Grandes jogadores só podem renascer em grandes clubes
O anúncio da contratação de Ganso pelo Fluminense gerou um burburinho e algumas dúvidas, que são pertinentes. Mas não há porque temer, Ganso é o camisa 10 que o Fluminense precisava, porém o Fluzão é o clube que o meia – deveria, no mínimo – sonhar em jogar.
Pode parecer estranho a assertiva acima, mas vamos relembrar um pouco do passado tricolor, afinal, já dizia Nelson Rodrigues “Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória”. Mas por quê o passado? É consenso que P.H Ganso é dotado de uma inegável qualidade técnica e habilidade, mas há uma preocupação com o nível de intensidade que o meia pode entregar. Por isso muitos afirmam que o 10 tricolor é um jogador do futebol antigo, alguns até dizem ser dos anos 70. E é nesse década mágica que Ganso tem tudo para se inspirar a reconduzir o Fluzão, e a si mesmo, aos lugares que pertencem.
Há um pouco menos de 44 anos, chegava um outro camisa 10 – dotado de uma capacidade futebolística inexplicável – no Reino do Laranjal também em baixa. Quem era? Apenas Roberto Rivellino, um dos maiores 10 que o futebol brasileiro e mundial já viu desfilar. Riva fora escorraçado do time que o revelara e veio se reerguer e ser feliz no Fluzão. No período de 1975-76 a Máquina Tricolor encantou não só o Brasil, mas o mundo. Os mínimos detalhes, nos tricolores sabemos, os rivais sabem, e está na história.
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É bom explicar que, com a chegada de Ganso, o Flu não terá a uma nova Máquina. A Máquina é única e sempre será. E muito menos que Ganso será o novo Rivellino, porque só existiu um Riva , assim como só existe um P.H Ganso (futebolisticamente falando, é claro).
A essência e mensagem do texto é mostrar para os tricolores que apesar da dúvida, há porque o motivo da crença que mais uma vez um grande camisa 10 pode se reerguer no Flu. O texto também é para o Ganso, para que ele veja que a torcida acredita nele e que o Tricolor das Laranjeiras é o único clube que consegue reerguer jogadores dessa magnitude. Afinal, grandes jogadores só podem renascer em grandes clubes.
Carreira de P.H Ganso:
Santos: 162 jogos – 35 gols – 36 assistências – Campeão Paulista: 2012, 2011 e 2012; Campeão da Copa Libertadores: 2011; e Campeão da Recopa Sul Americana: 2012
São Paulo (chegou no meio de 2012 pelo valor de R$ 23,9 milhões): 220 jogos – 24 gols – 48 assistências – Campeão Copa Sul Americana: 2012
Sevilla-ESP (chegou em 07/2016 pelo valor de 9,5 milhões de Euros): 28 jogos – 7 gols – 6 assistências
Amiens-FRA (chegou ao clube para disputa da temporada 2018-19): 13 jogos – 0 gol – 3 assistências
ST

