Abad estaria estudando antecipar as eleições

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Mais um capítulo na novela que envolve o mandato do presidente Abad. Muito pressionado, até mesmo por membros do próprio grupo político, agora ele estuda maneiras de antecipar o pleito, marcado para novembro de 2019.

Abad vê, nessa pressão para que ele renuncie, uma tentativa do grupo político Unido e Forte, capitaneado pelo ex-vice geral Cacá Cardoso, em retomar o poder. Ele e alguns oposicionistas não ligados ao grupo. Fernando Leite, presidente do Conselho Deliberativo, é ligado ao grupo Unido e Forte, e seria ele mesmo quem assumiria, em caso de renúncia. Ou seja, o presidente não quer que o poder do clube caia no colo de seu desafeto ou de seu grupo.

Ocorre que o estatuto tricolor não trata essa caso com clareza. O texto prevê que em caso de renúncia o vice-geral – que é um cargo eletivo, junto com o presidente – administrará o clube até o final do mandato, e quanto a isso não há dúvidas. Mas o Flu hoje não tem mais seu vice-geral, pois Cacá renunciou, rompendo a aliança com o grupo do presidente. E é aí que tudo fica mais confuso.

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O texto não e claro quando há um caso como o atual, quando não existe um vice-geral. E ai é que a situação pode acabar na justiça comum, pois cada parte pode alegar uma interpretação do estatuto que mais lhe convier e, com isso, estabelecer o caos nas Laranjeiras.

Há pessoas temerosas de que Fernando Leite não convoque novas eleições em até 45 dias – interpretação da maioria dos conselheiros, que entendem que a vacância deveria ser tratada tal qual ao impeachment –  e fique no comando até o fim de 2019, quando há novo pleito. Ele nega, mas se diz preparado, caso o chamado ocorra.

— Sou uma pessoa que tem uma certa experiência de vida. Sendo o primeiro na linha sucessória e instado a ter que assumir, você acha que seria irresponsável ao ponto de não ter pelo menos equipe e estratégia para tentar começar a tirar o Fluminense do problema em que se encontra? Isso aí eu tenho.

O presidente se reuniu com seu grupo e bateu o pé quanto a renuncia. Ele não vai sair dessa forma. Mas, segundo informações do jornal O Globo, os aliados de Abad estariam traçando a convocação de uma assembleia geral – onde os sócios votam também, não apenas os conselheiros – para propor a antecipação das eleições de novembro. Se aprovado, o pleito seria realizado em seguida. E já contaria com o apoio de oposicionistas não ligados ao Unido e Forte (grupo de Cacá Cardoso), como Mário Bittencourt.

— Para o Fluminense, seria muito salutar uma antecipação das eleições. Não uma eleição e depois uma outra. Porque o clube não vai resistir ter dois embates no mesmo ano — disse Mário.

Abad já estaria realmente disposto a deixar o poder no Flu. Mas sua preocupação agora é em relação quem assumiria o clube. Sua tentativa de antecipar as eleições demonstram, pelo menos, uma preocupação em deixar o nosso clube em boas e, acima de tudo, legítimas mãos.

Aos tricolores, só resta torcer pelo Flu, mas agora fora das 4 linhas. Torcer para que nosso clube seja o grande vitorioso dessa confusão que se desenha no horizonte. A benção João de Deus!

ST

Fonte: O Globo e ST


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