POUPAR OU NÃO EIS A QUESTÃO (MARIO NETO)

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POUPAR OU NÃO, EIS A QUESTÃO (MARIO NETO)

Poupar ou não, eis a questão: essa novela está muito longe de acabar, vira e mexe ela volta à baila com toda força, como está acontecendo esta semana em que o nosso Fluminense tem dois jogos duríssimos contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro e contra o River Plate na Taça Libertadores da América, uma partida que tem o quê de uma possível decisão para o nosso time chegar às oitavas de final, caso consiga um resultado de vitória. Chegaríamos aos nove pontos. Temos duas correntes: há os favoráveis a que o Fernando Diniz poupe este ou aquele jogador, já que o nosso técnico já disse várias vezes que dentro do possível, ou seja, sem ninguém machucado ou suspenso, a sua decisão é a de colocar os titulares em campo. A outra corrente é aquela dos que acham que o Fluminense já deveria ter a esta altura do campeonato uma prioridade, seja ela qual for, mas está mais do que na cara que trata-se da Libertadores da América.
Ainda bem que por enquanto não estamos levando em conta a Copa do Brasil, outra parada indigesta que teremos pela frente: pela primeira vez quase todos “grandes”, exceção feita ao Vasco que ficou de fora das oitavas de final eliminado pelo ABC de Natal. Se não estou enganado só o Sport de Recife está nesta fase vindo da segunda divisão. Portanto, um fato inédito estamos presenciando, sem dúvida nenhuma. Qualquer adversário que saia no sorteio da próxima terça feira será um osso duro de roer. Dito isto deixemos de lado por enquanto a Copa do Brasil e voltemos à “vaca fria”, ou seja, o nosso tema inicial: poupar ou não o time, hoje, amanhã ou daqui a pouco.
Mesmo Fernando Diniz não sendo favorável a que alguns titulares fiquem de fora, mais cedo ou mais tarde isto acontecerá inevitavelmente. Diria até mais do que podemos imaginar. São muitas competições e contusões, suspensões e por aí vai. No mundo ideal concordaria em gênero número e grau com o nosso técnico, mas este mundo está muito longe e pelo andar da carruagem não veremos isso tão cedo. Não digo jamais, porque além de abominar esta palavra, já vi coisas do arco da velha acontecerem no futebol.
Diniz já pode ter decidido o time que hoje entrará em campo, mas como sempre “nós mortais” só saberemos poucos minutos antes desta dificílima partida. O Fortaleza é sem dúvida nenhuma um dos mais bem dirigidos do nosso futebol. Coloco o seu técnico Juan Pablo Vojvoda entre os três melhores técnicos atuando no Brasil (Abel Ferreira e o Diniz são os outros). Diga-se, a bem da verdade, não é de hoje que ele está “por cima da carne seca”. Os setoristas que cobrem o nosso Flu apostam que desta vez Diniz poupará o Jhon Arias, Felipe Melo e o Paulo Henrique Ganso, mesmo sabendo das dificuldades que terá para manter a invencibilidade no Campeonato Brasileiro. Aliás, foram as mesmas apostas feitas por eles na véspera do jogo contra o Paissandu e na hora h: Diniz colocou todos eles em campo. Se eu fosse ele pensaria desta vez com mais “carinho” e descansava este ou aquele jogador, por causa do River Plate. Um resultado reversível no Brasileiro agora não é tão duro quanto ao jogo de terça, onde jogamos praticamente a classificação antecipada para a próxima fase da Liberadores da América.

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