Diogo Bueno se posiciona contra a mudança no Estatuto para antecipação das eleições
Ex-vice de finanças da gestão Pedro Abad, e membro da coligação Unido e Forte, Diogo Bueno se posicionou contra a alteração no estatuto proposta pelo presidente para a antecipação das eleições. Em entrevista ao Globo Esporte, Bueno disse que, no entanto, não recorrerá à justiça caso a proposta do atual mandatário seja aceita pela maioria.
– Vão querer colocar na minha conta, na do Cacá e na do Pedro Antonio a judicialização. Nós não iremos judicializar nada. Negativo. Isso é mentira. O que eu quero é evitar isso. É preciso tirar a discussão da retórica eleitoral. A gente nunca entrará com ação contra o Fluminense. O menor risco ao clube é cumprir o estatuto – disse num trecho da entrevista ao jornalista Héctor Werlang.
Para Diogo, o clube precisa sair desse momento conturbado mas o remédio para isso já existe no estatuto, que seria a renúncia. Ele aproveitou para rebater as falas de Mário Bittencourt – defensor das antecipações, com mandato até 2022 – que disse que o clube não sobreviveria a duas eleições no mesmo ano:
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– Quando o (ex-presidente) Hugo Chávez mudou a regra eleitoral na Venezuela, não foi considerado golpe? Foi. Então, sim, a antecipação é golpe no estatuto do Fluminense – e continua – Eu li uma declaração de que duas eleições seriam carnificina no Fluminense. Eu queria propor a quem for candidato… para parar de falar sobre carnificina entre tricolores. Vamos discutir quem tem o melhor projeto. Futebol, investidores, modernizar o estatuto, revitalizar Laranjeiras, estádio… E vamos discutir quem tem mais capacidade de implementar o projeto
Por fim, disse que, em caso de renúncia, o presidente do conselho deliberativo, Fernando Leite, teria até 45 dias para convocar novas eleições que teriam o mandato “tampão” até o final de 2019.
– Hoje já se tem a informação de que o presidente Abad deseja deixar o cargo. Então, o presidente do Conselho Deliberativo, o Fernando Leite, ao cumprir o estatuto, convocaria novas eleições. Ele já se manifestou a respeito disso, de que vai cumprir o estatuto. Se isso ocorresse, teríamos novas eleições em 15 de fevereiro.
– Se não quisermos ter riscos de judicialização do pleito, temos de respeitar o estatuto. Vamos fazer o que o dispositivo já fala. Se pode eleger mais rápido o novo presidente com a renúncia. Essa reflexão que eu pedi. A proposta do Abad é clara, mas imagina se passa um tempo e um outro presidente começa a mudar o estatuto de acordo com seus interesses para se perpetuar no poder?
– Quem ganhar a eleição, tem de ter em mente de que se precisa de paz. Tem de ter hombridade para convidar todos os tricolores para contribuir. O Fluminense pode viver em paz e em harmonia. Dá para ter o futebol e a sede social. Mas ela precisa gerar receita. Não podemos ter só oito mil sócios nas Laranjeiras. A sede deve ser modernizada, assim como temos de avançar no projeto do estádio. O Fluminense é viável, sim.
ST
Fonte: Globo Esporte, por Hector Werlang