Mago Angioni – o craque da camisa social

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Nunca um clube necessitou tanto da reputação e da estratégia de um dirigente quanto o Flu hoje necessita do seu diretor de futebol Paulo Angioni. Pelo menos por enquanto. Dentro desse nevoeiro de incertezas que atinge o Reino do Laranjal, Angioni surge como um farol, que nos guia através de uma das fases mais complicadas que nosso querido Flu atravessa. É inacreditável pensar que um dia poderíamos chegar nessa situação de descrédito, de dívidas e, sobretudo, de encolhimento.

Mas mesmo dentro desse cenário, onde o mercado da bola é cruel com os menos afortunados – sobretudo os que tem fama de mau pagador – nós estamos conseguindo trazer bons nomes e “reinventar”, como o próprio Angioni diz, maneiras de trazer jogadores ao nosso plantel. Não que ele aja sozinho, pois não é o caso. Nossa camisa enverga o varal – melhor até pendurá-la sozinha, e em um bem reforçado. Nós somos a história. Aqui nasceu a seleção brasileira, para início de conversa. O mundo nos assiste e, graças ao Flu, Xerém hoje está no Mapa Mundial (dizem que na Espanha já se ensina onde fica Xerém desde o primário). Mas Angioni faz diferente e faz a diferença.

Com o teto de R$ 150 mil por mês – o que venhamos e convenhamos: é dinheiro para burro – Angioni foi fazendo o vai e vem da maré tricolor e renovando daqui, dispensando dali, renegociando acolá e “voilá” : temos um elenco mais enxuto, com custos globais menores e que trouxe fôlego para buscar nomes de peso, como Ganso e/ou Nenê. O próprio dirigente já havia confirmado (e isso nós já falamos por diversas vezes aqui) que o Flu poderia fazer um esforço a mais para ter os jogadores. E esse esforço, ou melhor, esse dinheiro vem da onde? Vem da inteligência do dirigente tricolor.

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Angioni não só reduziu o número de atletas no elenco, como conseguiu trazer jogadores que se encaixavam na nova política tricolor. Se essa decisão foi acertada, dentro das quatro linhas, a partir do dia 19 a gente vai começar a ver. Mas não me parece mau negócio a saída de nomes que ganhavam acima ou no limite do teto, como Júnior Dutra, Kayke, Marcos Júnior e Matheus Alessandro para a chegada de jogadores que estão mais dentro da realidade, casos como o de Yony Gonzales e Mateus Gonçalves. Na posição de volante então foi a mais explícita: Jadson, Richard e Fernando Neto foram negociados e só chegou Bruno Silva. Airton renovou e duas jóias da base chegaram em definitivo (Caio e Zé Ricardo), entre outros, mas para exemplificar já nos basta.

E não para por aí. O nosso diretor ainda vai implantar, ou pelo menos intenciona, a categoria de aspirantes no Flu, para aqueles jogadores que extrapolaram a idade dos júniores, mais ainda tem potencial de crescimento, e outros tantos que nosso departamento de Scout poderá vir a indicar. O futuro do Flu, de acordo com ele, seria ter de 50 a 60% de jogadores no profissional formados no clube, com a negociação deles sendo mais tarde, com 24, 25 anos. Isso é um sonho que, além de trazer um equilíbrio maior nas finanças – inclusive com maior lucro nas negociações – traria uma equipe bem mais talentosa e competitiva.

Estamos atravessando um nevoeiro denso e sombrio. E, sinceramente, eu fico bem mais tranquilo quando lembro que o “manche” da nossa aeronave está nas mãos de Paulo, o Mago, Angioni. O craque da camisa social!

ST

Washington de Assis


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