A Voz das Arquibancadas: “Era tricolor, em um lar de flamenguistas” – João Pedro Vianna
Meu nome é João Pedro Vianna, tenho 21 anos e sócio futebol do único tricolor no mundo! Minha história de futebol é bem controversa, porém com um final feliz! Eu nasci em Angra dos Reis, onde permaneço até hoje, em lar flamenguista. Meu pai, tentando me influenciar com a paixão dele, desde cedo, começou a me presentear com camisas do flamengo e etc. Até festa de aniversário com o tema do time rubro-negro eu tive. Foi aos 6 anos. Mas eu não tinha ideia, ainda, de como funcionava o futebol.
Mesmo com toda a paixão dele, ele nunca foi de me levar aos jogos do flamengo, então, não criei qualquer vínculo com o clube de regatas. A típica frase do ‘uma vez flamengo, flamengo até morrer’ é só mais uma lamúria. Com 9 anos de idade, e ainda sem gostar muito de futebol, eu era “só” mais um flamenguista, que não acompanhava futebol, e que torcia por torcer. Mas a minha história começou a mudar, quando meu tio começou a me chamar pra assistir os jogos do Flu, em sua casa. Comecei aí a acompanhar futebol. No mesmo período, minha mãe me inscreveu numa escolinha de futebol, ao lado da minha casa. Para minha surpresa, era uma escolinha do do Fluminense.
Comecei já a vestir uma daquelas camisas de treino do Flu, e começando a entender melhor o futebol. E aí veio o jogo mais marcante da minha vida, que consolidou o meu amor pelo clube e sua torcida. Foi em 2008, no Maraca, naquele 3 x 1 diante do São Paulo. Lá eu fui presenteado pelo meu tio com uma camisa oficial do Fluminense. Lembro, assim como muitos, até hoje do gol do Washington de cabeça. Eu senti que era aquela sensação que eu queria sentir pro resto da vida. Quando cheguei em casa, para a minha surpresa, meu pai não brigou comigo. Simplesmente aceitou minha decisão de torcer pro Fluminense. Ele só perguntou se eu tinha certeza de que era aquilo que eu queria, e achava que ainda iria correr sangue flamenguista em minhas veias. Com o passar do tempo, fui acompanhando os jogos do Fluminense e, em 2009, já sabia que seria fiel ao time, independente do momento.
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Chorei com as derrotas mas conseguimos nos livrar. Em 2010 meu pai já passava a acompanhar os jogos do Flu comigo, mesmo torcendo para outro time. Sempre respeitando a paixão que ia se tomando conta de mim. E a partir daí, como viu que não tinha mais jeito, passou a me levar no Maracanã em jogos do Flu, me deu uma infinidade de camisas do Fluminense. É claro que tem seu lado zoação aqui em casa, mas em nenhum momento fui julgado. Pelo contrário, sempre apoiado, e hoje se tenho esse amor pelo TRICOLOR foi graças a isso. Ao meu tio e, evidentemente, ao meu pai!
Hoje, mesmo morando em Angra, ele ainda me ajuda a ir nos jogos do Flu. Graças a Deus, posso torcer, gritar, chorar e comemorar pelo time que realmente sou apaixonado.
Portanto, não é nada mais justo que, num fim de semana qualquer, eu o leve para tirar a foto com a taça do time dele, e é claro, honrando meu time aonde eu for. Quando ele falou isso, não pensei duas vezes! Por mais que existam brigas e mais brigas entre torcidas, precisamos de paz no futebol. Não imaginava que o vídeo gravado fosse gerar tantos comentários.
Mas foi graças ao ensinamento de minha família, e da compreensão de meu pai, pude crescer um homem sábio e apaixonado pelo Fluminense.
Aqui deixo meu agradecimento ao Saudações Tricolores por essa oportunidade! Vence o Fluminense!
ST
João Pedro