NÃO TEM JEITO (MARIO NETO)
NÃO TEM JEITO (MARIO NETO)
Juro que pensei, pensei outras formas de chamar este jogo de logo mais no Defensores del Chaco. Tentei fugir da rotina, porém não teve jeito: mais um jogo do ano de “vida ou morte” para o nosso Fluminense visando o restante da temporada, pois nos restará brigar nestes quatro meses restantes do ano (caso o pior aconteça, isola!) por uma vaga direta, o que não deixa de ser importante para a próxima Libertadores, já que a chance de título no Campeonato Brasileiro é quase zero.
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Dizer que este jogo é um teste cardíaco daqueles para os torcedores tricolores é chover no molhado, ainda mais nas condições em que se dará esta partida. É decisão pura, perdeu e acaba o sonho da Libertadores. Esta partida é daquelas que costumamos dizer “que só acaba quando termina”. Por exemplo: não interessa se este ou aquele time tiver uma vantagem razoável nos primeiros quarenta e cinco minutos. Não teremos chance nem para pegar uma Coca-Cola, é a tendência deste jogão.
Embora tenhamos a vantagem de poder perder até por um gol de diferença, tivemos todas chances do mundo para aumentar esta vantagem no Mario Filho e sacramentar a nossa classificação (agora não adianta chorar sobre o leite derramado), não considero o nosso Tricolor, embora na teoria seja favorito, “sobrando” no jogo, longe disso. Jogando em casa como vimos contra o nosso rival, o Olímpia, em que pese a sua atuação abaixo da crítica, se transforma, ainda mais com aquela torcida e com aquele estádio, este sim podemos chamar de alçapão. Trata-se de um tri campeão da Libertadores e um mundial, que provam a suas tradições em certames de mata a mata. Fomos eliminados por eles no ano passado, ganhamos aqui de 3 a 1 e perdemos lá por 2×0 nos noventas minutos e depois nos pênaltis.
Quanto aos onze titulares que iniciam a partida, Fernando Diniz tem uma grande dúvida. Começa com o mesmo time do Rio, ou com o Lima ou o Martinelli no meio campo, saindo provavelmente o John Kenedy. Quem defende a manutenção do time que venceu no Rio prega e com razão que com mais um atacante o adversário tem que se preocupar mais, não podendo se lançar ao ataque toda hora, pois terá um a mais para marcar na frente, como aconteceu no primeiro jogo. Em contrapartida, os defensores do esquema mais cauteloso (pelo que viram contra o Flamengo), acham que o Olímpia nos primeiros trinta minutos virá com tudo para cima de nós. Portanto, segundo eles, quanto mais “povoar” o setor de meio campo melhor.
Confesso que não tenho uma opinião formada no assunto, pois considero que as duas correntes têm lá suas razões. Para terminar: veremos mais tarde o que o que não vimos muito no primeiro jogo, ou seja, o uso das jogadas áreas do time paraguaio, que são perigosíssimas. Todo cuidado será pouco, muita atenção O JOGO INTEIRO. Ter calma e não “cair” no jogo deles. Esquecer ou deixar de lado, se possível, a arbitragem. Será certamente um jogo muito “pegado”. Este árbitro venezuelano não é de passar a mão na cabeça de ninguém. Agora tomarei mais um calmante para ver se consigo dormir, sem pensar muito no amanhã. Não será fácil.
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