Em entrevista, Cabelada fala sobre suas vivências como árbitro e admite a existência de um ”sistema” na época
Cabelada, polêmico árbitro de futebol dos anos 80 e 90, concedeu uma entrevista ao GE no qual contou várias histórias sobre a época em que apitou, chegando até a confirmar a existência de um ”sistema”. A mais impactante foi sobre uma situação vivida em 1985, onde destacou que o ”sistema” havia pedido o Flamengo na final diante do Fluminense, caso contrariou: ” a federação quebrava”.
O sistema me pediu (para interferir) várias vezes, mas às vezes deu o que o sistema queria sem eu precisar sujar as mãos. Mas ali, se o Flamengo não ganha, a final era Bangu x Fluminense. A federação quebrava. O trem pagador era o Clube de Regatas do Flamengo – disse a figura folclórica.
Na ocasião em questão, em jogo que o árbitro foi até parar na delegacia, a partida entre o rubro-negro e o Volta Redonda gerou polêmicas após haver um suposto pênalti para o Voltaço. A não-marcação gerou revolta dos jogadores, e até invasão de torcedores, um deles chegou a agredir Cabelada, que revidou. Hoje, de cabelos brancos, com sua cerveja na mesa e o charuto na mão, a figura folclórica diz que acertou na marcação.
”Eu tava em cima, e o Guto (zagueiro do Flamengo) nem tocou nele ( atacante do Volta redonda).” – disse, Luiz Carlos Gomçalves.
A figura polêmica voltou à tona, após ser um dos personagens no documentário ”Doutor Castor”, que conta a história do bicheiro que financiou o Bangu Atlético Clube nas décadas de 80 e 90. É possível assistir o documentário através do Globoplay.
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