Fala, professor! Roger:”Foi importante vencer”

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Por Vinicius Brandão e Davi Barbosa

O Fluminense venceu o Flamengo por 1×0 neste domingo (14), em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Carioca. Após a partida, o técnico Roger Machado, que fez sua estreia à beira de campo pelo Flu, concedeu sua primeira entrevista pós-jogo pelo tricolor.

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Em suas respostas, o treinador comentou sobre a atuação do Fluminense, reforços para a temporada, volta antecipada de atletas e muito mais. Confira:

Atuação do Fluminense:

“Optei como estratégia desse jogo buscar uma equipe equilibrada, mas que pudesse buscar velocidade nos contra ataques. O fato da gente não conseguir, sobretudo no primeiro tempo, encaixar o timing de marcação nas amplitudes do Flamengo, que é uma equipe muito bem treinada, faz com que a gente quando retomasse a bola não conseguisse conectar os nossos de velocidade mais à frente, com a figura do Paulo Henrique Ganso fazendo essa conexão com os atacantes. Sofremos com o volume de jogo do Flamengo, porém conseguimos dentro da área defender bem nossa meta. Uma equipe que muito embora mais experiente, com jogadores que tem mais rodagem, mais minutagem em campo, também precisa de entrosamento pra que consiga render bem. Embora esse time mais experiente, nós tivemos quatro dias de treinamento pra colocar em prática no jogo contra uma equipe mais jovem, mas muito bem treinada com seus mecanismos já muito bem estabelecidos, e a prova que conseguiu inúmeras vezes quando entrou no nosso campo nos pressionar mais alto, conseguiu chegar em jogadas dentro da sua característica de linha de fundo, mas no futebol sabe que não existe resultado injusto, vence aquele que consegue dentro dos noventa minutos finalizar as oportunidades que criou e a gente que finalizou com um belo chute de longa distância do Igor. Foi importante vencer na estreia, jogo tenso também para o treinador que tá chegando e fazendo suas observações pra que a gente consiga ajustar essas questões todas para o andamento do Campeonato.”

Opção pelos jogadores do time principal que retornaram e a impressão dois dois primeiros jogos com Ailton.

“Os dois primeiros jogos foram distintos, né? O primeiro em que, embora derrotados, tivemos um volume de jogo muito grande e criamos muitas oportunidades. Mas novamente, quem conclui as oportunidades criadas é quem vence a partida. Já o segundo jogo, em um jogo de nível técnico mais abaixo, onde a juventude e a pouca experiência acabam fazendo a diferença. Então a ideia da gente trazer um time mais experiente não é deixar de usar os meninos, mas que eles possam, assim como hoje, entrar no decorrer da partida e definir a partida a nosso favor. A utilização dos jogadores mais jovens vai acontecer. É o que tenho dito para os meninos: confiem nessa evolução.”

Sobre a utilização do restante dos jogadores do elenco principal e reforços para a temporada:

“A gente vem conversando bastante sobre a respeito disso, quarta-feira os jogadores se reapresentam, houve uma distinta programação que era ter que esperar a final da Copa do Brasil, trazer os jogadores na eminência de que pudesse jogar a pré-Libertadores, então a gente trouxe os jogadores, eles trabalharam quatro ou cinco dias, normalmente houve o recesso de mais dez, na apresentação a gente vai se deparar com a real situação desse retorno, dez dias pode ser pouco, mas era importante para que os atletas esvaziassem tudo, principalmente do aspecto emocional e físico. O importante era hoje, nesse momento, depois de dois resultados negativos, a gente conseguir a vitória pra não deixar o campeonato estadual para trás, porque ele é muito importante pra gente, também serve muito de preparação para os jogos da Libertadores que serão no próximo mês.”

Reforços para a temporada:

“A gente vem trabalhando bastante em função das características, por exemplo: Jogadores de beirada que nós temos, são jogadores hábeis e rápidos na condução de bola. Imagino que a gente precise de um jogador que tenha na virtude a velocidade e que alguns momentos você empurrar a linha defensiva pra trás e criar espaços em um jogo que você tá defendendo mais do que o necessário. Eu não gostaria de falar em outras posições, estou fazendo a avaliação do elenco, dos meninos, nós estamos hoje perto de 50 jogadores somando elenco principal e sub-23, e a partir desse número a gente vai filtrando e vai conversando com a diretoria pra reforçar, se não agora imediatamente, em um curto, médio e longo prazo. Time grande está sempre a procura de reforços.”

Campeonato Carioca como laboratório? E se está preparado para as eventuais críticas que virão?

“Não vejo o Carioca como laboratório. Vejo como um campeonato muito importante e que nós queremos vencê-lo. É também um importante estágio para as competições que a gente tem no ano e a mais imediata delas é a Libertadores. Então, não é um laboratório, mas sim um campo de observação. Todas as observações feitas no dia do jogo e nos treinamentos vão me ajudar a tomar algumas decisões com relação a elenco. Já em relação às possíveis críticas relacionadas ao trabalho, isso faz parte da profissão. Não imagino passar o período em um clube sem ser questionado em relação a resultados e atuações, isso faz parte. Não tenho receio nenhum. Isso nunca me fez abrir mão de trabalhar como treinador.”

Se a questão física influenciou no rendimento de alguns jogadores:

“Um dia mais quente, o recesso que tinha sido anteriormente vindo da semana de treinos pode ter carregado um pouco mais na questão física por conta da semana forte de treinamento. No ponto de vista tático a gente não conseguia achar o timing no primeiro tempo de marcação e o Flamengo conseguiu jogar.”

Sobre a volta antecipada de alguns atletas:

“Alguns já tinham manifestado o desejo de permanecer pra jogar o estadual caso fosse necessário. Nosso planejamento foi feito para que se a gente jogasse os três primeiros jogos, pelo menos, com um time sub-23, comandado pelo Ailton, porém os resultados não foram o que a gente esperava e ocasionou essa convocação partindo também dessa manifestação de alguns jogadores.”

Sobre a mudança no posicionamento de Igor Julião durante a partida:

“Como no primeiro tempo a gente não conseguiu encaixar tendo um 4-4-2 na frente e não conseguimos organizar o meio campo, abrindo um tripé eu consigo preencher o meu meio e atacar o adversário do meu campo para o campo dele. Isso deu um equilíbrio e um preenchimento de meio melhor e a gente conseguiu controlar melhor aquele setor. E a ideia de trazer o Igor (Julião) pra dentro é justamente por ele ter essa destreza em um campo mais congestionado, além da força de pressão do meio para as beiradas. Assim a gente conseguiu aumentar nossa pressão dentro do campo de ataque naquele terço final de jogo. Funcionou bem, mas é um pouco de sorte de principiante, né? (Risos). Tivemos pouco tempo para treinar, mas a experiência como técnico vai nos dando algumas capacidades de entender, mesmo com pouco treino, que determinado jogador tem características que podem ser usadas naquela função. Não sei se vai se repetir, mas o certo é hoje funcionou.”

O Fluminense volta a campo no próximo sábado (20), às 21:05, contra o Bangu. Com a vitória, o Flu conseguiu os seus três primeiros pontos na tabela de classificação e ocupa a oitava posição.

 

 


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