O erro que custou caro – melhor no jogo, Flu só arranca empate
O Flu começou o jogo como Diniz avisou. Muita posse de bola, passes rápidos e ocupando bem os espaços. Tanto que o Volta Redonda mal deu a saída, perdeu a bola e só foi recuperar depois de 3 minutos. Com um time desfigurado, pelas forçosas ausências de Bruno Silva, Yony e Marlon – que vinham trabalhando como titulares nas atividades no CT – o treinador ainda se viu obrigado a promover a estréia de um dos garotos que subiram esse ano, Zé Ricardo, devido à lesão de Dodi.
E o time se comportou bem no início. Rodando bem a bola, procurando achar espaços na zaga adversária. Mas, logo na primeira pressão, VR subiu a marcação e o estilo Diniz foi posto a prova. Sem dar chutões a zaga quase se complicou.
O Volta Redonda queria fazer valer seu tempo maior de preparo e explorar essa falta de entrosamento, atrelada ao novo estilo de Jogo. Aos seis minutos, subiu a marcação e o Flu começou, então, a ser testado. E apresentou certas dificuldades nessa marcação mais alta. Aos 9, Ibanez derruba um deles na lateral. Na cobrança, desvio para a zaga colocar para escanteio.
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Ainda assim, o Flu manteve a calma e continuou a trocar passes. Diniz, agitado e gesticulando o tempo todo, cobrava da galera mais tranquilidade e atitude, pois o Flu não conseguia mais ultrapassar a linha de meio campo, aceitando essa marcação alta do adversário.
E o primeiro escanteio tricolor saiu de uma iniciativa de Zé Ricardo, que mostrou visão de jogo ao enfiar uma bola na canhota. Na cobrança, a zaga afasta e time recomeça com o goleiro Rodolfo. E numa outra jogada, uma belíssima reposição de bola do goleiro achou Everaldo na canhota, que partiu para dentro, sendo parado com falta. Na cobrança, a bola fica na barreira e Luciano pega de prima, para a defesa em dois tempos do goleiro.
Aos 17 Digão sente a coxa e Diniz promove a estréia de Matheus Ferraz. A braçadeira passa para Airton (O zagueiro ainda será reavaliado).
O Flu alternava boas jogadas pelas alas, com Calazans e Everaldo, sempre acionados por Zé Ricardo e Daniel. Mas a meiuca defensiva ainda mostrava sinais que precisa melhorar o entrosamento. Talvez pela necessidade de alteração que o treinador teve que fazer.
Na volta da parada técnica, Luciano recebe uma entrada mais dura, mas o jogo segue pela vantagem tricolor. Everaldo entra pela canhota e tenta o passe, mas a zaga alivia. Luiz Gustavo, o autor da enxadada, recebe amarelo.
Numa jogada extremamente bem trabalhada pela direita, uma triangulação coloca Ezequiel em excelente posição e ele cruza, Everaldo tenta e a bola volta para o lateral que chuta para a zaga aliviar. O Flu começa a se impôr. Everaldo recebe pela canhota e entrega para Mascarenhas, que se livra da marcação e cruza, mas a zaga corta para escanteio.
E a canhota vem funcionando muito bem com Mascarenhas e Everaldo, que parecem mais entrosados e mais soltos do que Ezequiel e Calazans, que fazem também um bom jogo. As melhores jogadas estão se desenhando pela canhota. O Flu começa a dominar a partida, aos 30 minutos.
Mas num vacilo de Everaldo, um dos destaques até aqui, que as coisas se complicaram. Ele domina mal a bola e Douglas Lima – aquele mesmo que quebrou Scarpa – arranca e só para no pênalti de Rodolfo (indiscutível). João Carlos bate e abre o placar: 1 x 0 eles.
Na saída de bola, o Flu quase se complica de novo, com o mesmo erro. E se por um lado a troca de passes merece maior atenção na saída da cozinha, no ataque ela vem mostrando resultados, com jogadas bem trabalhadas com o setor ofensivo do time. Daniel mostra muito mais presença na armação das jogadas, nas enfiadas de bolas, do que nosso antigo, e preguiçoso, dono do meio campo. Calazans vem crescendo junto com as dificuldades do jogo. Apesar do gol, o Flu mantém a tranquilidade.
Numa arrancada de Everaldo – que parece não ter sentido o erro – a tabela com Luciano quase funciona. Na pressão na saída deles, ele recupera a bola e sofre a falta. Na cobrança, Zé Ricardo tenta direto, sem perigo.
E o primeiro tempo se finaliza assim. Um pra lá, zero pra cá. Diniz terá que azeitar a máquina para segunda etapa.
