Há de ter uma opção melhor do que Felippe Cardoso

Felippe Cardoso foi contratado no início do ano e já foi avisado que poderia buscar novos ares, pois não fazia mais parte dos planos da comissão técnica, que não pretendia mais utilizá-lo no time. Sim, verbos no passado pois, tal qual um fantasma, o atacante está voltando para apavorar a galera tricolor, aterrorizando as noites de sono pós-jogos que ele participa. Nada contra o atleta em si – o menino parece ser muito bacana – mas como jogador de futebol, atacante para vestir nossa camisa… ai não dá. Não dá mais.

E ontem, por mais incrível que possa parecer, ele ganhou uma nova oportunidade. E, só para variar, entre os tricolores mortos e os vivos, irritou somente 100% da torcida. Como joga mal esse garoto! Na hora de acelerar ele travava. Quando era para travar, ele acelerava. Se embolava com a bola tal qual eu me embolaria com um violino Stradivarius. A diferença é que o maestro não me escalaria para tocar no meio da 9ª Sinfonia, de Beethoven – sua “Ode a Alegria”. Ao contrário. A direção da orquestra ou já teria me dispensado ou sequer contratado. É tipo simples assim mesmo.

Não posso crer que ali no sub-23, ou Aspirantes, ou no sub-20, sub-19… sub-13 não tenha alguém mais íntimo com a bola do que nosso desastroso camisa 19. Traz o Jonh Kennedy, Samuel. Coloca o Pacheco, o Caio Paulista (outro que dá nos nervos tricolores, mas pelo menos mostra que sabe o que é uma bola). Pombas, coloca o Marcos Felipe na frente se precisar. Mas Felippe Cardoso não dá mais. Ele precisa treinar tudo. E do zero.

Odair tem problemas para encaixar o ataque e tê-lo como opção ali só o atrapalha. A corneta é maior no treinador, que o escala, e na direção que o contratou. Faz assim, ó: deixa ele treinando com os Aspirantes até o final de seu contrato. Ponto. Quem sabe no ano que vem, em algum lugar que não seja as Laranjeiras, ele possa ser mais feliz?

ST

Washington de Assis