Fernando Diniz se despede do Fluminense com muitos agradecimentos e críticas a Celso Barros

Na tarde desta segunda feira foi realizada uma entrevista coletiva com Fernando Diniz, que marcou a despedida do ex-técnico do Fluminense com a imprensa. Diniz não aguentou a pressão e foi demitido ,nesta manhã, após mais uma derrota – desta vez para o CSA por 1 a 0 no Maracanã – no Campeonato Brasileiro, foram quinze jogos e apenas doze pontos no comando do Flu.

Diniz fez da coletiva uma sessão de agradecimentos: para a torcida, Mário Bittencourt (atual presidente), Paulo Angioni (diretor de futebol), Pedro Abad (Ex-presidente) e Fabiano Camargo (ex-vice presidente). Mas não se ouviu o nome de Celso Barros, perguntado se há algum tipo de mágoa com o dirigente tricolor ,que é responsável pelo futebol, ele respondeu que só sente mágoa de quem gosta dele ou de quem ele gosta.

“Eu agradeço às pessoas que merecem serem agradecidas. E são essas três, Abad, Fabiano e Mário. Agora, as declarações dele deixaram nas entrelinhas que talvez fosse desejo dele que o trabalho deveria ser interrompido. Mas quem tem de responder é ele. Mário Bittencourt – que foi um amigo que fiz aqui no Fluminense – pagou em 60 dias três meses de salário. É um cara que deseja melhorar as condições do clube. Torço para que dê certo. Não saio magoado com Celso. Só fico magoado com quem eu gosto e com quem gosta de mim. Então, não sinto nada. Absolutamente nada.” – declarou

Quase no final da entrevista, Fernando Diniz foi perguntado sobre Marcão -auxiliar técnico permanente do Flu – que vai estar no comando da equipe tricolor no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana diante do Corinthians ,em São Paulo, na próxima quinta feira às 21:30.

“O Marcão é querido por todos os jogadores. O Fluminense tem, além do Marcão, o Marcos Seixas e o Marco Salgado que têm boa gestão com os jogadores. Eles têm condições de seguir com esse trabalho até a diretoria escolher o novo treinador” – Contou.

Enquanto esteve no cargo, Diniz comandou o Flu por 44 jogos com 18 vitórias, 11 empates e 15 derrotas. Um aproveitamento de 49,2 %, marcando 71 gols e sofrendo 48 na temporada.

Veja as principais respostas:

Torcida

“Queria fazer um agradecimentos especial a torcida do Fluminense que soube apoiar os jogadores a todo momento e acreditou no meu trabalho.”

Como ficou sabendo da demissão

“Foi pela manhã, fui apenas comunicado. Tomei café com o Mário Bittencourt e Paulo Angioni. Foi um momento muito triste, pois eu esperava ficar mais, aqui no Brasil os resultados são mais importantes. Tinha o jogo contra o Corinthians, competição que nós vinhamos muito bem e eu achava que tinha tempo para a recuperação no Brasileiro.”

Mudança na forma de trabalhar

“Raciocinar o que está dando errado é o que eu faço todo dia e cada vez mais eu tenho certeza que eu estou certo. O futebol é feito pela matemática. Fico orgulhoso de ter colocado três jogadores na seleção olímpica. Ter regenerado o Matheus Ferraz e Paulo Henrique Ganso, ter indicado o Yony que era reserva do Junior Barranquilla. Luciano e Everaldo que não tinham mercado nenhum quando eu assumi o Fluminense. Acho que o Fluminense fica numa boa situação. A gente construiu uma relação muito boa, os jogadores trabalharam bastante. Acredito que o time vai decolar no brasileiro e acredito na classificação na Copa Sul-Americana.”

Como deixa o grupo?

“Eu deixo um time harmonioso, que trabalhou demais, treinou demais. Tem muito treino e poucas lesões, apenas o Pedro está lesionado.  Estilo cada técnico tem o seu, eu acredito nos jogadores e em todos, acho que isso é o meu maior legado no Fluminense. Veja a situação do Caio Henrique chegou desacreditado, depois de jogar no Paraná, e hoje é da seleção olímpica.”

Resultado de ontem

“O resultado foi inacreditável. Todas as chances que criamos, nenhuma entrou e as uma que eles tiveram a bola entrou, foi inacreditável. O var tinha que ter entrado em ação duas vezes, o pênalti em cima do Daniel, da onde eu tava deu para perceber a falta dentro da área. CSA é um time que tem um sistema defensivo muito bom e o time do fluminense, foi o time que menos ofereceu chances ao CSA no campeonato e eles fizeram o gol.”

Despedida com os jogadores

“Foi um dos momentos mais marcantes na minha passagem no Fluminense como técnico, muito emociante. Foi muito trabalho e trabalho intenso, agradeço demais por ter trabalhado com esses jogadores.”

Reunião com Celso atrapalhou os jogadores?

“Eu não acho que afetou o desempenho pois os jogadores são muito maiores do que aquele tipo de entrevista. Os jogadores são muito grandes. A gente criou as chances de gol, o time não jogou mal. As coisas aconteceram pois tinham que acontecer.”

Você pode acompanhar a entrevista completa no nosso canal do YouTube!

ST!