ATÉ QUANDO VAI SER ASSIM (MARIO NETO)

 

 

Esta partida de amanhã contra o Bragantino poderia nos valer a quarta posição no Campeonato Brasileiro, com grandes chances de a conseguirmos, caso tivéssemos feito o dever de casa, ou seja, vencido o Cuiabá segunda feira passada. Tivemos tudo para isso, inclusive abrimos uma vantagem de dois a zero com menos de vinte minutos, mesmo sendo o jogo no Mato Grosso . Mas fomos mais uma vez incapazes de conseguir este objetivo unicamente por nossa culpa. Mais uma vez os nossos erros bisonhos, um pênalti bobo, imbecil, sem a menor necessidade, cometido pelo nosso lateral Samuel Xavier, que já merecia uma reserva, já que o dito conquistou a titularidade depois  de um pênalti igualmente sem nenhuma razão do Callegari contra o Grêmio no final da partida.

Aliás, tenho quase certeza de que estamos perto de conseguir um novo recorde mundial em números de pênaltis feitos num só ano. Por enquanto foram dezesseis, mas pelo andar da carruagem chegaremos a mais de trinta, um negócio inacreditável. Desses dezesseis, treze, isto mesmo, treze (sem exagero) sem o menor motivo, que não tinham perigo algum. A maioria deles com os atacantes adversários saindo da nossa área, ou então colocando mão na bola, tipo Danilo Barcelos contra o Atlético Mineiro e por aí vai. Podemos alegar que alguns desses pênaltis foram duvidosos, decisões lamentáveis dos caras que ficam, no já esculhambado VAR, que gostam de aparecer para os analistas de arbitragem.  Poderiam colocar uma melancia no pescoço também. Com tudo isso dito reconheço que demos “mole”, como dizemos por aí.

O globoesporte.com publicou recentemente uma outra pesquisa, que diz que “entregamos” oito pontos de bandeja em partidas que tínhamos aparentemente sob controle, com o adversário quase morto. Posso até concordar em parte com isto, mas a última vez que sobrávamos na maioria dos jogos foi no longínquo ano de 2012, no ano que ganhamos o nosso quarto título nacional. Perguntem a qualquer Tricolor, “vivo ou morto”, como dizia Nelson Rodrigues, se eles sentem que o jogo está sob controle antes do seu final.  Há exceções, é claro, porém muito mais por conta dos deméritos dos nossos adversários do que qualquer outra coisa.

Contra o Bragantino amanhã no Mario Filho temos outra chance de ouro para encostarmos na zona dos que brigam pela Libertadores no próximo ano. O Red Bull deve poupar alguns titulares por causa da partida da volta contra o Penãrol na próxima quarta-feira, o que, teoricamente, nos daria uma vantagem, além de jogarmos no Mario Filho. Soma-se a isso o fato do time paulista no Brasileirão ter caído de produção nessas rodadas. Com tudo isto a nosso favor eu não apostaria minhas fichas no nosso Tricolor, pela nossa irregularidade durante as partidas e pelo fato de jogarmos devagar, quase parando. Marcão, segundo suas entrevistas, vai colocar de volta Callegari (tem muito sentido) e dar uma “nova” chance ao Arias. Marcão, o porquê dessa nova chance? O colombiano no momento é ele e mais dez  até que se prove  contrário.

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