O FIM DA PICADA
O FIM DA PICADA (MARIO NETO)
Quem me dá o prazer de me acompanhar deve estar estranhando o fato de eu não escrever no meio de semana, só na véspera dos jogos do fim de semana, geralmente nas sextas feiras. Caso contrário, em situações muito especiais como hoje. O responsável por esta exceção foi o clássico de domingo contra o Botafogo. Todo mundo já destrinchou o que aconteceu, principalmente o lance do pênalti perdido por Callegari e seus desdobramento. Então quero meter a “minha colher” do que penso que foi vergonhosa, não só a não cobrança do pênalti e a escolha do Callegari para a cobrança. Quem viu a cara do nosso Fernando Diniz na parada técnica sabe que não foi ordem dele, muito pelo contrário. Dizem que a bronca do Diniz comeu solta depois no vestiário.
Dois foram culpados por aquela atitude que contribuiu certamente para a nossa derrota. O primeiro deles, o Paulo Henrique Ganso, que não bateu o pênalti, já que ele é o cobrador mais que oficial. Soma-se a isto o fato dele ter convertido todas as suas cobranças. Como se não bastasse a sua omissão indesculpável, ainda convocou o Callegari para um lance tão importante e que praticamente nos deixaria com os dois pés na vitória, logo o Callegari, que até então não tinha batido sequer um pênalti desde que se tornou titular. O outro que contribuiu diretamente para “a bagunça” foi o nosso capitão Nino (não tem perfil de capitão, diga-se, a bem da verdade, não é o seu jeito), que tinha obrigação de fazer o que o Diniz queria, já que é o cara destas horas. Foram alguns momentos de “terror” absoluto.
Agora outra coisa tão importante foi o nosso desempenho nestes jogos até agora, incluindo logicamente o clássico com o Botafogo. Ninguém está querendo nada com nada, excetuando–se alguns jogadores como o Arias e o Martinelli. Parecia para o time que eles estavam jogando uma pelada de fim de semana ou contra o Íbis, esquecendo-se de que se tratava de um clássico e que o Botafogo é um outro time, em relação ao do ano passado. Tivemos mais uma atuação ridícula e medíocre, no pior sentido até agora. Os tricolores em geral consideram e com toda razão que esta equipe e o elenco são mais fortes do que o de 2021, também acho. Só que para demonstrar isto no campo temos que ter seriedade, disposição entre outras coisas tão importantes quanto, que não temos demonstrado. Portanto, estamos em baixa, caso contrário não vamos a lugar nenhum e correremos um sério risco de queimar alguns jogadores. Como já disse, não jogamos até agora lhufas, nessas sete partidas em que acreditamos no início deste Carioca.
Desta vez, ao contrário dos outros jogos, estou muito preocupado com o time que o Fernando Diniz colocará hoje contra o Volta Redonda, vice-líder do campeonato, lá na Cidade do Aço. Não sabemos se ele manterá o fatídico revezamento que vem fazendo desde a primeira rodada ou se jogará a “vera”, ou seja, com os titulares. Quero acreditar que a segunda opção seja a que o técnico tomará. Fernando Diniz tem apostado e colocado em campo, para serem observados por ele, alguns garotos da Copinha, como o Freitas, o Artur, o Isaac. Não tenho nada com isso mais acho temerária esta sua decisão, pois o melhor seria lançá-los quando o time estiver jogando bem, o que já disse está longe da verdade.
