DE NOVO? NÃO (MARIO NETO)

DE NOVO? NÃO (MARIO NETO)

Não me lembro, neste século pelo menos, de uma partida, um clássico do nosso futebol, pelo menos na teoria, em que não houvesse uma equipe tão favorita como hoje neste Atlético Mineiro e o nosso Fluminense. É com tristeza que atribuo esta vantagem no papel do Galo mineiro, que está neste início de Brasileirão muito bem, com o time certinho, com jogadores rendendo quase tudo que podem, como o Arana, Otavio, Scarpa (recuperando a sua ótima fase da época do Palmeiras) e a dupla de ataque Paulinho e Huck, que tem feito gols em quase todas as partidas e jogando o “fino”. Enquanto isso nós ainda estamos devendo atuações que nos levaram a vencer a Libertadores da América e por que não a RECOPA, Sul-americana. O fato de jogarmos praticamente em casa, porque a nossa torcida no Espirito Santo e notadamente em Cariacica é muito grande e bem maior do que o clube mineiro, me deixa mais otimista pelo que tenho visto, principalmente contra o Corinthians, que foi uma vergonha.
Já disse e repito quantas vezes for necessário no momento que sou frontalmente contra a saída, como querem os radicais, muitos deles, do Fernando Diniz do clube. Pioraria muito mais “a crise” que estamos passando, por causa das nossas atuações, bem abaixo, não melhoraria em nada, até porque substituí-lo por quem? Sem falar que ninguém conhece os jogadores tão bem como Diniz e o que podem render, depois de dois anos à frente do time. Dito isto, vamos lá: o fato de não querer uma mudança na direção técnica, não quer dizer que concordo com o Fernando Diniz em tudo ou quase tudo, muito pelo contrário. Num dos meus primeiros artigos, logo no início quando o Presidente Mario Bittencourt o contratou e eu discordava de algumas atitudes do nosso técnico, me lembro como abri o seguinte texto: – Diniz me ajuda a ajudá-lo!
Este meu pedido de dois anos passados cai como uma luva para os dias atuais do nosso Fluminense. Eu sei que este esquema de sair jogando é aplicado desde quando Diniz voltou, não abriu mão deste esquema nem nos outros times por onde passou. Lá se vão dois anos no Tricolor e como não podia deixar de ser, nossos adversários já sabem de cor o que fazer ou pelo menos tentar, conta nós, o que nos deixa vulneráveis na maioria dos jogos. A saída de bola de trás e as trocas de bola na nossa área não enganam mais ninguém e um exemplo disso foi o jogo contra o Corinthians. Como desgraça pouca é bobagem, estamos errando passes a torto e a direito, lances bobos na maioria, que nos deixam com o coração na boca.
Está mais do que na hora do Fernando Diniz mudar o modo do Fluminense atuar, ou variá-lo de vez em quando. Jogar com passes longos? De vez em quando, por que não? “Ah será que o Diniz, depois de tanto tempo vai saber” Só ele pode responder. Falando do jogo de logo mais contra o Atlético Mineiro, se eu fosse o nosso técnico abriria mão de sair tocando a bola e na maioria das vezes sair no chute longo, e mais, jogaria esperando o rival, ou seja, na defensiva, muito preocupado com eles. Antes que eu me esqueça: meu “saco” estourou com a troca de bola na defesa e na intermediária, num vai e vem interminável que não leva a nada, só nos irrita. Deu para ver o meu “medo” deste jogão de logo mais. Não só pelo resultado como também pelas consequências que virão com ele certamente. E não quero mais me preocupar com a segunda página da tabela, mesmo que seja no início do campeonato. Pelo amor de Deus!!!! DE NOVO, NÃO!

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