OPINIÃO – Unidos somos fortes. Intransponíveis, insuperáveis. E eles sabem disso.

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O torcedor do Fluminense se distingue na multidão pela perenidade do olhar. Pela magia mítica que ilumina um sentimento inexplicável de amor, lealdade e fidalguia – dentre outros tantos. Ser Fluminense é acreditar no inacreditável; é superar o insuperável; é transpor o instransponível. É vencer os absurdos impostos ao longo da história. Ora causado por gestões temerárias, que nos afundou em uma crise violentíssima e periclitante, ora causado pelos nossos “haters” de plantão (só para usar um termo da moda), ora por acasos da vida.

Ser Fluminense é conhecer o céu e o inferno numa mesma vida. É ir de encontro ao fundo do poço, do abismo, ser desacreditado por quase todos e ressurgir-se brilhando qual sol da manhã, ofuscando a visão dos incrédulos e extasiando o mundo. É passar pelo vale da morte e retornar para sagrar-se campeão, reencontrando o vigor, que Lamartine descreveu em nosso hino. É ir a um estádio sem arquibancadas disponíveis e, em pé, na chuva, emocionar-se com um título que para muitos era para se envergonhar. É ser bem mais do que o mesmo, o melhor que o comum.

“Torcer para o Fluminense é uma maneira de você olhar para o seu vizinho e dizer: “sou melhor que ele”, já dizia Nelson Rodrigues. “Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos”, o mesmo Nelson em outra frase épica.

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Torcer para o Fluminense é isso. É mais do que se pode explicar. É mais do que ser melhor, se Nelson me permitir acrescer algo na sua célebre frase: é ser CERTO, é estar do lado certo da história sempre, em qualquer tempo, em qualquer época. É distinguir-se pela fidalguia e pela dedicação ao esporte, ao espírito esportivo. É ser embalsamado em “pó de arroz”, combatendo as mentiras proferidas por aí, que teimam em tentar manchar nossas cores. Perda de tempo. Não nos alcançam, não nos atingem. Mas, de certa feita, entristecem por percebermos que o mundo parece ter esquecido que, não fosse o Fluminense, todos estariam remando no Rio de Janeiro até hoje.

Em outro texto, que considero brilhante, Artur da Távola destacava o seguinte:

“Ser Fluminense é gostar de talento, honradez, equilíbrio, limpeza, poesia, trabalho, paz, construção, justiça, criatividade, coragem serena e serenidade decidida…

…Ser Fluminense é unir caráter com decisão, sentimento com ação, razão com justiça, vontade com sonho, percepção com fé, agudeza com profundidade, alegria com ser, fazer com construir, esperar com obter. É ter os olhos limpos, sem despeito, e claro como a esperança….”

Voltamos à Libertadores após oito anos brigando apenas para nos manter na primeira divisão. Anos de sofrimentos, que nos testaram mais uma vez. É a hora da torcida se unir, tal qual em 2009, quando tínhamos apenas 1% de chances de permanência na primeira divisão. Se nos derem 1% de chances de vencer essa Libertadores eu pego. E fecho. Desde que nossa torcida também feche o compromisso de estar ao lado do clube. Do elenco, dos nossos guerreiros.
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Desde que nossa torcida perceba que, por mais que tenha gente querendo nos desunir, nos rotular, gastando força, empenho e energia em matérias pejorativas e assuntos ínfimos, jamais conseguirão nos definir ou nos diminuir. Eles tentam, nós resistimos. Com resiliência. Com o sangue do encarnado. Com amor e com vigor. Unidos somos fortes. Intransponíveis, insuperáveis. E eles sabem disso. Todos sabem disso.

Quando perguntam a um tricolor o que ele é, ele responde: sou Fluminense! Não somos fluminensianos, fluminenseistas ou inos.
Somos Fluminense!
E o Fluminense somos nós!
Um grande final de semana a todos
Washington de Assis
ST

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