CAMINHO A SEGUIR, ATÉ QUANDO (MARIO NETO)
CAMINHO A SEGUIR, ATÉ QUANDO? (MARIO NETO)
Antes de tudo, algo sobre a partida contra o Boa Vista até então o último colocado do campeonato Carioca. Em circunstâncias normais (claro que não foi) este resultado de 1 a 1, contra o Boa Vista, além de considerá-lo como uma derrota, entraria tranquilamente num dos grandes vexames do nosso Fluminense nestes últimos anos, principalmente pelo fato da nossa pouquíssima vontade de ganhar durante os noventa minutos, de jogar o mínimo de futebol e também pelo fato do adversário ter um jogador a menos durante quase todo o segundo tempo. Posso somar a isso o fato de levarmos um gol de contra-ataque nos minutos finais, o que é inadmissível e ridículo (volto a dizer com o adversário com menos um). Pagamos caro, a perda da liderança por pontos ganhos, entre elas. Bem feito! Na sua entrevista coletiva após jogo, o nosso Fernando Diniz, aborrecido com as perguntas, sem a menor razão falou que o time chamado reserva teve uma melhora muito grande em relação ao jogo contra o Nova Iguaçu.
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Não estou querendo alguma coisa contra ele, apenas não vi e acredito que quase todos os que viram no jogo esta melhora “acentuada” não compactuam com o pensamento dele. E cá para nós, nem poderia tê-la (a melhora), pois é a segunda vez que jogam juntos. “Nos treinos eles deram conta do recado e muitos deles jogadores deram ótimas respostas”. Que me desculpe o Fernando Diniz, muito embora não possamos mais ver os treinos, me lembro de uma máxima do genial, fora de série Didi, bicampeão pela seleção brasileira: “ Treino é treino, jogo é jogo”. Por mais que o futebol tenha mudado, como alardeiam, concordo com o mestre em gênero número e grau.
Fiquei assustado com que eu vi neste time de reservas, mesmo levando-se em conta, o que é preciso se dizer, a falta de ritmo de quase todos os jogadores. Mas o que me deixou “com um pé atrás” foram os muitos erros de passes e o estado físico de alguns, entre eles Michel Araújo, David Brás e principalmente Jorge, todos com excesso de peso, pelo menos a “olho nu”. Na minha humilde opinião colocar o time todo reserva não foi a melhor medida para melhorar e dar ritmo de jogo. Os jogadores mal se conheciam em campo. Ficou claro até agora é que tirando o Keno e o Lima nenhum outro pode assumir a titularidade, ou disputa-la no time por enquanto.
Como sabem amanhã é dia de clássico, o que significa dizer que o Diniz vai com todo o time titular. Qualquer outra coisa e invenção pura. Não tenho visto o Botafogo jogar, mas de antemão mão uma coisa tenho certeza: vai ser dureza. O time titular de hoje tem muito pouco a ver com o do ano passado. Por ser início de temporada, deixo o favoritismo deste ou daquele para outra ocasião. Para encerrar, duas coisas: a primeira delas é que falta fazem ao time a espinha dorsal André, Kano, Ganso, Arias, principalmente os dois últimos! Bem, mas isso todos os tricolores sabem. E a segunda é a seguinte: não adianta a torcida (embora não seja injusto) ficar se desgastando, vaiando toda hora o Marrony, Felipe Mello e o Wiliam, vulgo Bigode. Fernando Diniz já deixou mais do que claro que conta com eles neste ano e fim de papo. Está irreversível, pelo menos por enquanto. Inclusive já teceu inúmeros elogios ao Marrony. Espero e torço para que estas experiências tenham cessado contra o Boa Vista, para o bem de todos. Quinta feira que vem é contra o Volta Redonda lá na cidade do Aço. Com o revezamento de titulares e reservas, a segunda opção seria desastrosa.
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