Na volta pro segundo tempo, João Pedro estreou nos profissionais. Diniz saca Zé Ricardo e lança o time para frente. Luciano recua para ajudar Daniel na armação das jogadas. O treinador já havia testado a promessa no jogo treino, que aproveitou e guardou o dele.
O Flu vai para cima e o VR começa marcando atrás da linha da bola. E a pressão começa. Com menos de 2 minutos, dois escanteios a favor. E foi no segundo deles que o goleiro tira, Douglas Lima arranca e vira o jogo. Calazans chega atrasado e derruba o atacante na área. Pra sorte nossa, Marcelo – o capitão deles – desperdiça o pênalti. Rodolfo foi no canto certo da cobrança. E, com esse erro, a torcida inflama! Vamos virar Nense!
O jogo fica claro nesse momento. Flu tem o domínio, tenta agredir, mas não leva tanto perigo. Já o time de lá, quer o contra-ataque. Flu domina, quer o gol e o VR se defende de forma organizada. Aos 8, Douglas – o melhor deles – sente a panturrilha e deixa o gramado – mas volta em seguida, sem tanto ímpeto nas arrancadas.
Daniel segue tentando articular a meiuca. Ele recebe e gira buscando Luciano, que aciona Ezequiel sozinho na direita, mas o lateral se enrola e perde a bola para a linha de fundo. Na sequência, Luciano acha Mascarenhas – que ganhou a posição de Marlon (na minha humilde opinião) que samba na frente do zagueiro e cruza para João Pedro reclamar pênalti.
O Flu segue melhor e as triangulações são tentadas com frequência. Numa delas, Mascarenhas arrisca e a bola é desviada para escanteio. E o time de lá começa com a famosa cera…
Aos 17 uma jogada bem tramada pela canhota. A bola chega em Everaldo, que costura e serve Luciano na estrada da área. Ele ajeita o corpo e, de chapa, bate tirando tinta do travessão. O time vem mostrando um bom toque de bola e muita disposição. Na parada técnica, Diniz cobra movimentação do time para dar maiores opções aos alas. Isso aos 20 min.
Na volta, uma arrancada da joia. JP recebe de Everaldo e engata a 5° e só é parado com falta na ponta canhota da área. E na cobrança, Mascarenhas bate firme, por baixo, mas a bola faz a curva pra fora e sai. O Flu parte para cima, mas deixa espaços. Ibanez dá uma de ala, recebe na ponta, mas cruza mal, no pé do adversário na entrada da área. E arma o contra-ataque, desperdiçado pela equipe deles.
Aos 25 minutos, Diniz chama Julião. O Flu segue pressionando, toma conta do jogo, ganha a maioria das divididas mas não oferece tanto risco ao VR. E Daniel sai para a entrada de Julião, que ocupa a meiuca, ao lado de Luciano. E ele entra com vontade e na canela do adversário, no seu primeiro lance… nem amarelo… ficou barato…
O jogo se aproxima dos 30 minutos e o Flu segue pressionando. Muita movimentação, troca de passes. e numa delas, Luciano serve Everaldo que, de cabeça, manda por cima do gol. O Flu está chegando e o time deles está sentindo, e sentado – mais cera em campo.
E aos 32, Luis Gustavo recebe o segundo amarelo, ao derrubar Everaldo pela canhota. Jogador expulso. Pressão total tricolor. Julião, nesse momento, assume a lateral, passando Ezequiel para o meio.
Aos 35 Flu vem pra cima mesmo! Seguidas finalizações para o gol do VR com a zaga afastando. E tome cera. Julião recebe de Everaldo, pela meiuca, e arrisca. A bola desvia e sai em escanteio. No rebote da cobrança, Everaldo pega de prima e o Douglas – goleiro – pega no canto baixo. Segue pressão tricolor.
Aos 40 uma jogada bem trabalhada e a zaga alivia. Julião briga pelo rebote, se livra de dois e acha João Pedro, que cruza forte rasteiro, pela direita. A zaga tenta aliviar e acha o travessão. Na volta, Ibanez guarda – 1 x 1 e até que enfim. Faltam 4 para o fim do jogo. E o Flu segue na pressão. 5 minutos de acréscimo.
E o Flu, num último suspiro acha Mascarenhas pala canhota que cruza. a bola atravessa a área e sobra para Calazans, que tenta o drible e a zaga corta. No escanteio, o goleiro tira e Luciano bate no rebote em cima da zaga. E tome cera. Agora do goleiro deles.
E fim de papo. Com 6794 testemunhas – e prejuízo certo – hoje o Flu não passou de um empate.
ST
