JÁ VI ESTE FILME (MARIO NETO)
JÁ VI ESTE FILME (MARIO NETO)
Assim como no início da temporada do ano passado, estamos começando muito mal esta também. Da mesma maneira que fracassamos redondamente no primeiro turno da Taça Guanabara em 2020, não chegando à fase final da mesma, corremos o risco de repetirmos este feito novamente. Estamos em quinto lugar, atrás do Flamengo, obviamente e por incrível que pareça do Volta Redonda, Portuguesa e Madureira. Ainda dependemos dos nossos próprios resultados para chegarmos à reta final do Cariocão. Conseguiremos isso? Se dependermos do que vi até agora, minhas perspectivas são sombrias, mas como ainda faltam quatro rodadas sendo que o próximo adversário é o “lanterna” Macaé, podemos melhorar e chegar lá, na fase final da classificatória.
Outra semelhança entre esta temporada e a passada é que em ambas contratamos novos técnicos, Odair Helmann em 2020 e agora o Roger Machado, o que significa dizer que temos que dar tempo ao tempo. Por isso sou menos crítico no momento (o que não aconteceria em circunstâncias normais), embora não esteja nada nada satisfeito com o que estou vendo. O que muda entre o trabalho de um técnico e do outro é que diferentemente do Odair Roger não assumiu o time de terra arrasada. Chegamos ao inacreditável quinto lugar no fim do Brasileirão. Teremos também quatro competições, que podem transformar-se em cinco para todo este ano: Cariocão, Libertadores da América, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e, caso fracassemos na Libertadores, a Taça Sul-americana. A diferença destas duas temporadas em termos de competição é só essa: numa tínhamos a Sul-americana e agora temos a Libertadores, para início de conversa.
Nesta nossa volta à Libertadores da América depois de oito anos, os tricolores com quem converso dividem-se em dois grupos. Os mais radicais, ou fanáticos como queiram, acreditam piamente que somos reais candidatos ao título e não aceitam outra possibilidade, e aqueles com os pés no chão, ou seja, os mais realistas, nos quais me incluo obviamente. Prefiro assim como em 2020, ir de passo a passo, sabendo das enormes dificuldades que teremos pela frente este ano, maiores talvez do que as do ano anterior. Semana que vem os grupos serão sorteados e aí já poderemos ter uma ideia melhor do que nos aguarda. Uma coisa é certa: não tem moleza não, seja qual for o adversário. Posteriormente vem a fase da disputa dentro do grupo e assim vai, uma noite sem sono de cada vez. De uma coisa tenho certeza: moleza só sopa sem osso.
Quando escrevia este artigo, ainda não havia saído a decisão da reunião que decidiria ou não a contratação do Matheus Babi do Botafogo. Dizem que hoje é o dia D do sim ou do não. Grande parte dos tricolores é contra esta possível contratação, alegando que temos os “moleques” da base como opções, como no caso do John Kenedy, o que não concordo de jeito e maneira. No momento, por mais que me xinguem, não o considero pronto para uma disputa tão importante, e além do mais nem de longe tem as características do Fred. Falta-lhe corpo, altura, e por enquanto não sabe fazer o pivô, o que aliás não é do seu feitio fazê-lo. Ninguém elogiou mais o sub-17 e também alguns jogadores do sub 20 do que eu.
Certamente, se confirmar tudo que tem de bom futebol, o John Kenedy será muito provavelmente melhor do que o Babi. Mas tem o danado do SE no meio do caminho. Isso vale para toda esta garotada. Vindo ou não o Babi precisamos contratar um jogador com as características do Fred, um finalizador. Com toda certeza o nosso Frederico não jogará todas as partidas nesta louca temporada. Antes que eu me esqueça, precisamos também urgentemente de um outro zagueiro de bom nível, Mateus Ferraz caiu muito de produção. Por último: Roger, você já deu todas as chances ao Lucca e ele só piorou o seu desempenho, que foi fraco na temporada passada. Não insista com ele, e pelo amor de Deus! Reforce a nossa marcação defensiva, comece colocando o Wellington no lugar do Yago Felipe e vamos em frente que atrás vem gente.
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