Celso Barros rebate Mário Bittencourt sobre participação na Flu Fest

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O vice-presidente Celso Barros voltou a utilizar as redes sociais para comentar assuntos do Fluminense. O dirigente rebateu alguns pontos da fala do presidente Mário Bittencourt na coletiva desta sexta-feira (07). Sobretudo o fato de não ter sido convidado para a sexta edição da Flu Fest.

Na coletiva, Mário Bittencourt explicou que Celso Barros não foi convidado por conta da idade avançada e porque já havia sofrido um problema pulmonar em 2019. Portanto, estaria no grupo de risco da COVID19.

Mas, segundo Celso Barros, isso não impediria de comparecer a festa em comemoração aos 118 anos do Fluminense.

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“Quanto a fazer parte do chamado grupo de risco, é claro que em relação a minha idade e algumas comorbidades que são comuns nesta faixa etária, eu me encaixo. Porém, infelizmente muitos jovens com a idade do presidente, já nos deixaram por causa desta grave doença. Portanto, à época da Flu Fest, respeitadas as medidas de distanciamento, o uso de máscaras e álcool gel, não existiria nenhum problema que eu participasse do evento”, explicou o vice-presidente do Fluminense.

Celso Barros também criticou o fato do presidente atribuir ao vice algumas situações ocorridas em 2019. De acordo com o dirigente, a demissão de Fernando Diniz e a contratação de Oswaldo de Oliveira, por exemplo, foram tomadas em conjunto.

“Quem definiu a saída do técnico Fernando Diniz foi o presidente e eu. A contratação do Oswaldo de Oliveira foi definida por três nomes: Mário, Angioni e eu. A nossa primeira opção era Dorival Júnior e Abel Braga, isso, no entanto, não foi possível. Lutamos no ano passado para não sermos rebaixados. Este ano fomos eliminados no primeiro jogo da Copa Sul Americana e eu não estava lá para “atrapalhar”. O presidente tinha o comando pleno”, completou Celso Barros.

Resposta de Celso Barros na íntegra

Fiquei surpreso e perplexo com a entrevista coletiva do presidente Mário Bittencourt, realizada hoje no CT.
Ao se referir ao fato da minha não participação na Flu Fest, o presidente incorre em alguns equívocos.
Quando disputamos a eleição eu tinha 67 anos e isso não foi empecilho para que eu estivesse na chapa. Ao contrário era importante a utilização do meu nome para que vencêssemos as eleições, como efetivamente ocorreu.
O presidente já me colocou com quase 70 anos, o que eu espero completar em 2022, último ano da nossa gestão.
Quanto a fazer parte do chamado grupo de risco, é claro que em relação a minha idade e algumas comorbidades que são comuns nesta faixa etária, eu me encaixo.
Porém, infelizmente muitos jovens com a idade do presidente, já nos deixaram por causa desta grave doença.
Portanto, à época da Flu Fest, respeitadas as medidas de distanciamento, o uso de máscaras e álcool gel, não existiria nenhum problema que eu participasse do evento.

Em outro momento ele fala abertamente sobre a minha saída do futebol. Gostaria de esclarecer, alguns pontos.
Antes da eleição o atual presidente assumiu um compromisso comigo que eu coordenaria o futebol. Ao me retirar do cargo, o mesmo reafirmou o seu desejo autoritário de comandar o futebol sozinho. Levando consigo, enormes dificuldades em ouvir opiniões contrárias ao seu pensamento.

Com uma visão egocêntrica e sempre disposto a ter os holofotes sobre a sua pessoa, ele segue um caminho solo.
Acredito que algumas medidas da atual gestão que discutimos durante a campanha estão tendo resultado positivo, no entanto, no futebol, que é a alma do clube, tivemos divergências importantes.

Com a saída do técnico em 2019, que nos deixou na zona do rebaixamento, alguns poucos jogadores trabalharam para desgastar a minha imagem no grupo. Em relação a esse episódio, o presidente se comportou de forma covarde e resolveu abandonar um companheiro que ajudou a elegê-lo.

Talvez estivesse realizando o seu sonho de exercer um poder ditatorial no clube. Ações de comunicação e marketing, aparentemente, veem sendo usadas para iludir os nossos torcedores.
Um outro fato importante é de sempre ter tentado jogar as minhas costas algumas decisões, que foram coletivas.

Quem definiu a saída do técnico Fernando Diniz foi o presidente e eu. A contratação do Oswaldo de Oliveira foi definida por três nomes: Mário, Angioni e eu. A nossa primeira opção era Dorival Júnior e Abel Braga, isso, no entanto, não foi possível.
Lutamos no ano passado para não sermos rebaixados. Este ano fomos eliminados no primeiro jogo da Copa Sul Americana e eu não estava lá para “atrapalhar”. O presidente tinha o comando pleno.
No campeonato estadual, que na verdade entre as cinco competições que disputamos é a menos importante, obtivemos o honroso título de Vice-Campeão. Em relação ao Campeonato Brasileiro, às opiniões que vem da direção do clube é que possamos estar entre os dez primeiros colocados. Já na mídia esportiva, as projeções são que brigaremos entre a décima e a vigésima colocação.
Estarei torcendo, como sempre torci, para que tenhamos o melhor resultado possível no Brasileirão. E não esquecendo da Copa do Brasil em que avançaremos, se revertermos o resultado da derrota, pelo Figueirense no primeiro jogo em Floripa. Apesar de, não termos enfrentado até o momento nenhum time de maior investimento.
Poderia falar ainda sobre outras questões, mas, prefiro encerrar por aqui.

Manifesto a minha posição de não deixar a Vice-Presidência Geral do Clube, em que fui eleito pelos sócios do mesmo, e de manter a disposição de contribuir com a Gestão do Futebol do Flu.

https://www.instagram.com/p/CDm4W8ynrh3/


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.