Em dia de sorteio na Copa do Brasil, veja a trajetória vitoriosa do Fluminense na edição de 2007 do torneio

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Ontem completou 15 anos da conquista tricolor na Copa do Brasil. E hoje, a CBF sorteou as oitavas de finais do torneio que está em sua 34ª edição. Com uma única taça, o Fluminense vai em busca do Bicampeonato.

Antes de vencer o certame em 2007, o tricolor havia sido em duas ocasiões. Na primeira delas, em jogo com pênalti polêmico, o tricolor foi superado pelo Internacional em 1992. Treze anos mais tarde, o Fluminense voltava à disputar uma final de Copa do Brasil. Dessa vez, a decisão foi realizada no Rio de Janeiro. E, com nova derrota. Na final, o Fluminense perdeu para o Paulista em São Januário.

Carlos Alberto levantou a taça da Copa do Brasil 2007 pelo tricolor (Foto:Agência O Globo)

Entretanto, dois anos depois, a inédita conquista chegava em Laranjeiras. Após empatar o primeiro jogo no Rio de Janeiro por 1 a 1, o Fluminense precisava quebrar um tabu no torneio: vencer o Figueirense no Orlando Scarpelli. O clube catarinense que estava com 100% atuando em casa no torneio, chegava à final com o moral em alta. O empate conquistado no Rio de Janeiro dava uma pequena vantagem ao alvinegro catarinense. O time de Florianópolis podia empatar por 0 a 0 que, mesmo assim ficaria com a taça.

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Mas antes da final, o Fluminense passou por alguns percalços no torneio. Na estreia do campeonato, contra o ADESG do Acre, no dia 15 de fevereiro, o tricolor venceu por 2 a 1. Naquela época, caso a equipe visitante vencesse por 2 gols de diferença, não seria necessário o jogo da volta. Jogando na Arena Pantanal, o Fluminense conseguiu os dois gols. No primeiro tempo, Soares abriu o placar aos 26 minutos. Na etapa final, Alex Dias fazia o gol da classificação. Porém, minutos depois o ADESG empataria a partida com Diego. Frustrando os planos tricolores. Na volta, treze dias depois, no Maracanã, o Fluminense não tomou conhecimento do adversário e aplicou uma goleada de 6 a 0. Esse resultado qualificou o time para a próxima fase do torneio.

Atlético ficou com um a menos no segundo tempo (Foto:Felipe/Lancepress)

Na fase seguinte, o adversário seria o América de Natal. A primeira partida foi disputado em Natal. E o Flu largou bem. Apesar de tomar gol com 16 minutos de jogo – Paulo Isidoro inaugurou o placar- o Fluminense melhorou na etapa final e virou o jogo. Soares e Alex Dias garantiram a vitória tricolor. Com a vantagem na bagagem, o Fluminense podia perder por um gol de diferença que mesmo assim se classificaria. E foi isso que aconteceu. Em uma péssima atuação do time, o time visitante derrotou o tricolor – única derrota na competição- com gol de Rodrigo Paulista. A derrota gerou grande insatisfação da torcida que, a plenos pulmões gritaram “Time sem vergonha”

 

Na fase seguinte, outro adversário nordestino. Desta vez, o Fluminense encarava um clube que havia conquistado dois títulos brasileiros. Trata-se do Esporte Clube Bahia. No primeiro jogo do mata-mata, realizado no Maracanã, o Fluminense mostrou outra postura. Com um time mais agressivo e buscando o gol desde o início, a pressão tricolor inicial surtiu efeito. Aos 16, Carlos Alberto inaugurou o placar. O problema estava por vir. Aos 50 segundo da etapa final, o Bahia empatava com Fábio Saci. O resultado complicava o Flu. A equipe carioca precisava ganhar ou empatar por dois ou mais gols em Salvador. No segundo jogo, o drama do Flu aumentou quando Emerson Cris, no início do jogo fez o gol para os locais. Com a necessidade de gols, o Fluminense foi para cima do adversário. E, de cabeça, Cícero deixou tudo igual.Porém, em um erro da Arbitragem, Fabi Saci desempatou a partida. O atacante do Bahia havia ajeitado a bola com o braço antes de finalizar. O Fluminense fez o gol do empate e da classificação com Soares.

