Não é mimimi, mas também não pode ser só coincidência…

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O Fluminense vem vivendo um drama peculiar no campeonato Brasileiro. A equipe até que não joga mal, ao contrário, surpreendeu muitos com um futebol ligeiro e envolvente. O grande problema está na hora de meter a bola na meta adversária. O time vem perdendo MUITOS GOLS, isso desde que o campeonato começou. Inúmeras foram as oportunidades criadas e, ao mesmo tempo, desperdiçadas, pelos jogadores tricolores ao longo da temporada. Some isso a fatores externos (e porque não internos – atrasos de salários) e encontrará um clube numa situação caótica. Mas quais são esses fatores externos?

A questão mais evidente é o uso do VAR. Veja bem que não falamos sobre as decisões advindas dele e sim na sua aplicação e, por muitas vezes, omissão. Não queremos levantar a pelota que o VAR é contra o Flu, ou ainda que queremos que traga benefícios à nossa instituição. Queremos que o mesmo seja aplicado exatamente dentro do seu protocolo, qual seja:

Detectar erros claros e óbvios em situações que possam modificar o resultado de um jogo:

  • Gol
  • Pênalti
  • Cartão vermelho direto
  • Confusão de identidade

Veja bem. Não são erros de interpretação de dentro de campo, e sim erros claros e óbvios. Ou seja, se houve um lance de interpretação do árbitro de campo, que no momento decidiu por deixar o jogo seguir, e sai um gol o VAR só pode interpretar o lance do GOL propriamente. E não retornar ao bel prazer, em busca desesperada por alguma outra irregularidade, quando o gol for contra A ou B. Exemplo? Fla x Flu, pelo estadual. Ferraz e Rodrigo Caio disputam pelo alto e a bola sobra para Léo Santos, que guarda. Árbitro é chamado para ver as condições de Léo Santos, se estava ou não impedido. Resultado: volta com uma falta de Ferraz em Rodrigo Caio. Esse tipo de ação não faz parte do protocolo do VAR – chamamos atenção para o fato de NENHUM jogador do Flamengo ter reclamado falta. E mais, se isso foi falta, o Réver, em 2017, deveria ter saído algemado do Maraca, no Fla x Flu da final por tentativa de homicídio em Henrique.

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Voltando ao assunto…  esperamos, o que ao mesmo tempo é o mínimo que se pode esperar: que seja igual para todos! E no caso do Fluminense, a história não é bem assim. Não houve revisão por algumas vezes, quando o lance era a seu favor, mas contra o Fluminense, diversas! E outras tantas vezes prejudicando mesmo o Flu, como o caso do gol do Everaldo, contra o Goiás. Mas será que é apenas coincidência?

Vamos por partes.

Na estreia do Brasileirão, contra o Goiás, Everaldo abriu o placar. O VAR chamou o árbitro Dewson Freitas para avaliar se Luciano teria ou não participado da jogada. O homem de preto achou que sim e anulou o gol, opinião contrária de Paulo César Oliveira, comentarista de arbitragem do Grupo Globo. Nesse jogo também houve outro prejuízo: a falta que originou o gol de Rafael Vaz também não deveria ser marcada na visão de Paulo César.

Segundo jogo, Santos na Vila Belmiro. Cruzamento na área e bola na mão de Pituca. Nesse caso o VAR não foi sequer chamado. Mas por que diabos o VAR não chamou, se em todos os lances que bateram a bola na mão de jogadores do Fluminense na área o tal chama? Muita reclamação e nenhuma consulta.

Terceiro jogo, Flu x Botafogo no Maraca: consulta ao VAR e gol de Matheus Ferraz anulado.

Após, ficamos 3 jogos sem o instrumento atrapalhar.

Já no jogo contra o Bahia, na Fonte Nova, num lance em que Gilberto estava meio de lado, de costas, a bola pega no seu antebraço, de lado. Adivinhem? Consulta ao VAR, pênalti marcado. Calma, vai piorar. Agenor defende, o juiz é chamado de novo, expulsa o goleiro que se adiantou um pouco e manda voltar. Pergunta: só o goleiro do Fluminense se adiantou, ao longo de todo o campeonato, a ponto do VAR precisar chamar o árbitro? Contra o São Paulo, houve invasão dos jogadores paulistas, na hora da cobrança do pênalti. O VAR parecia estar desligado. Ora, se o VAR chama por uma irregularidade no pênalti, não deveria chamar em todas?

