Fala, Professor! Roger: ”Penso eu que poderíamos ter vencido”

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Por Bruno Sznajderman, Matheus Maltoni e Caio Ramos

O Fluminense empatou com a equipe do Corinthians pelo placar de 1 a 1, na tarde deste domingo (27), pela sétima rodada do Brasileirão, em São Januário. Os gols do jogo foram marcados por Jô, de pênalti e Cazares, ex jogador da equipe visitante. Ao final do jogo, Roger falou com a imprensa sobre o jogo, gols da partida, jogo fora do Maracanã e muito mais, confira:

Movimentação de Cazares

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”Foi uma circunstância da partida numa tentativa de busca de espaço mais interno, porque o Corinthians estava muito fechado com seu tripé de meio. Então, como o Corinthians estava deixando que nossos zagueiros articulassem, ora a gente trouxe o Martinelli para ter qualidade por dentro, ora descemos um dos meias, empurrando um pouco os laterais para dentro do campo adversário.
As oportunidades que nós conseguimos criar ou quando roubamos a bola no campo adversário surgiram quando a gente conseguiu acessar o lado do campo e depois cruzamos para área. Muito difíceis as infiltrações por dentro em função do posicionamento defensivo.
Então foi uma circunstância da partida, muito embora, no segundo tempo eu reposicionei o Paulo até a expulsão, tirando ele do tripé e abrindo duas linhas para que agente pressionasse mais alto e inicialmente já dentro do campo, com dois jogadores mais avançados.
Pedi para o Cazares fazer muito mais movimentos de ponta, de meia-ponta, dando amplitude, onde ele conseguiu, principalmente, depois da expulsão, ter volume de jogo. Mas sem abrir mão do jogo interno.
Jogamos bem, mesmo quando estávamos com 11 contra 11, depois com o reposicionamento com a expulsão do Abel. Tivemos o controle do jogo, oferecemos alguns riscos, sofremos alguns riscos, mas riscos controlados. Penso eu que poderíamos ter vencido inclusive.”

Ausências de Fred e Nenê

“Novamente a gente vai esbarrar no que eu falo sempre: a questão do calendário. Por vezes somos cobrados a buscar alternativas de jogo diante das dificuldades apresentadas na partida, mas temos aí pelo menos 50 jogos quarta e domingo e cada jogo envolve pelo menos 3 dias: o pré-jogo que você faz pouca coisa, o dia do jogo efetivamente e o dia seguinte que você também não consegue trabalhar, então com 2 jogos por semana você tem 6 dias, mais o deslocamento, tendo que lidar com as ausências de convocação e lesão. Você citou bem, se nós fizéssemos 6 jogos por mês, em que uma você consegue ter aberta para recuperar e treinar os conceitos do jogo, já nos atenderia, mas é isso que nós temos e tentamos lidar com isso, nos apoiamos muito na fisiologia, a gente precisou ali naquela perna de final de estadual, final de grupo de Libertadores e Copa do Brasil, a gente levou no limite, o time jogando quarta e domingo sem alterar as peças porque acreditamos que era importante naquele momento, mas você a aumentar os riscos e pelo fato de você apenas descansar e treinar, você naturalmente perde questões importantes que são físicas que dizem respeito à força, você não consegue fazer adequadamente um trabalho de potência com os atletas, você precisa tirá-los do jogo para conseguir organizar uma coisa minimamente, mas não é desculpa para o decréscimo, embora a intensidade dos jogos caíram muito nos últimos 5 jogos mostrados pela nossa fisiologia e a gente precisa mexer, o atleta tem que entender e tem entendido bem que é melhor a gente rodar os jogadores e colocar aqueles que estão em melhor momento técnico e físico.”

Nova formação com dois meias e Bobadilla

Acho que o Raúl talvez seja um dos únicos atletas que tenha tido menos oportunidades até este momento. Tanto Fred quanto Abel, que vinham atuando, vinham fazendo gols e correspondendo como opção.
A ideia de ter colocado dois meias, um mais aberto e outro mais centralizado, a gente já tinha feito isso na primeira semifinal do Carioca. Na ocasião, eu usei o Cazares aberto e o Paulo por dentro. A ideia é que, diante do cenário que nós estávamos, o jogo precisava ser mais agressivo, de buscar as costas do adversário, mas estávamos pouco tempo descansando com a bola.
Às vezes, quando nós rompíamos a linha, era com um jogador se projetando, como o caso do Yago, do Biel, mas sem a bola. O desejo era de que a gente pudesse fazer isso de forma mais apoiada, com dois jogadores que tenham a retenção de bola pela qualidade técnica.
Acho que essa parte do jogo aconteceu. Em alguns momentos, a gente vai precisar de um ajuste, posicionando Paulo e Cazares pelo centro, mas atrás da linha da bola, e às vezes os dois à frente da linha da bola.
A gente precisa achar esse equilíbrio. Quando um estiver com a bola, o outro precisa ficar atrás da primeira linha ofensiva para receber essa bola, junto com o Biel e o centroavante. Então, a ideia foi essa.
De um modo geral, isso aconteceu em parte do jogo, mas depois tivemos que trocar. Mas mesmo assim, com o Paulo de segundo volante, com o controle dele lá de trás, nós conseguimos sair de forma organizada, tanto com ele quanto com o Cazares.

Jogar em São Januário

O clube está acostumado a jogar (São Januário), porém, mudam as referências, você altera a dinâmica e logística de deslocamento, etc, é um elemento a mais, mas não pretendo colocar na conta para não ser justificativa (do empate).

Homenagem do Fluminense ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

”O último clube que eu trabalhei, o Bahia, sempre foi muito engajado, nessas lutas, eu apoio toda luta que visa acabar com o preconceito e descriminação. Viva a diversidade e a diferença”

 

ST

(FOTO: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

 

 


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