A LUZ DO REFLETOR – Como Furar Retrancas?

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Nessa semana o Flu jogou duas vezes: Perdeu de 1 gol para o Vasco e goleou o River do Piauí por 5×0. Eram bons testes para avaliar melhor a postura do time comandado pelo Fernando Diniz e alguns novos reforços.

No clássico contra o Vasco, tomamos conta do meio do campo, com marcação levemente alta e não corremos muito perigo. Também não conseguíamos furar a defesa adversária. Muita posse de bola, mas sem muita penetração. Uma bola na trave, um ou dois chutes de fora e um pênalti não marcado em cima do Bruno Silva, num cruzamento ao esmo, lá de trás. O Vasco foi uma ou duas vezes ao ataque e achou um pênalti num lance de sorte. No final do primeiro tempo, ainda perderam um gol, com o time do Fluminense meio atordoado com a desvantagem do placar.

Veio o segundo tempo e a pressão tricolor aconteceu de forma moderada: Muita posse de bola e cruzamentos de muito longe para área adversária. Vasco tentava ameaçar nos contra-ataques, mas não tinham tanta ambição assim, deixando claro que o objetivo era manter o 1×0. O time do Vasco vem se apequenando ao longo dos últimos anos, mas não podemos negar que nossa sorte contra eles é mínima. Esse jogo me lembrou o do Brasileiro do ano passado, no segundo turno. Flu com a bola todo tempo tentando atacar e eles acham um pênalti num cruzamento qualquer, fim de papo. Faz parte do futebol.

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O que me incomodou nesse jogo foi a falta de recurso para invadir a área adversária e levar mais perigo ao gol do Vasco. Danielzinho insistia nas bolas longas, em cruzamentos lá quase do meio de campo (não só ele), facilitando demais a vida da defesa adversária. Não era esse futebol prometido pelo Diniz, que até tentou deixar o time mais perigoso, enchendo o campo de atacantes, mas não teve jeito. Mais uma derrota para o Vasco. É necessário inventar e treinar recursos que façam o Flu achar o gol, quando o adversário não vem marcar em cima. O antídoto para esse jogo bem trabalhado do Diniz é ficar na retranca e dar a bola ao time dele. Diniz precisa achar soluções, que não é fácil, para sair dessas situações. Todos times grandes enfrentam esse problema quando pegam um time pequeno, que vem só para se defender, e o Vasco meus amigos, vem se apequenando!

Contra o River foi uma delícia. O time dos caras, por vezes, veio marcar pressão e entrou na roda de bobo do Flusão. Claro que um gol logo no começo faz muito diferença, mas o time jogou fácil e fez seu papel com tranquilidade e sabedoria, enchendo o adversário de gols. River é tão mais fraco assim que Juazeirense? Do que a Ferroviária? Times que deram sufoco, respectivamente, em Vasco e Corinthians. Então temos que comemorar sim e elogiar. Foi um belo jogo para dar moral ao elenco.

O Fla-Flu deve ser adiado em função da tragédia no Ninho do Urubu. Mas como será que vem o Fla, no dia qualquer que o jogo se realize? Abel ano passado, pelo Flu, venceu o Atlético Pr aqui no Maracanã, do Fernando Diniz, por 2×0. Na época disse em entrevista, que a estratégia foi deixar a bola com eles e não marcar em cima (o antídoto que citei no início da coluna). Deu certo. Mas será que o Abel vai fazer o Fla ficar esperando o Flu? Com esse elenco recheado de estrelas e uma torcida provavelmente bem superior (em números, nunca em qualidade) pressionando para ser mais ofensivo? Não acredito que consiga essa proeza e deve vir marcar o Flu em cima. Aí entra outra questão: O Flu vai ter a frieza e competência de sair jogando com o Fla em cima? São as respostas que teremos nesse duelo de início de temporada, ainda sem nosso camisa 10.

 

Toque curto:

–  Bela partida do Luciano contra o River. Mesmo perdendo um pênalti, deu passes precisos e inteligentes. Luciano conhece o futebol, mas precisa ter mais pegada, ser mais raçudo, ter mais garra. As vezes me lembra o Cícero.

– Bruno Silva é bem destemperado, estilo Felipe Melo. Mas ainda acho que o Flu precisa desse tipo de jogador, para dar uma moral para os outros que por vezes parecem estar jogando pelada de final de ano.

Bruno Silva

– E o Rodolfo hein? Muito maluco esse goleiro. Suas saídas do gol precisam ser mais equilibradas. O que foi aquela saída do gol contra o Vasco, chutando a canela do adversário (se cai ele era expulso), deixando o gol todo aberto? Como diria Galvão: “Haja coração!”

– A coluna se solidariza com as famílias que perderam seus entes queridos na tragédia no Ninho do Urubu. Fiquem em paz!

SDT


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