Já lá em Chapecó, pela 9ª rodada, o Flu testemunhou uma atuação bisonha do VAR. Além das demoras pra decidir lances claros, como o pênalti no Flu, o instrumento foi chamado para expulsar Allan, no segundo tempo.

No jogo contra o Vasco uma sequência absurda. No jogo válido pela 11ª rodada, Digão e Frazan acabaram expulsos. Dois lances discutíveis, pois um não era o último homem, e o jogador vascaíno estava longe de estar conduzindo a bola para o gol, para finalizar. E a falta, que gerou o gol de Bruno César, foi batida alguns metros à frente de onde o jogador do Vasco caiu.

Jogo contra o São Paulo, pela 12ª rodada, Daronco é chamado pelo VAR no último lance, para anotar um pênalti que NENHUM jogador do time paulista reclamou. Mas, atento o VAR chamou.

Um dos lances mais emblemáticos, que acabou até gerando a saída do Diniz do comando do clube  – ou pelo menos contribuiu muito. Em jogo válido pela 15ª rodada, contra o CSA, Ganso cai na área e todos os jogadores pedem pênalti. No contra-ataque, gol do CSA. VAR, mais uma vez MUDO. Isso porque ainda teve um outro lance em Daniel, no mínimo, passível de revisão. Onde estava o VAR?

Por fim, no último jogo diante do Avaí. Caio entra e derruba o jogador do Avaí. Rafael Klaus deixa o jogo seguir, mas…. adivinhem? Nesse dia, no mesmo Maracanã em que o VAR ficou mudo em pênalti a favor do Fluminense, acordou e marcou pênalti contra o Fluminense.

Não é questão de querer ser beneficiado. E sim que o VAR seja utilizado para o Flu assim como é para os outros. Tipo simples assim mesmo.

Num segundo ângulo, a tabela de jogo do Fluminense no Brasileirão parece brincadeira.

Fluminense já jogou 2 vezes segunda-feira a noite, em casa. Houve apenas 9 times que jogaram na segunda, e por uma vez. A Chapecoense foi a que mais sofreu nesse quesito. Foram QUATRO VEZES. Claramente há um desequilíbrio nisto.

Jogou 11h da manhã de Sábado em São Januário, às 16h contra o Botafogo, às 18h contra o Cruzeiro no Maracanã, e às 19h contra o São Paulo e Inter. Houve também o jogo contra o Atlético Mineiro, às 21h.

Fez três partidas ás 19h de domingo, duas em casa (Goiás e Flamengo), outra fora (Bahia).

E domingo ás 16h apenas 2 jogos: Athlético Paranaense fora e CSA em casa. Nesse jogo contra o CSA, a TV aberta transmitiu para o Rio também. A pergunta: Flamengo e Vasco se enfrentaram na rodada, em Brasília, mas no sábado. Por que a televisão, sabendo disso, não passou o clássico na TV aberta e no domingo, às 16h? Com isso, o apelo para ir ao Maraca não seria maior?

O fato é que jogos fora do ritmo habitual de final de semana, jogos às segundas-feiras, e tarde da noite contribuem e muito para o afastamento do público do Maraca. Não que seja uma desculpa para essa campanha pífia. Por outro lado, os fatos estão aí.

Como o título de nossa coluna diz… Não é mimimi. Sabemos que o Flu está nessa situação pelas próprias pernas e pela falta de resultados – muito embora tenha finalizado absurdamente no campeonato. Mas, ainda conforme o título, não é só coincidência. Ou é?

Agora, precisamos mais do que nunca da união da galera tricolor. Não é em apoio ao Mário e Celso; ao Oswaldo; ao Ganso, Nenê e cia; nem ao tiozinho que corta grama; e nem a moça do café. Agora precisamos todos abraçando o Fluminense, mostrando para todos os jogadores, comissão técnica e diretoria, que somos maiores do que todos. Já bem dizia Nelson Rodrigues: Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos”.

