Pré-candidato à presidência do Flu protocola cobrança ao Conselho Deliberativo pelo voto online
Nas últimas semanas, o Fluminense voltou a conviver com um movimentado ambiente político. Na última segunda-feira, dia 14 de março, o pré-candidato à presidência do clube, Ademar Arrais protocolou uma notificação extrajudicial cobrando um posicionamento do presidente do Conselho Deliberativo, Braz Massulo, sobre a implementação do voto online nas próximas eleições. O sócio do Tricolor ainda ressaltou a “estranha a postura do presidente do clube” em relação ao voto online. A informações foi divulgada pelo jornalista Victor Lessa, da Rádio Globo/CBN, que também teve acesso aos documentos.
As próximas eleições presidenciais do Flu estão previstas para ocorrerem em novembro de 2022 e os candidatos ao cargo de mandatário máximo do clube já estão se movimentando. Uma das demandas de sócios visando as próximas escolhas do comando do clube é a implementação do voto online. Ademar Arrais, sócio e pré-candidato à presidência do Fluminense, então, foi até a Justiça cobrar um posicionamento do Conselho Deliberativo acerca do tema. O alvo principal da cobrança foi o presidente do Conselho, Braz Massulo.
No documento divulgado pelo jornalista Victor Lessa, da Rádio Globo/CBN, Ademar Arrais disse ter entrado em contato com o presidente do Conselho em 2021 para tratar sobre a regulamentação da próxima eleição do clube e também sobre o voto online com o intuito de ampliar a votação para sócios não residentes do Rio de Janeiro. Como resposta, o sócio recebeu que a matéria seria pautada no Conselho até janeiro de 2022 e que o presidente do clube, Mario Bittencourt, estaria encomendando um parecer jurídico sobre uma suposta similitude do voto online com o voto por procuração. Na sequência, Arrais diz ser estranha a postura do presidente Mario Bittencourt por segundo ele, Bittencourt ser: “é advogado, antes de sua eleição não ventilou qualquer dúvida sobre a possibilidade do voto online, nem a existência de qualquer empecilho”. Apesar da crítica em relação ao presidente do clube, destacou que a competência para tratar do assunto é do Conselho Deliberativo.
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Em defesa de sua cobrança, Ademar Arrais afirmou que “o Fluminense há tempos realiza ofertas públicas de planos associativos cujo o objetivo principal é o direito de escolher, através do voto por meio do votodireto, o presidente e assim influenciar na decisões e diretrizes da instituição. É um absurdo completo o Fluminense sequer dar uma satisfação pública aos seus associados sobre os assuntos ora tratados por mero medo do presidente de perder a sua reeleição com a implantação democrática do voto online e a consequente diminuição do poder político-eleitoral dos velhos feudos fisiológicos do Fluminense.”
Confira na íntegra o documento exposto no Twitter pelo jornalista Victor Lessa:
Além da cobrança feita por Ademar Arrais, o jornalista destacou em sua conta que em novembro de 2021 também foi protocolado pelo Frente Ampla Tricolor (FAT) por intermédio do sócio-proprietário, Walcyr Borges, uma notificação judicial dirigida ao presidente Braz Mazullo, cobrando respostas sobre o voto online. No entanto, os envolvidos ainda aguardam resposta.