Mário Bittencourt relembra a trajetória que levou o Fluminense a conquista da Libertadores em 2023

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O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu na última quinta-feira (27/03) uma entrevista ao Futsummit do UOL, junto com o Fred, diretor de planejamento esportivo, e o diretor executivo Paulo Angioni. O principal assunto abordado por eles foi a trajetória que levou a conquista do título inédito da Copa Libertadores da América em 2023.

Foto: Reprodução / Futsummit 2024

 

Mário deixou bem claro que para falar deste título não era possível falar apenas de futebol e que para entender um pouco mais do presente, é preciso voltar ao passado. A construção da maturidade necessária para pensar, e agir, na reestruturação do clube começou há muito tempo. “Essa conquista do Fluminense começa quando chegamos ao clube em 2019”, declarou o presidente. Ele completou citando algumas das suas preocupações durante esse processo: “O resgate da credibilidade financeira, o resgate cultural do clube, a relação com o torcedor, a convicção e o resgate de trazer um jogador como o Fred”

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Em 2019, quando se tornou presidente em julho após a saída antecipada do antecessor Pedro Abad, Mário usou a palavra “dilacerado” para definir como estavam as finanças do tricolor naquele momento. Foram pagos mais de R$ 76 milhões em dívidas que acumulavam R$ 645 milhões de reais. O futebol abaixo do necessário, poucos patrocínios, a baixa na venda de jogadores e o relacionamento ruim com a torcida foram alguns dos motivos que poderiam ter acabado com o Fluminense, mas esse cenário estava prestes a mudar.

A pandemia, que começou durante a primeira gestão de Mário em 2020, foi um momento de resiliência para o clube. Durante esse período era possível ver os alicerces serem construídos, e para explicar esses fatores o presidente citou: “O Fluminense não demitiu nenhum dos seus funcionários, distribuiu seis mil cestas básicas, os diretores do clube abriram mão de parte do seu salário para que eu pudesse remunerar as pessoas mais humildes do clube”. De acordo com Mário, é dessa maneira que você entende a harmonia e a retomada da credibilidade do tricolor.

A constância é necessária

“É inacreditável que deixem de ser profissionais, deixem de exigir profissionalismo e comecem a contestar um trabalho extremamente sólido de dois anos”, foi o que declarou o presidente, enquanto falava sobre as contestações relacionadas ao trabalho do técnico Fernando Diniz, que aumentaram após a eliminação do Campeonato Carioca na semifinal para o Flamengo. No dia 30 de abril o técnico vai completar dois anos de volta ao clube, e durante o período em que esteve à frente da equipe já conquistou três títulos, sendo dois deles inéditos.

União é sinônimo de força, e títulos 

“Nós chegamos ao lugar que chegamos graças a isso, a nossa forma de pensar” foi o que disse Paulo Angioni sobre a sua relação com o Mário Bittencourt. O diretor de futebol expressou uma gratidão ao presidente por ainda ter a oportunidade de trabalhar no clube: “Sou muito grato ao Mário porque ele brigou muito pela minha permanência quando ele chegou, não foi pouco. Eu sei o quanto foi difícil para ele me manter no Fluminense.”

Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Angioni declarou que o Fluminense foi campeão por merecimento, e alguns dos motivos foram a humanidade e a caridade. Para Mário, isso é exemplificado com números: “Dos 20 clubes da Série A, entre 2021 e 2023, o Fluminense só gastou mais do que o Goiás, Coritiba e Cuiabá na compra de jogadores. Somos o 17º clube brasileiro em investimento de compra”. O presidente completou: “A gente tem um terço do faturamento do Palmeiras, do Corinthians e do Flamengo, e já é metade ou 40% do investimento das SAF’s. Como a gente consegue?! Tá ai a resposta”.

O Fluminense foi se solidificando ao longo dos anos. No primeiro ano de gestão do Mário, em 2020, o clube foi campeão da Taça Rio e se classificou para a Libertadores direto, em 2021 foi finalista no estadual mas não conquistou nenhum título, em 2022 foi campeão da Taça Rio, do Estadual e se classificou direto para a Libertadores. No ano de 2023, o tricolor foi bicampeão estadual e conquistou a glória eterna pela primeira vez.

Foto: MARCELO GONÇALVES /
FLUMINENSE FC

Mário finalizou a entrevista explicando os motivos do porquê acredita nas conquistas recentes do Fluminense: “Antes de cuidar do dinheiro, antes de olhar para o jogador ou funcionário do clube como um número, nós olhamos ele como gente, como pessoa. A gente cuida do homem, da mulher, da família, do ambiente que a gente tem e aí, inevitavelmente, a palavra merecimento aparece, e nós fomos agraciados.”


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