CRÉDITO A FAVOR (MARIO NETO)

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CRÉDITO A FAVOR (MARIO NETO)

Bastou uma, ou melhor, duas derrotas para que parte de algumas redes sociais voltassem com aquelas velhas críticas quanto à contratação do Fernando Diniz. “Professor Pardal, invencionista” e por aí vai. Entendo o grau de insatisfação por causa da derrota doida contra o Atlético Goianiense, até então com a corda no pescoço, literalmente, principalmente por causa da forma que foi, depois de termos o jogo nas mãos. Depois de muito tempo, não posso eximir de culpa o Fernando Diniz. Errou em quase tudo que pretendeu fazer taticamente, desde a escalação até as substituições, algumas delas inexplicáveis por mais que tenhamos que nos esforçar para entendê-las. Levando-se em conta apenas esta partida, cabem muito bem todas as críticas.
O que mais me impressionou foram as substituições feitas pelo nosso técnico, principalmente a saída do Felipe Mello e o recuo de André para a defesa. Por vários fatores, o mais importante deles é que naquela altura da partida o time Goianiense tinha o domínio completo. O gol deles da virada era apenas uma questão de tempo. Não tinha o menor sentido o André jogar de zagueiro. Se os jogadores do Atlético ganhavam todas as bolas na nossa área antes, com dois zagueiros altos, não seria o André com seus um metro e setenta e poucos que iria mudar a história, principalmente por causa da altura dos jogadores deles. O André batia no umbigo deles. Fernando Diniz (teimoso) argumentou que este tipo de mudança brusca, recuar um jogador de meio campo para a zaga, deu certo por exemplo contra o Santos, o Fluminense virou o resultado. Só que as circunstâncias foram bem distintas. O Santos estava jogando na defesa, o que o Atlético não dez um minuto sequer.
Com tudo isso que escrevi acima, Fernando Diniz tem muito crédito a seu favor. A classificação atual do Tricolor deve-se em grande parte a ele, isto ninguém discute, nem os tricolores mais radicais. Com falhas ou não o time tem um esquema de jogo. Como já disse várias vezes, temos um bom time que não fica nada a dever a muitos deles, o elenco é escasso ao extremo. E em algumas posições nem isso temos. Perdemos muito quando o Arias e o Ganso saem do time, são INSUSBSTITUÍVEIS, não têm nem sombra de reservas. Tomara que eu esteja redondamente enganado: vamos sofrer mais ainda nesta reta final. Dependeremos muito da nossa parte física. Alguns titulares já deram claramente sinais de desgaste. Só jogamos bem um tempo
Amanhã em casa, no Mario Filho contra o América Mineiro, não podemos de jeito nenhum jogar fora mais uma chance, de tantas que já tivemos, de nos mantermos na posição em que estamos no campeonato. Será um jogo dificílimo, não tenho a menor dúvida disso. Vamos ter que propor o jogo de qualquer maneira, coisa que não sabemos na maioria das vezes, mais tudo tem um começo.
Para terminar, como o Nino caiu de produção, notadamente neste returno. Não está sendo mais (tomara que seja uma fase) aquele zagueiro que todos os tricolores confiavam “dos pés à cabeça”. Quem estava segurando a defesa aos trancos e barrancos era Manoel e isto se evidencia mais quando ele não atua. A outra coisa é o seguinte: trocar bolas, passes na nossa área, ainda vai, apesar da nossa angustia. Mas fazer este tipo de jogo na nossa linha de fundo não dá, é dose para elefante, é o fim da picada. O nosso jogo está ficando manjado, que o digam os nossos adversários.
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