Está na hora de provarmos que os fatos estão numa pior…

E ai, fechamos questão nessa?

ST

 

 


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17 thoughts on “Não é mimimi, mas também não pode ser só coincidência…

  • 05/09/2019 em 09:35
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    Concordo em parte.Acho a equipe tem que marcar um certo número de gols que mesmo com esses fatos não tenham influencia no placar.

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  • 05/09/2019 em 09:38
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    Bom dia André.
    O grande problema hoje está bem distante do quê imaginamos. O quê tem pesado muito no “desempenho” da arbitragem e do VAR nos jogos do Fluminense é um só: baixíssima audiência da série B. Sem nenhum gigante do futebol a frequentá-la, a Globo se vê obrigada a pagar R$8.000.000,00 a cada clube sem ter esse retorno de mídia. São R$160.000.000,00 sem retorno. Trocando em miúdos, não há interesse comercial na série B sem um gigante frequentando-a. E o gigante da vez é o Fluminense.
    É nítido a ineficiência do amparo tecnológico quando se trata de ser justo com o Fluminense. E não é mimimi mesmo. Basta ver as suas anotações e veremos que poderíamos estar a frente de Vasco e Botafogo por exemplo.
    Para que essa situação se reverta, seria bom uma ação coordenada junto a torcida para algum tipo de manifestação com relação a Globo. Cancelamento de PPV, boicote a programação, boicote aos anunciantes do futebol da Globo (Brahma, Chevrolet, Itaú, Vivo, Casas Bahia e Hypera Pharma), motim via redes sociais… Alguma coisa desse tipo. Porque só assim, ameaçada de perder um público qualificado e que gasta dinheiro com os produtos dos anunciantes, é que a emissora vai se dar conta do poder que temos.
    ST4!

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    • 07/09/2019 em 20:34
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      André, eu me lembro dos jogos do Flu na série B e depois na série C. As rendas eram melhores que boa parte dos jogos da série A. A torcida do Flu comparecia ao Maracanã em peso. Talvez seja isso que a Globo queira.
      A sua sugestão de boicote é inviável, o brasileiro não tem essa consciência. Ainda mais que a nossa torcida murchou, vem diminuindo ano após ano. Raríssimas crianças torcem para o tricolor, estão indo todos em direção da mulambada, é a força da nossa imprensa parcial.
      Vejo com pessimismo o futuro do Flu, ainda mais tendo os dirigentes que temos.
      Saudações Tricolores!

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  • 05/09/2019 em 09:47
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    Concordo em 100% com o texto.
    É prioritário q os rapazes coloquem sua pontaria em defasagem com traves e goleiros. Que eles ajam com mais simplicidade e sejam mais aplicados em tudo.
    O Fluminense é maior que tudo o que foi dito e feito por árbitros vesgos e VARs parciais.
    Porem o Flu são os seus jogadores. E esses tem absolutamente TODAS as condições de reverter a situação. Não obstante, atualmente muitos hj passam por problemas de atraso de salários, salários bem mais baixos q os de nossos atletas.

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  • 05/09/2019 em 10:34
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    Técnico Fernando Diniz muito especial, imbatível, jamais deveria ser demitido. Deveria ser valorizado.

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  • 05/09/2019 em 10:59
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    Concordo…. exatamente isso…. o Diniz estava fazendo um excelente trabalho, costumo dizer que o var derrubou ele. Era pra estarmos bem melhor na tabela, mais fomos muito prejudicado.

