Abel Braga fala sobre táticas utilizadas em campo e elogia elenco: “O grupo é muito interessante”
O técnico Abel Braga participou do progama Seleção SporTV na tarde desta quinta-feira e falou sobre essa sua volta ao clube, a entrada de Ganso no time titular e sobre as táticas utilizadas dentro de campo. Campeão do Campeonato Carioca de 2022, o treinador começou falando justamente sobre a criação de identidade da equipe desde o começo do seu trabalho no clube.
“Nós tentamos criar de imediato uma identidade, comissão técnica, equipe e jogadores. Por já ter trabalhado nesse clube, praticamente conheço todos. E nós, quando criamos essa identidade, o que foi legal é que aquilo que pensamos em usar como estratégia, como formato de jogo, todo mundo foi muito de acordo. Primeiro jogo foi com 10 dias de treino, veio a derrota para o Bangu, depois oscilamos, mas já sem perder, sem sofrer gol. A equipe pegou uma estrutura defensiva muito boa, e as coisas foram se desenrolando. Sempre foram três centrais entre aspas, porque o Felipe (Melo) em alguns jogos subia para o meio de campo. O pessoal fala dos três centrais, mas não dos três atacantes, que eram Luiz Henrique, Fred e Willian. Depois o Fred saiu, entrou o Cano muito bem”, afirmou o treinador Tricolor.

Abel Braga também falou sobre a eliminação contra o Olimpia e que apesar disso o grupo soube se sustentar e não se abalar. O treinador disse que a maneira na qual a equipe foi eliminada na terceira fase da Libertadores foi o que mais chateou os jogadores e a comissão técnica. No fim, o técnico deu a sua visão de como a equipe acabou saindo de forma antecipada da competição.
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“Perto do jogo do Olimpia as coisas caíram um pouquinho. Mas o que nos deu um sustento legal foi que nós não nos abalamos no primeiro jogo, aquela derrota para o Bangu. Sabíamos que teríamos um grupo que não se abalaria por nada. Se chateia, tem essa coisa toda, mas tem esse lado da superação. O que nos chateou foi a maneira como perdemos do Olimpia. Porque sabemos que é uma equipe que joga fundamentalmente cruzando bola na área. Os paraguaios não são altos, mas tem característica de subir no corpo para desequilibrar. Dessa maneira nós sofremos dois gols, um quando estávamos no ataque, uma jogada de um para um com o William. Ele driblou, chutou e o goleiro pegou. Nesse contra-ataque saiu o segundo gol. Bola cruzada também, isso nos chateou. Nossa recomendação foi diminuir para acontecer o mínimo de cruzamentos possíveis. Depois tivemos que reagir imediatamente”, completou Abel Braga.
Para finalizar, o treinador falou sobre o ambiente do clube e afirmou que o grupo do Fluminense é muito interessante. Abel Braga ainda comentou sobre outras duas equipes na qual ele gosta de observar (Chelsea-ING e Atalanta-ITA) e que utiliza das mesmas táticas em seu esquema. O técnico ainda comentou sobre a entrada do meia Paulo Henrique Ganso na equipe titular e que os setores se aproximaram com o camisa 10.
“O grupo é muito interessante. Chegou um momento não é que não estivesse legal, mas a gente sentiu que poderia estar melhor tirando um atacante e colocando o Ganso. O que aconteceu? A equipe considerada B tinha vencido Vasco, Resende… Com o Ganso, os setores começam ficar mais próximos, ele pegou a posição. Não significa dizer que se hoje atingir o nível até intelectual e tático, e nós da maneira que marcamos alto podemos marcar num ponto médio ou baixo, a equipe se sai bem. Não quer dizer que serão sempre os três centrais, não é por aí. Já usei em 1988 no Athletico-PR. Hoje o que me chama a atenção é a equipe do Atalanta (Itália) e do Chelsea (Inglaterra). Um é o campeão mundial, e o outro está fazendo uma campanha extraordinária, é gostoso ver o Atalanta jogar”, concluiu o técnico do Flu.
ST,
Edu Marques