NÃO HAVIA OUTRA SAÍDA (MARIO NETO)

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NÃO HAVIA OUTRA SAÍDA (MARIO NETO)

A grande dúvida era quando seria a demissão do Roger Machado. Esperava-se pelos jogos da Copado Brasil ou faria de imediato após a eliminação na Libertadores da América. Depois de pesar os prós e os contras de quando seria melhor, a diretoria optou pela segunda hipótese. Não tinha saída. O trabalho do antigo técnico já não fazia mais sentido, o time já não tinha mais como ir para frente sob o seu comando. Neste período todo do Roger Machado, conta-se nos dedos as boas atuações da equipe. Lembro-me de algumas, como por exemplo as duas partidas contra o River Plate e contra o Cerro Porteño lá no Paraguai. No mais foram períodos como o primeiro tempo contra o Palmeiras. Roger não abriu mão do seu esquema, exceção feita às duas últimas partidas contra o Barcelona lá no Equador e o Internacional, muitas vezes consideradas suicidas.
Uma maneira de jogar que desgastava muito os jogadores. Por mais que eu seja contra a demissão de técnico no andar de uma competição, não tinha saída a não ser demiti-lo. Os pontas, por exemplo, eram muito mais auxiliares de laterais do que atacantes. Não vou criticá-lo por causa das suas substituições no decorrer dos jogos (Roger foi muito bombardeado neste aspecto), pois não temos um elenco tão farto assim, muito pelo contrário, os reforços que vieram foram a conta do chá. Mas não posso deixar passar em branco a sua insistência com o Kayke, que não joga nada há muito tempo, sua cabeça está em Londres. Agora vida nova ou quase isso: Marcão voltou à função de técnico. O que podemos esperar, um desempenho como aquele de 2020 em que pese um péssimo começo, ou veremos coisas “novas”?
Teremos o primeiro dos três jogos contra o Atlético Mineiro nestes próximos dias, hoje pelo campeonato Brasileiro e nas próximas quinta feiras pela Copa do Brasil, onde o Galo é muito favorito. Este jogo de logo mais tornou-se, tirando a parte financeira, muito mais importante, por um motivo mais do que simples. Lamentavelmente o nosso desempenho no Brasileirão despencou a ponto de quase nos deixar na zona da segundona. Perdemos as quatro últimas partidas não jogando lhufas, derrotas mais que merecidas e algumas delas vergonhosas, não aproveitamos o fator casa. Resultado: voltamos a ressuscitar mortos como a frequentar a parte de muito baixa na tabela, aliás dependendo do nosso resultado poderemos entrar na zona do rebaixamento. Vejam como “cresceu” de importância este jogo logo mais em São Januário. Que situação!
Marcão já definiu os onze titulares, o que me deixou para lá de preocupado. Escalou o Lucca em uma das pontas, o que considero um tremendo risco. É o que eu chamo de brincar com o perigo. Não faria isso de jeito nenhum. Aqui um parênteses: teve gente de sites que várias vezes detonou o Lucca de tudo quanto é jeito, algumas até passando do limite, que agora só porque foi o Marcão o escalou está vendo qualidades do jogador que nunca vira e, pasmem, elogiando-o, fecha parênteses. Não estamos em condições no Brasileirão de sermos irresponsáveis. Marcão começou mal (se mantiver esta escalação) porém vou torcer para que dê em alguma coisa essa sua “preferencia”. Em relação a Copa do Brasil o Galo é franco favorito. Para um milagre daqueles dependemos da máxima: no futebol tudo pode acontecer.

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