase: coisa que só o futebol pode nos proporcionar, ou seja, um milagre daqueles logo mais no Mario Filho. Que o Gravatinha deixe de lado as suas férias, se anime e vá ao jogo.
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