SOB A LUZ DO REFLETOR – O Caminho é Esse!

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Fernando Diniz tanto se esforçou que não é mais técnico do Fluminense, melhor: Ele não se esforçou! O futebol que Diniz implantou nesses 8 meses e pouco de clube, encantou por vários momentos a torcida e a imprensa, mas à medida que os resultados não apareciam, o trabalho começou a ser contestado. As criticas batiam em cima do setor defensivo, que tomava gols em praticamente todos os jogos, e na variação do estilo, que corria muitos riscos nas saídas de bola e já estava sendo estudado e batido pelos adversários. Diniz teve tempo e foi vendo os resultados não virem. Até a parada para Copa América lhe ofereceu uma boa oportunidade de equilibrar o time, posicionar melhor o setor defensivo, treinar a recomposição da equipe e criar variações de jogo. Não o fez e parece que sequer tentou. Persistiu, como próprio gostava de dizer. O final foi desastroso no campeonato brasileiro, com um aproveitamento horroroso, afundando o time no Z4 e sendo derrotado pelo Goiás e CSA em casa, fora o empate com o Ceará, também no Maracanã. A Sula segurava o treinador. Nessa competição, o Fluminense parecia outro, com as devidas preocupações defensivas que uma competição mata a mata sugere, e avançamos bem até agora, para as quartas de finais. Colunas e torcedores, inclusive essa, cobravam uma postura semelhante no brasileiro e esperançavam resultados dignos do elenco, para sair do Z4 e brigar por coisas melhores. Não vinha, não veio!

A diretoria do Fluminense surpreendeu a todos e anunciou Oswaldo de Oliveira. Técnico experiente, com passagens pelo Fluminense. Alguns trabalhos positivos e outros negativos. Poderia ter esperado mais para trocar o técnico na semana de uma mata a mata? Poderia. Poderia ter demitido antes e, quem sabe já pontuar contra o CSA? Poderia. Resta a gente agora esquecer o Diniz e torcer pelo novo treinador, que já andou ciscando no confronto de ontem, quando o Flu empatou sem gols com o Corinthians em São Paulo, comandado pelo interino Marcão.

O interino Marcão comandou o Flu no empate em Itaquera.

Com escalação ousada fomos a Itaquera e conseguimos trazer a decisão em igualdade para o Maracanã. Marcão optou por lançar a dupla Ganso e Nenê juntos no meio de campo, acompanhados por Danielzinho e Allan. Um risco óbvio, aumentado pela dupla de zaga que foi a campo, a única possível no elenco: Nino e Frazan. Mas o Fluminense não é um time comum, sempre nos surpreende. E foi com um meio de campo muito pouco marcador, vindo de uma média de 1,44 gols por partida, que o Flu entrou em campo compacto e mostrando traços do estilo que Diniz implementou. Foi digno de criar esperanças de novo na torcida. Acredito que a maioria dos tricolores não querem um time que largue esse perfil de ficar com a bola, pressionar na frente e sair jogando sem chutão, mas também querem um time que não leve tantos gols, que quando muito pressionado consiga esticar essa bola viando pegar nosso ataque quase no mano a mano e faça jogos mais equilibrados. Muitos citam o Athletico Pr como exemplo de trabalho pós Diniz e que deu certo fazendo os ajustes adequados. O caminho é esse!

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Flu não teve muitas chances? Não, não teve, mas é necessário lembrar que estamos nas quartas de finais, jogando fora de casa contra um time que vem numa crescente, tem pressão em casa e está muito bem posicionado na tabela do brasileiro. Não é qualquer adversário, apesar das limitações ofensivas. Era necessário cautela e variamos durante o jogo. Muitas vezes pressionando na frente, outras recuando e segurando o ataque dos caras. Algumas vezes saindo com ela no chão, outras dando chutões direcionados. Foi bem melhor do que o esperado e, se a torcida comprar esse barulho, devemos decidir com casa cheia na quinta que vem.

Algumas declarações dos jogadores e do Marcão dão a entender que Oswaldo já interferiu ontem. Tem uma boa semana vazia para preparar esse time para o jogo da volta. Não dá para pensar em brasileiro até sexta feira próxima. Temos reais condições de chegar de novo a semifinal da Sula. Sexta, gira chave e vamos para cima do Avaí, começar a escalada para sair de Z4.

 

Toque curto:

–  Grande atuação do Nenê. Marcou, correu, chutou a gol e não se escondeu em nenhum minuto do jogo.

– Carille: “…ele (Oswaldo de Oliveira) participou do treino, veio com os zagueiros posicionados…”. Quer dizer que não jogávamos com os zagueiros posicionados?

– Marcos Paulo sente o jogo. Não está à vontade. Erra muito, parece nervoso e não está conseguindo mostrar todo seu talento. Deve dar a vaga pro Nem que entra com muita vontade e parece estar voando.

– Apesar do bom resultado, será muito difícil o jogo quinta. Um gol deles complica demais nossa vida. Precisamos ser inteligentes e pressionar de forma segura e organizada.

– Primeira e clara mudança tática: Time muito mais compacto, setores próximos e a defesa não ficava na linha do meio de campo, dando metade do campo para os atacantes adversários correrem com a bola. Futebol não é só ataque.

SDT


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