NÃO PODIA SER PIOR (MARIO NETO)

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NÃO PODIA SER PIOR (MARIO NETO)

Ninguém em sã consciência poderia imaginar uma semana tão tumultuada do nosso Tricolor como a que estamos presenciando. Desde a derrota vexaminosa, pelo modo que ela ocorreu, para o medíocre São Paulo até este fim de semana o Fluminense tomou conta do noticiário das redes sociais, notadamente as nossas, algumas delas fazendo questão de fabricar uma crise num piscar de olhos. Não falaram uma vez sequer, por exemplo, que apesar da atuação abaixo da crítica no Morumbi, em que dois dos nossos jogadores (dos três mais importantes) o André e o Paulo Henrique Ganso ficaram de fora da partida, para eles isso não pesa na balança (se dizem entendidos no assunto). Evidentemente não são todas as redes.
Como não tive tempo para escrever sobre a ida do Fernando Diniz, o tema que dominou esses dias e noites também, que foi a convocação para assumir a seleção brasileira principal até a chegada do Carlo Ancelotti, daqui a seis meses ou um ano, o tempo dirá. Eu ainda tenho minhas muitas dúvidas se não podemos ter uma reviravolta neste caso, veremos. O futuro é logo ali. Mas o que interessa é o presente, o que estamos vendo. Diniz e o Fluminense, através do seu presidente, aceitaram o que eu considero um risco.
Por uma questão de justiça, Mario Bittencourt não tinha muita coisa a fazer, ou melhor, não tinha trunfo nas mãos, estava cercado pelos sete lados. Fernando Diniz deu o seu aval, ele queria ir para a seleção brasileira (afinal que técnico recusaria este cargo?). A única saída que e restou a Mario Bittencourt era dividir o Fernando Diniz com a CBF, já que não passava pela sua cabeça perdê-lo e contratar outro técnico, principalmente pela disponibilidade do mercado atual.
Se vai dar certo ou não são outros quinhentos. Eu mesmo estou em cima do muro e ainda não tenho uma opinião clara. Não descarto a possibilidade do Fluminense ser prejudicado adiante, e mais: Fernando Diniz não tem nada a ver com Carlo Ancelotti, são dois métodos de trabalho completamente diferentes, basta ver um jogo do nosso Tricolor e um ou dois do Real Madrid. Se fosse o Guardiola, aí seria bem diferente. Não discordo das críticas no tocante a este assunto, mas acho que elas não levaram em conta tudo que estava acontecendo, o beco sem saída (já que o Flu não abriria a mão do seu técnico) em que meteram o Fluminense. A CBF, dizem, ainda pagou a multa do Diniz. Se for verdade ainda deu “uma colher de chá” para gente.
O que não podia piorar, piorou. Como sabemos não teremos o Arias, jogador fundamental, logo mais contra o Internacional, devido à expulsão pelo dito árbitro Anderson Daronco, e possivelmente do Paulo Henrique Ganso, que ainda tem um hematoma no pé, pode ser poupado mais uma vez. Se for para jogar a Libertadores cem por cento, até que faz sentido, pelo menos o André está de volta, o que melhora e muito o nosso meio de campo.
Sofreremos e muito, hoje no Mario Filho. É bom, muito bom que a torcida entenda isso. Devido às circunstâncias, o nosso favoritismo por jogar em casa foi para o brejo. Em relação aos “reforços” para o elenco: Léo Fernandes, que veio sem custo no momento e pelo que li deixou saudades no Toluca, time mexicano. Quanto ao Daniel e o Yony Gonzalez, velhos conhecidos nossos, embora há muito tempo eu não os veja em ação, não estou animado não, mas não temos dinheiro para outras contratações, a torcida precisa ENCARAR isto de uma vez por todas. Ia me esquecendo do Diogo Barbosa, mas este faz parte da maldição da lateral esquerda: não sabemos quando estará em ação, machucou-se no treino.


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