Zubeldía elogia atuação da equipe em empate contra o Cruzeiro: “O time se comportou bem, foi competitivo”
O Fluminense empatou com o Cruzeiro em 0 a 0 neste sábado (09), fora de casa, pela 33ª rodada do Brasileirão. Após a partida, o treinador da equipe, Luis Zubeldía, elogiou a atuação da equipe no empate sem gols no Mineirão.
“Foi um jogo bem disputado. Eles tiveram algumas chances e o Fábio respondeu muito bem. E nós tivemos o nosso momento para marcar, mas nos últimos 15 ou 20 minutos não conseguimos construir jogadas para atacar o espaço, para machucar o adversário. Mas, no geral, o time se comportou bem, foi competitivo, e o 0 a 0 não está fora de contexto. Apesar de eles terem tido algumas chances mais claras que as nossas, acho que o empate reflete o que foi o jogo hoje”, afirmou Zubeldía.
O Time de Guerreiros teve uma boa atuação no Mineirão, conseguindo ter uma boa marcação e chegou a criar chances de real perigo, podendo até sair vencedor da partida. Mas o lance que marcou a partida foi a não expulsão de Matheus Pereira, após o meia acertar o rosto de Facundo Bernal. O camisa 10 já tinha cartão amarelo e não foi punido. O treinador argentino também fez críticas ao árbitro na coletiva.
“São jogos difíceis para todos, para o público e até para o árbitro. Não temos sorte com esse árbitro. Aconteceu contra o Mirassol e aconteceu hoje com a expulsão. Pelo menos senti que poderia ser cartão amarelo, mas acho que é um grande árbitro. Acho que estamos falando de um dos melhores árbitros do Brasil. Eu disse isso a ele. Mas, apesar disso, do que se viu na arbitragem, me parece que no mínimo o camisa 10 deles, Matheus Pereira, deveria ter recebido cartão amarelo”, disse Zubeldía
Confira outras respostas do treinador
Por que recuou tanto no segundo tempo?
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– São partidas difíceis. Nos primeiros 10, 15 minutos estivemos melhores do que eles. Dos 20 aos 40 e pouco, eles nos empurravam mais. Fechamos a partida com duas ocasiões claras (de gols). E o cartão que não aconteceu. Arrancamos a segunda etapa, com os 10, 15 minutos, acho que a equipe esteve bem. Depois, foi parelho. E, nos últimos 20, 25 minutos, empurraram nós. E não conseguimos conectar jogadas e não podemos atacar o espaço.
– Os últimos 25 minutos era o que deveríamos analisar para ver se podemos atacar as deficiências dele. De toda a maneira, fizemos um trabalho forte tático defensivo, em algum momento no jogo, tendo em conta que jogamos contra uma equipe que também disputa o Brasileirão, é natural que isso aconteça (o recuo), mas todas as trocas foram em busca de ter mais oportunidades. Não conseguimos aproveitar os 20, 25 minutos finais que a equipe adversária esteve em cima de nós.
Ausência de Júlio Fidélis
– É um bom defensor, bom lateral, tem boa projeção. Está em consideração, claro. Mas temos dois jogadores, um é o Samuel (Xavier) que está em um nível altíssimo, tem uma técnica e conhecimento da posição acima bem e, comigo, vem funcionando muito bem; e Guga também, que quando utilizei em diferentes momentos da temporada, respondeu bem tanto na direita quanto na esquerda.
– Júlio Fidélis é uma boa oportunidade. Sempre digo que temos a alternativa 1, a alternativa 2, e o juvenil. Então, me parece que nessa posição estamos bem. A essa altura da temporada, com apenas uma competição, é difícil dar oportunidades aos que vinham sendo a terceira alternativa. Mas está em consideração, claro. Mas Samuel e Guga são as prioridades.
Você vem relacionando três laterais para ganhar opções em outras posições?
– Sim, isso também. Sempre digo que precisamos ter três por posição para temporada. Temos três centroavantes. Nas laterais, temos que ter três opções. Lateral-esquerda temos Renê, Fuentes e Freytes, que também pode jogar ali. E estamos projetando os laterais à frente, dependendo do sistema.
Pensa em contar com Ganso depois da Data Fifa para dar um descanso para Acosta?
– Claro que, se estamos falando de meias-atacantes, Luciano (Acosta) está em bom nível. É uma peça importante para que os três atacantes cresçam. Dá aceleração, verticalidade e posse. Tem drible e tem aceleração. E, ainda, é intenso na recuperação. Esse terceiro homem pode ser Ganso, claro. É um jogador que todos já conhecemos, é um jogador criativo que faz todos crescerem no jogo. Creio que já pode estar disponível para a reta final.
– Temos Nonato, que é uma espécie de terceiro volante box-to-box, que pode saltar a pressão e chegar à área rival e também pode ajudar defensivamente. E temos Lima, que é um jogador mais de equilíbrio. Hoje, provei essas quatro características, e, com Ganso, agora pode ser uma alternativa para o próximo jogo. E também tem o Lezcano, que está um pouquinho mais atrás, por adaptação ou o que seja. Estou priorizando os jogadores mais prontos para essa parte do campeonato.
O que faltou para chegar à vitória?
– Sinto que, para ter uma boa defesa, tem que ocupar bem os espaços e ter um certo equilíbrio na posse. Cada vez que o Cruzeiro nos gerou situações, houve um desequilíbrio na hora de administrar a bola. Quando falo boa defesa, estou dizendo, sem a bola estar bem organizado e quando tenho a posse não gerar desequilíbrio para que o adversário execute. Isso como ponto 1.
– Como ponto 2: contundência. Uma equipe com contundência sempre vale por dois porque as poucas situações que se apresentem no início ou fim de jogo, se sou contundente, estou mais próximo de ganhar. E o terceiro ponto, para mim, é que quando um executa as trocas, elas têm que estar dentro desses dois pontos que eu analisei. Gerar desequilíbrio e contundência. Esses são os pontos para tirar pontos como visitante.
Importância da Data Fifa
– Isso é um pouco relativo, né? Porque todos estamos esperando a Data Fifa. E a realidade é que no futebol a Data Fifa, todos podem querer trabalhar muito, ganhar tempo. Mas a realidade é que o que temos que fazer é recuperar os jogadores com o tempo que temos para trabalhar. Eu já tenho minha experiência aqui e, cada vez que há Data Fifa aqui, falam “ah, tem que trabalhar”, mas a realidade é que o único que se pode fazer, claro que há um par de dias a mais para trabalhar, mas o primeiro é recuperar os jogadores de toda a sequência que vêm.
Porque, em uma semana, não se pode ganhar o trabalho que deveria ter sido feito no calendário normal. Todos esperamos a Data Fifa, perfeito. Mas sabem como os atletas terminam nessa sequência de jogos? Cansados demais. Então, é um pouco relativo. Ganhar tempo e trabalhar um pouco mais, mas não muito mais. Tomara que aproveitemos o tempo. Mas a realidade do futebol brasileiro, em dez dias, não se pode ganhar o que não se ganhar no calendário. “Ah, Data Fifa, vamos trabalhar em dobro”. Não é tão assim porque os jogadores ficam muito queimados fisica e mentalmente.