Nas quartas de finais, o adversário seria de Primeira Divisão. O Atletico Paranaense. No jogo de ida, Thiago Silva fez um belo gol. Após ótimo cruzamento de Carlinhos, o zagueiro testou no canto esquerdo de Guilherme. O arqueiro atleticano nada pôde fazer. Por ser um jogo de mata-mata os rivais se jogaram ao ataque. Em bonito chute de Nei, a bola entrou no ângulo. Depois dos gols, os destaques ficaram com os goleiros. Os arqueiros de ambos os times fizeram lindas defesas e evitaram que o jogo tivesse mais gols. Novamente em desvantagem, o Fluminense foi até Curitiba em busca da classificação. Precisando vencer ou empatar por 2 ou mais gols, o Atletico não fez um bom jogo naquele dia. O primeiro tempo foi morno muito devido a vantagem obtida pelos atleticanos no Rio. O jogo virou para o tricolor quando o goleiro rival foi expulso por ter colocado a mão na bola fora da área. Entretanto, impediu que Soares marcasse para o Flu. Mas os tricolores não desistiram e, após dívida de Lenny com Alan Bahia, a bola sobrou para Adriano Magrão fazer o primeiro tento no jogo. O Atletico chegou a fazer um gol mas Evandro estava em posição irregular. Fim de jogo e Flu classificado para as semifinais.

O Fluminense reencontrava um carrasco. Em 2002, o Brasiliense havia eliminado o tricolor da Copa do Brasil. Porém, aquele jogo era outro. Na ida, o Fluminense largou em vantagem. Os visitante abriram o placar com Rafael Toledo. Ainda no primeiro tempo veio a virada tricolor. Thiago Silva e Alex Dias deixaram os locais em vantagem. Na etapa final, logo aos 5, Adriano Magrão ampliou para o Flu. Vinte e dois minutos depois do gol tricolor, Allann Delon diminuiu a vantagem: 3-2. Não durou muito e Carlos Alberto aumentou o placar para o tricolor. Vitória do Flu por 4 a 2.

Ainda com o fantasma de 2002 na cabeça, o Fluminense tratou de exorcizar o passado e garantir a vaga para a final. Não foi fácil. No início do jogo, Allann Delon dava esperança aos locais. Porém, Carlos Alberto do Brasiliense foi expulso no último lance da primeira etapa. A esperança tricolor  foi renovada e o torcedor local recebeu uma ducha de água fria. Na volta do intervalo, o Fluminense empatou com Adriano Magrão. O Brasiliense até tentou, mas o passaporte para final era tricolor.

 

Um outro fantasma assombrava o torcedor. Nas duas finais que o Fluminense disputou terminou com o vice-campeonato. Será que aquilo se repetiria de novo ?  No primeiro jogo da final, o tricolor levou um susto e justamente no final da partida. Aos 38 da segunda etapa, Cleiton Xavier  acertou um chutaço da entrada da área. Com poucos minutos, Adriano Magrão renovou a energia tricolor ao empatar no apagar das luzes. Com o empate, o Fluminense novamente saia em desvantagem. Exceto, contra o Brasiliense.

A grande decisão foi disputada em Florianópolis. Precisando quebrar alguns traumas do passado e reverter essa desvantagem, o Fluminense tratou logo de abrir o placar. Aos 3 minutos, Adriano Magrão -o artilheiro tricolor- deu um passe açucarado para Roger. O lateral/zagueiro dominou no peito e inaugurou o marcador. Com um gol logo no início, o Figueirense teve que sair mais para o jogo. Os locais criaram algumas boas chances de empatar mas pecaram nas finalizações. Por sua vez, o Flu teve a chance de ampliar e definir o jogo. Porém, errava na hora de finalizar. O último lance de perigo do jogo foi do Figueirense. Na ponta esquerda, Cleiton Xavier livre chutou forte no ângulo e de mãos trocadas, Fernando Henrique mandou para escanteio. Depois de 23 anos, o Fluminense voltava a conquistar um título nacional e voltava à Libertadores.

 

 

 


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