Fernando Simone – “Fluminense é o menos culpado”

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A diretoria do Flu começa a se manifestar. Ontem, após o jogo, o Gerente Geral do Flu, Fernando Simone, falou na saída do Maracanã. Ele comentou que o Flu acertou nas medidas tomadas, ao longo da semana, e reafirmou que não há dúvidas no que tange o direito do tricolor, previsto em contrato:

– O Fluminense é o menos culpado de tudo. O Fluminense está lutando pelos seus direitos. Tem uma cláusula contratual muito clara. A Justiça nos deu ganho de causa, nos deu uma liminar ao nosso favor. O presidente não deu nenhuma declaração errada. Em todo momento estávamos defendendo o direito de nosso torcedor de ir para o nosso lado, que está na cláusula contratual. Envergonha é estarem desrespeitando cláusulas contratuais. A gente fala de profissionalismo, de mudar nossas posturas, de administrar de forma profissional…

Por outro lado, o Consórcio Maracanã, numa atitude lamentável, informa que, supostamente, haveria uma cláusula no contrato em que o Flu, quando visitante, não teria direito de escolha. Simone, evidentemente, não só rebateu como esclareceu:

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– Isso não é verdade. A cláusula é muito clara e não tem o que discutir quanto a isso. Se a cláusula não fosse clara, nós não teríamos ganho a liminar que ganhamos. Existe um contrato. E o contrato tem que ser respeitado. Ponto. Não tem mais o que discutir com relação a isso.

Trecho do Contrato:

“Nas Partidas Oficiais, contra quaisquer outros dos Principais Clubes do Rio de Janeiro, a torcida do FLUMINENSE acessará e se posicionará no setor Sul do Estádio (lado UERJ), em sua integralidade, através das entradas, acessos e rampas correspondentes e disponíveis para esse setor, salvo haja ordem expressa em sentido contrário por parte de:
(i) Órgãos Públicos especificamente por questões de segurança;
(ii) salvo acordo expresso entre o FLUMINENSE e a equipe visitante; e
(iii) nos casos em que o FLUMINENSE for visitante, a CONCESSIONÁRIA poderá, para fins comerciais, mediar acordo entre o FLUMINENSE e o clube mandante, resguardados os direitos do FLUMINENSE previstos neste contrato”

Mediar acordo, segundo entendimento estapafúrdio do Consórcio, ou melhor de seu presidente Mauro Darzé, significa que eles tem poderes para celebrar acordo e depois impôr as condições ao seu parceiro comercial.

Fernando Simone continua:

Dívida com o Consórcio
Isso não muda nada no contrato. Se estivermos inadimplente, o consórcio pode nos notificar e nós teremos um prazo para pagar, como já fizemos outras vezes e pagamos. O fato de estar inadimplente não altera em nada no contrato.

Medidas cabíveis
Já existe uma liminar, já existe uma decisão que não foi respeitada. Agora temos que deixar a Justiça trabalhar. Vamos voltar para casa. Vamos conversar com nosso corpo jurídico, ver o que pode ser feito. Mas vamos continuar a defender o Fluminense, de que nós direito ao setor sul, que estamos aparados por uma cláusula contratual. Hoje em dia tanto se fala de profissionalismo, do país mudar, de respeitar contratos. E o que foi feito, simplesmente, não foi isso. Vergonha é estarmos desrespeitando cláusulas contratuais.

Pedido do Flu para torcida não comparecer
Pedimos para a torcida não comparecer a partir do momento que os portões estavam fechados. Justamente para não haver confusão. Foi a decisão da Justiça, que era para ser cumprida. Falamos: “não venha, porque a Justiça determinou que vai ser com portões fechados”. Como vou pedir para o torcedor vir com os portões fechados? Não podíamos imaginar que eles iriam descumprir e os portões seriam abertos. A reunião na Ferj foi duas horas antes do início do jogo. Não alteraria em nada fazer um chamado ao torcedor, porque estava errado. Não podíamos contar com isso.

Diálogo com os vascaínos
Já tiveram várias conversas antes. O lado sul, por contrato, é do Fluminense. Isso tem que ser respeitado por quem quer que seja, por quem quer que queira usar o lado sul. Isso já foi conversado antes. É só as pessoas respeitarem. Se o Vasco foi induzido ao erro pelo Maracanã, que não avisou da cláusula, que induziu ao erro o Vasco de achar que poderia usar, aí eu já não sei. Não sei da conversa que eles tiveram.

O fato é que, para variar, no Brasil, não se responsabiliza ninguém. É sempre uma instituição, ou um grupo, que recebe qualquer tipo de culpa. E isso tem que mudar! Não foi o Vasco que fez nada. Foi alguém. Um CPF é que deve ser responsabilizado por essa celeuma toda que, mais uma vez, tenta fritar o Flu. Um, e provavelmente, mais CPFs.

A JUSTIÇA, que foi banalizada ontem – quando DUAS DECISÕES foram simplesmente ignoradas – precisa se manifestar. E com urgência.

ST

Fonte e foto: Globo Esporte, por Felipe Siqueira


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