Scout Saudações: análise de Jorge, novo lateral do Fluminense

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O Fluminense anunciou, na última quinta-feira, a contratação do lateral Jorge, do Palmeiras, o sexto reforço do Tricolor para a próxima temporada. Aos 26 anos, o defensor chega com a expectativa de suprir uma carência no elenco — só em 2022, sete nomes foram testados na esquerda. Por isso, o Saudações fez uma análise dos números e como o recém-chegado pode se encaixar na equipe de Fernando Diniz.

Revelado pelo rival Flamengo, Jorge surgiu como um lateral bastante promissor, sobretudo pelo apoio ao ataque. Foram cinco gols em 81 jogos pelo Rubro-Negro. Em 2017, acabou vendido por € 8,5 milhões de euros (cerca de R$ 28,8 milhões à época) para o Monaco.

Contudo, atuou em apenas 32 partidas pela equipe que disputa o Campeonato Francês. Sem espaço, acabou emprestado para Porto, de Portugal, Santos — onde voltou a se destacar — e, por fim, Basel, da Suíça. Em 2021, acertou sem custos com o Palmeiras.

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No Alviverde, entretanto, ficou à sombra de dois laterais uruguaios. Em primeiro lugar Matías Viña — hoje no Roma, da Itália — e depois Joaquím Piquerez. Assim, entrou em campo só 31 vezes em dois anos no Allianz Parque.

Além disso, as lesões também não ajudaram o andamento da carreira. O lateral, por exemplo, chegou a ficar seis meses longe dos gramados após uma ruptura nos ligamentos do joelho enquanto ainda vestia a camisa do Basel.

Jorge em apresentação com a camisa do Fluminense
Jorge vai vestir a camisa 6 do Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)

Como Jorge pode se encaixar no Fluminense de Fernando Diniz?

A lateral-esquerda foi a grande lacuna do Flu em 2022. Contratados no início do ano, Cristiano e Pineida se juntaram a Marlon — que depois deixou o clube —, mas nenhum se firmou. Além disso, Diniz também testou um atacante, Caio Paulista, um lateral-direito/volante, Calegari, e dois volantes, Yago Felipe e Alexsander, no setor. Cada um como uma característica diferente do outro.

Como dito, Jorge surgiu como um lateral bastante ofensivo. Rápido e habilidoso com a bola nos pés, percorria de uma linha-de-fundo a outra, além de arriscar alguns chutes fortes de fora da área. Contudo, após a sua passagem pelo futebol europeu, o novo camisa 6 do Flu passou a se destacar também na defesa.

No Palmeiras, por exemplo, o lateral terminou o Brasileirão com a sexta maior média de desarmes com 1,7 por jogo — maior que a de André com 1,6 —, de acordo com dados do SofaScore. Enquanto que, em 2019, terminou com a média de 2,0 desarmes e de interceptações, sendo um dos principais nomes defensivos do Santos na campanha do vice-campeonato brasileiro.

O próprio mapa de calor revela a mudança no comportamento de Jorge dentro de campo.

Além de dar mais segurança na parte defensiva, o Jorge de hoje tem tudo para atuar mais como um lateral construtor no Fluminense — assim como Samuel Xavier pela direita em 2022 —, se aproximando dos meio-campistas e ajudando na armação de jogadas, só que por dentro. Principalmente com a chegada de Keno, que viveu seu melhor momento jogando aberto pelo lado esquerdo no Atlético-MG, e deve dar amplitude pelo setor.

 

ST


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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