Joia da base, Arthur diz: “Quero chegar ao profissional, ganhar títulos e poder ajudar o Fluminense.”
Com 95 gols marcados em 128 jogos da categoria sub-11 até a sub-15, Arthur Wenderroscky, jovem meia de 15 anos da base tricolor, que se destaca em Xerém a ponto de pular etapas. Arthur assinou em agosto um pré-contrato que garante seu primeiro vínculo profissional em fevereiro de 2021, quando completa 16 anos.
O cria de Xerém é fã de Neymar e Messi, mas pelas características em campo, se inspira no craque argentino. Até o fim da temporada, ele vai compor o time sub-17 do Fluminense, que se prepara para a retomada do Campeonato Brasileiro da categoria.
Você conhece nosso canal no Youtube? Clique e se inscreva! Siga também no Instagram
Mas a partir de fevereiro do ano que vem, ele fará parte do elenco profissional. Em entrevista ao ge, Arthur falou sobre a expectativa de jogar com adultos e contou como vê seu futuro no clube:
– Estou me preparando cada vez mais para quando subir para o profissional agarrar a oportunidade da melhor maneira possível. Quero chegar ao profissional, ganhar títulos e poder ajudar o Fluminense.
Arthur revelou ter conversado com jogadores que passaram por processos semelhantes ao dele, como Miguel e Marcos Paulo, que subiram ao time profissional com 16 e 17 anos, respectivamente:
– Cheguei a conversar com eles. Falaram que foram muito bem recebidos e que aprendem muito com todo elenco profissional. Mas sei que tudo tem seu tempo. No momento estou focado e dedicado para ajudar meus companheiros do sub-17
Poucos meses antes de passar ao time principal do Fluminense, Arthur se prepara para estrear no sub-17, atual campeão carioca da categoria:
– Estamos muito animados, treinando muito após termos ficado muito tempo treinando só de casa. Quando se joga em Xerém você sabe que sempre vai entrar como favorito, mas não podemos desrespeitar nossos adversários. O sub-17 tem uma geração muito forte, muito vencedora e que esta construindo uma história na base. Estou muito feliz em poder fazer parte deste grupo que me recebeu muito bem.
Em dezembro de 2019, Arthur foi camisa 10 e destaque da seleção brasileira sub-15, campeã sul-americana da categoria sobre a Argentina:
– Foi uma experiência incrível. Aprendi muito e fui muito bem recebido por todos atletas e comissão. Só tenho que agradecer a eles por acreditarem no meu potencial.
Criado em Nova Friburgo por sua mãe e seu padrasto, com mais dois irmãos, sempre muito próximos, ele conta ter voltado as atenções para o futebol desde muito cedo, aos 5 anos, até dar os primeiros passos que o levaram ao Fluminense:
– Meus maiores incentivadores foram e são meu padrasto e minha mãe. Comecei jogando em uma escolinha de futsal, depois passei pela Escolinha do Country Clube e por último foi a Escolinha do São Pedro, todas em minha cidade natal. Cheguei ao Fluminense com 9 anos através de um amistoso onde joguei pela Escolinha São Pedro.
O início da trajetória do jogador no clube não foi fácil. O menino conta ter feito diariamente o trajeto de Nova Friburgo a Xerém (mais de 130 quilômetros de distância) por mais de dois anos, até ir morar próximo do clube, mas longe da família:
– Cheguei primeiro no campo e aos 10 anos fui pro futsal. Foi um processo muito difícil porque eu não parava em casa e ficava longe da minha família. Eram muitos quilômetros percorridos, mas o Fluminense sempre me ajudou e me incentivou. Aos 12 anos fui morar em Xerém com um amigo e a mãe dele. Só aos 14 minha mãe e meus irmãos vieram morar comigo.
ST!
Fotos: Mailson Santana