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  • 05/09/2019 em 11:39
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    Bom dia e parabéns André pela matéria.
    Faço uma figura relembrando nosso Mais Ilustre e Saudoso Torcedor, Nelson Rodrigues: ” Nós Tricolores nos comportamos como vira-latas”
    Se assim não fosse não estaríamos assistindo, pacificamente, a tudo isso que você, corretamente, elencou .
    Tentem fazer isso ao Corinthians, Palmeiras ou Flamengo e veremos mudar tudo num quebra-quebra generalizado, mas nós…”pobres vira-latas”nos contentamos em AINDA estarmos na série A. Por que tanta indignação nas redes sociais e as ORGANIZADAS que têm privilégios em relação aos demais, não se posiciona forte? Por que se omitiram e deixaram o Celso Barros, num arroubo de vaidade, ir ao vestiário intranquilizar mais ainda um time já inseguro pelos resultados?Por que também se omitiram na demissão fora de hora, considerando a campanha na Sula e mais uma vez na aceitação do Oswaldo, MACIÇAMENTE, reprovado nas pesquisas? Por que estão permitindo que a má escalação e a visão retrógrada do atual “escalador” atinjam nosso único ídolo?
    A desvalorização do Ganso, o ambiente ruim com a base revoltada pela covardia com a barração do Frazan e o ambiente azedo são prejuízos flagrantes.
    Por que até hoje os áudios entre o árbitro e a quadrilha do VAR não são públicos e instantâneos para todo o estádio como existe em outros locais?
    S.T. Helio Elysio

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    • 06/09/2019 em 19:42
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      só que futebol é resultado amigo! “excelente trabalho”? vc deve ta de brincadeira!

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  • 05/09/2019 em 16:06
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    Seu analise é perfeito sobre os horários e dias de jogos do flu comentei isso antes de começar o campeonato a sim umz coisa bem arrumada ota fazer o flu descer claro que ótimo não está ajudando mais muito resultados teve influência do War globo o que está me surpreendendo e a passividade da diretoria

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  • 05/09/2019 em 22:20
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    Esse VAR é direcionado este ano pra favorecer o Flamengo time da Globo. Fluminense parece não ter Presidente sabedor de toda essa armação no intuito de rebaixar o Fluminense e se comporta de forma omissa. Ah se estivéssemos um Eurico Miranda.

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  • 06/09/2019 em 08:50
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    Bom dia!
    Essa questão do uso do VAR nos jogos do Fluminense eu já havia citado anteriormente no Twitter e repito: estão manipulando resultados para prejudicar o Tricolor e os times do Ceará. Se o Fluminense não conseguir resultados positivos urgente, vai ser rebaixado. E se depender do VAR, ele não permanece na Série A.

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  • 06/09/2019 em 12:12
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    Bom dia André , permita-me usar seu espaço para compartilhar matéria onde Luxa manda um sutil recado para o anta do nosso “escalador”e também para uns tricolores sem visão de técnica acostumados só a suor e carrinhos.
    Hoje no Vasco, Vanderlei Luxemburgo foi um dos palestrantes na Brasil Futebol Expo, evento organizado pela CBF em São Paulo. Questionado a respeito de Paulo Henrique Ganso, cobrado recentemente pela torcida do Fluminense, o técnico saiu em defesa do apoiador, com quem trabalhou no Santos. Na visão do treinador, que também já treinou o Tricolor, o meia tem uma qualidade muito acima da média.
    – Eu acho uma covardia o que fazem com o Paulo Henrique Ganso, de dizer que ele é um péssimo jogador, que ele não joga o futebol moderno. Onde é que é esse futebol moderno, que eu não consigo encontrar? Ele é gênio! – disparou.
    Ao ser perguntado por que Ganso é gênio, Luxemburgo continuou:
    – Por que que ele é gênio? Quando o campo é muito grande pra ele correr, dar pique pra direita, dar pique pra esquerda e marcar volante, ele perde a capacidade de raciocínio aonde ele é melhor, que é próximo da área. Eu tenho que fazer com esse atleta, e eu fiz isso com o Alex (campeão da Tríplice Coroa com Luxemburgo no Cruzeiro), que meu time conduza pra próximo da área, onde vai ter 13, 14, 15, 16 jogadores, mas só ele enxergue um lance diferente, porque ele é gênio. Mas aí bota o cara pra correr pra direita, pra esquerda, pra marcar volante…Se volante fosse bom, ele não seria volante, seria atacante.
    Helio Elysio S.T.

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  • 06/09/2019 em 13:59
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    Parabéns pelo texto. Excelente. Volta Diniz.

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