Torcedor do Fluminense, Daniel Pinheiro fala sobre a expectativa para o sub-17 em 2022.

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A base do Fluminense passou por uma transformação no início do ano. Tudo isso aconteceu depois da ida de Guilherme Torres para o sub-20. Como forma de prestigiar os profissionais que ali estão, o clube sempre elege um técnico para subir um degrau na categoria. Dessa vez, Daniel Pinheiro, que era do sub-16 foi o escolhido para ocupar o lugar deixado por Guilherme Torres.

Tricolor de coração, o novo técnico do sub-17, conquistou com a divisão inferior, a Aldeia Cup. A principal competição da categoria. Na final os moleques de Xerém derrotaram a forte equipe do Palmeiras por 3 a 1.

Em entrevista para o site oficial do Fluminense, Daniel falou sobre diversos assuntos. Entre eles sobre o amor pelo clube do coração.

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“Eu sempre fui torcedor do Fluminense. Como acompanhava os treinos do profissional em Laranjeiras, decidi fazer faculdade de Educação Física. No primeiro período, pedi ao Fluminense uma oportunidade na academia, em qualquer esporte. Mas meu gosto mesmo era pelo futebol. Fiz estágio no Futsal. Tive a responsabilidade de ser treinador do pré-mirim e mirim. Fui campeão com a geração 99. Depois, me pediram para decidir entre o Futsal e o campo. Optei pelo campo. Fui efetivado como treinador do pré-mirim, onde fiquei por alguns anos e fui campeão de torneios equivalentes ao Estadual do Rio, como a Copa Unimed e a Copa Rio Bonito. Fui promovido, também, a auxiliar do juvenil. Trabalhei com vários treinadores, até que fomos campeões brasileiros em 2015”. disse Pinheiro.

Trabalhando 17 anos no clube, Daniel teve uma surpresa desagradável. Ele foi liberado do clube, mas continuou correndo atrás dos sonhos. Uma dessas experiências foi uma oportunidade de estagiar na Argentina. De lá para cá passou por alguns clubes até receber um convite do atual mandatário tricolor, Mário Bittencourt.

“Eu, como auxiliar, fui liberado do Fluminense, para minha surpresa. Não esperava. Foi um choque, porque já eram 17 anos no clube. Mas não me deixei abater. Fiz um estágio de seis meses no Vélez Sarsfield (ARG), mas decidi voltar. Tive uma boa passagem como treinador do Sub-20 e auxiliar do profissional do Pérolas Negras. Fui ao Haiti, trabalhamos com refugiados. Também fizemos uma série de jogos na Europa. Tive uma boa experiência internacional. Depois do título da B2 do Estadual, fui convidado a trabalhar no Sub-15 do Fortaleza”, que completou na sequência.

“Fui convidado pelo presidente Mário Bittencourt a retornar ao Fluminense como auxiliar do Sub-20. Tivemos alguns campeonatos, uma Copinha, até que surgiu a oportunidade de ser treinador do Sub–16, uma categoria com a qual eu nunca tinha trabalhado. Me deixaram à vontade para escolher. Decidi assumir. Foi ótimo. É uma das categorias mais importantes do clube, na qual o jogador assina seu primeiro contrato profissional. A minha opinião é válida na hora desta decisão. Muitos jogadores ingressaram no Sub-17, a maioria assinou contrato”.

Outro assunto pertinente, o novo técnico do juvenil resumiu como foi a temporada do ano passado.

“Ao longo do ano passado, tivemos três campeonatos. Fomos campeões da Copa Rio. Tivemos uma experiência importante em Jaguaré (ES), com um grupo que não jogava desde o início da pandemia, só treinava e não tinha ascendido ao Sub-17. Nós nos motivamos e fizemos uma boa competição. Na sequência, fomos para a Aldeia Cup, com o reforço de jogadores do Sub-17. A equipe ficou forte, unida e se saiu bem. Fomos campeões em cima do Palmeiras, uma das maiores equipes de base do país”.

Para esse ano, o clube disputará o Brasileiro e a Copa do Brasil, além do Estadual. Pinheiro revelou qual a expectativa da comissão técnica para 2022.

“Neste ano, temos a perspectiva de jogar grandes campeonatos, com uma base forte. Estou feliz de começar um trabalho no qual fui envolvido no ano passado. Eu já tinha sob meu comando esses atletas. Já trabalhei com a comissão inteira. Vislumbramos grandes conquistas e revelações. Espero que nossos atletas despertem o interesse do profissional e de grandes clubes europeus. Nosso principal objetivo é colocá-los no profissional para a torcida ter o gostinho de ver grandes talentos da base, mas sabemos que, cedo ou tarde, vão chegar propostas”.

Apesar de jovem, mas com experiência em diversas categorias, Daniel Pinheiro disse o qual o segredo para trabalhar as jovens promessas.

“A sintonia é grande. Nos conhecemos pelo olhar. Ficamos mais juntos dos jogadores do que da nossa própria família. É uma relação de pai para filho, onde impera o respeito. Eles me respeitam muito. Tecnicamente, vejo a evolução deles. Podemos explorar o que eles têm a melhorar e motivá-los a aprimorar o que têm de bom. No futebol, a continuidade é fundamental. Historicamente, já mostrou que dá bons resultados”.

Outro tema abordado na entrevista foi o segredo do trabalho, o técnico afirmou se cobrar por dias felizes no trabalho, inclusive de sua comissão técnica.

“Sou determinado. Ao final de uma sessão de treino, quando tenho um bom resultado, fico feliz. Para mim, é como se fosse um jogo. Me cobro por dias felizes no trabalho. É óbvio que nem sempre o objetivo será atingido por inteiro. Mas eu cobro a mim e à comissão para, no dia a dia, estarmos sempre felizes, parabenizando os jogadores pelo treino. Assim fica mais fácil. Nós nos cobramos durante a semana e, no jogo, vemos a cobrança em prática, em um momento crucial”.

O que é mais importante na base: formar ou ganhar ? Veja a resposta do treinador.

“Os dois juntos. É preciso formar os jogadores sendo campeões. Trabalhamos com o objetivo de formação. É o principal. Quando não conseguimos ganhar, não quer dizer que tenhamos deixado de formar. Mas o ideal é formar. Ganhando, formar vencedores”.


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