VIRAR A CHAVE (MARIO NETO)

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VIRAR A CHAVE (MARIO NETO)

E lá vamos nós, se bem que já virou rotina, mudar de assunto pela milionésima vez. Campeonato Brasileiro fica para outro dia. Mais um jogo nosso na Libertadores da América de suma importância, que embora não decida muita coisa em termos gerais do nosso grupo, tem claramente interferência no que há de vir para nós tricolores. Hoje somos líderes do nosso grupo com cinco pontos, um de vantagem para o Colo Colo e o Cerro Porteño. Não é nada demais, mas nos deixa podendo jogar por dois resultados, visando a nossa perseguição pela classificação, pois jogaremos as duas últimas partidas no Mario Filho, o que não acontece há muito tempo. Se não me engano, nunca nos ocorreu nesta competição. Ao contrário de logo mais, nem de longe somos os favoritos, como querem os radicais das redes sociais que, pasmem, tratam este jogo como uma OBRIGAÇÃO dos três pontos.
Obrigação droga nenhuma! Para começar estamos jogando fora de casa num estádio que sempre foi hostil, contra um time tradicionalíssimo e que tem a maior torcida do Chile, que apoia sua equipe (raramente vaiam durante os noventa minutos), useira e vezeira de passar dos limites aceitáveis. Não nos esqueçamos de que numa competição como a Libertadores não existe jogo ganho antes da hora, há muito tempo, por motivos que sabemos de cor e salteado. Logo mais o Colo-Colo, ao contrário de nós, precisa deste resultado de qualquer maneira, pois jogará no Paraguai contra o seu tradicional rival, o Cerro Porteño, valendo possivelmente para ambos, o que não é um bom negócio para um time visitante. Tudo isso dito acima mostra a nossa dificuldade logo mais. Portanto, cabeça fria e se possível que joguemos, ou parecido, como contra o Galo no último sábado, em Cariacica.
Cada competição tem um conteúdo, principalmente o Campeonato Brasileiro e a Libertadores. Eu sei, mas isso não nos impede de tentar repetir muita coisa da nossa apresentação no Espirito Santo. Sem dúvida nenhuma no meu entender foi a nossa melhor atuação, incluindo a RECOPA deste ano, quando fomos campeões no conjunto da obra. Concluímos muito mais e pela primeira vez em 2024 tivemos grandes chances de liquidar o jogo, depois dos dois gols de vantagem, não fosse a chance de gol perdido do Cano (já fez vários nas mesmas circunstâncias diga-se de passagem) e do egoísmo inacreditável do Alexsandro, que recusou–se a passar a bola com dois jogadores livres na pequena área.
Como foi feito no último sábado, poderemos por exemplo alternar a nossa tradicional saída de bola desde a pequena aérea, com o Fabio vivendo perigosamente, que já causou muitos infartos na nossa torcida, a troca, o toque de bola desde a nossa pequena área por algumas tentativas de passes longos, que como não estarmos acostumados pode dar errado uma vez ou outra, mas sou a favor de que continuemos tentando, pelo menos deixa a defesa descansar. Fernando Diniz deve repetir o time que começou contra o Galo, não tem porque não fazê-lo novamente. No mais é deixarmos um tranquilizante do lado para evitarmos problemas durante o jogo. Virou rotina também falar em sofrimento. Nosso torcedor não torce, sofre.
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