Abrindo seu coração, Roger destaca: “As memórias estão muito vivas”

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Enfim Roger Machado foi oficializado no comando técnico do Fluminense para a temporada de 2021. A informação de que o autor do gol do título da Copa do Brasil de 2007 seria o novo técnico do tricolor tinha sido confirmada pelas mídias antes mesmo do término do Campeonato Brasileiro. Em entrevista à FluTV, o novo treinador do Flu abriu seu coração para torcida, comentou sobre a expectativa para a disputa da Copa Libertadores, dupla com Marcão e muito mais.

O ex-jogador do tricolor, agora técnico, volta ao clube após 13 anos de ausência. A identificação de Roger com o time das Laranjeiras é grande, prova disso foi o relato do treinador, onde ele destacou que a emoção de vestir a camisa verde, branco e grená segue muito viva em suas memórias:

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“O jogo contra o São Paulo do gol do Washington perto do final da partida, que estava nos acréscimos e nos deu a classificação para a próxima fase. Tenho uma memória viva e marcante do jogo contra o Boca em Avellaneda, porque eu entrei em campo, então a memória é muito mais viva. O jogo de ida da final na altitude lá em Quito, e sem dúvida o jogo da volta, que se o regulamento tivesse permanecido como o ano anterior o resultado seria suficiente para que a gente fosse campeão. Então as memórias estão muito vivas.”

Vencedor na sua passagem como jogador, Roger marcou o gol do título do Fluminense na final da Copa do Brasil de 2007. Marcado na história do clube, o novo comandante do Flu relata que a grande comemoração da torcida após a conquista e o gol também ficou marcado em sua trajetória como a “imagem pessoal como atleta”:

“Eu tinha absoluta certeza que eu iria contribuir de alguma forma com aquela conquista, não imaginava que seria com um gol e com o único gol e decisivo do segundo jogo daquela final. Mas eu considero depois de muitas conquistas coletivas que eu tive na minha carreira, aquela como uma imagem pessoal como atleta, fazendo um gol após um domínio de peito, com pé direito que não era o habitual, tirando o time da fila depois de 23 anos. E associada a essa imagem, vem a outra imagem, que é você chegar nas Laranjeiras depois da conquista, trajeto até as Laranjeiras e uma multidão para nos esperar pra comemorar aquele título da Copa do Brasil de 2007.”

Como jogador, Roger bateu na trave em 2008, o jogador estava no elenco que ficou muito perto de conquistar o título da Copa Libertadores. Agora como técnico do clube, o ex-atleta tem a missão de comandar à beira do campo o Fluminense na competição mais importante do continente. Roger declara conhecer bastante a Libertadores e acredita que o Flu pode chegar a “Glória eterna”:

“Como atleta você segue essa competição e por vezes ela te gere uma falsa impressão de tranquilidade ou facilidade de vencer. Eu venci na minha primeira que eu joguei e eu achei que eu ia embalar umas cinco competições… Aí eu vim disputar uma final de competição novamente em 2008, 13 anos depois. Conheço bastante a competição, sei das dificuldades, mas sei também que é perfeitamente possível a gente vence-la. Isso que me gera otimismo baseado no que a gente tem visto da forma como o time vem atuando, como dessa mescla da juventude com a experiência.”

Se antes Marcão e Roger participavam de divididas, passes e disputas fortes pela bola, agora os dois comandam o time que vestiam a camisa numerada em campo. Empolgado, Roger Machado destacou a importância de Marcão no clube e acredita que o trabalho em conjunto dos dois pode contribuir muito para o clube:

“Eu acho que a gente tem um grande ano a fazer e o Marcão é peça importante nessa construção, porque está a frente do clube, não só esse ano, no ano anterior já esteve durante muitos jogos e conhece o que aconteceu nesse meu período de ausência no clube. Nesses 13 anos o Marcão esteve presente em muito deles também, é muito bom um clube poder ter dois profissionais de grande capacidade, que tiveram trajetórias parecidas à frente do clube. Eu acho que ganha muito trabalho, ganha muito o torcedor ter dois profissionais que entendem da estrutura, que se dão bem e que acima de tudo se respeitam.”

Antes de começar o seu trabalho junto ao amigo, Roger participou de uma manifestação muito importante para sua vida e para a causa que ela busca, Em 2019, em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro, comandando o Bahia contra o Flu de Marcão, no Maracanã, ambos treinadores eram os únicos técnicos negros da competição e participaram da partida com uma camisa contra o racismo. Roger relembrou o caso:

“A manifestação ali à beira do campo com o Marcão, aquele abraço, nós dois com a camisa do observatório, pra mim ele foi bem significativo, porque depois daquele momento sempre que havia um evento específico eu me sentia no direito e no dever de manifestar minha opinião em relação a isso.”

Roger agora tem a responsabilidade de dirigir o clube onde marcou história com jogos marcantes, conquistas e gol de título nacional. Encerrando sua entrevista para a FluTV, o novo técnico tricolor comentou sobre o privilégio e a alegria de comandar o Fluminense:

“Me sinto um privilegiado de poder voltar para um lugar, pra uma casa que fui muito bem recebido e poder retribuir com trabalho e conquistas. É uma responsabilidade, mas também é uma satisfação, mas eu sei que a responsabilidade é grande porque a gente entende que um clube como o Fluminense sempre precisa estar conquistando para gloriar a sua história. Eu tenho certeza que nós teremos um ano ou anos que estarei de muitas conquistas e um engrandecimento da história do clube, a continuidade para contar essa história vitoriosa do clube. Eu estou muito feliz de estar de volta, 13 anos depois, mas com a mesma disposição de 13 anos atrás.”

ST!


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