OPINIÃO: MARCONISMO – Contra fatos não existem argumentos. Ou existem?
O MARCONISMO
Dramas vividos ao final dos jogos de um lado, contra o alcance de números excelentes do outro. Se existe algo que possa descrever o Marconismo hoje, talvez, e somente talvez, fosse o antagonismo do sentimento do torcedor em relação aos resultados alcançados. Se até outro dia o Fluminense flertava com a Zona de Rebaixamento, agora o tricolor quer entrar no G6. Com uma sequência de 3 vitórias e 2 empates nos 5 últimos jogos pelo Brasileirão, o Flu deu um salto na tabela com esses 11 pontos conquistados e fez, analisando as 5 últimas rodadas do Campeonato, a melhor campanha dentre todos os participantes.
De acordo com o levantamento feito pela “Footstas”, os comandados de Marcão tem o melhor retrospecto na tabela de classificação. O tricolor chegou aos 28 pontos e colou de vez no G6 – que tem tudo para virar G9.
Você conhece nosso canal no Youtube? Clique e se inscreva! Siga também no Instagram
🇭🇺 @FluminenseFC tem o melhor aproveitamento do BR21 nos últimos 5 jogos:
🟩 2 x 1 SÃO (C)
🟩 2 x 1 CHA (F)
🟨 1 x 1 JUV (C)
🟩 2 x 0 BAH (C)
🟨 1 x 1 CAM (C)💯 73% de aproveitamento
Fluminense de Marcão não sabe o que é perder há 5 jogos e saltou de 14º para 7º no BR21! pic.twitter.com/vgQQWPv3Ut
— Footstats I2A (@Footstats) September 13, 2021
Mas o método utilizado pelos adeptos ao Marconismo não é unanimidade, ou até é. Difícil de definir o Marconismo. Se por um lado 100% da torcida fica feliz com as vitórias e os bons números alcançados, do outro têm aqueles que demostram muitas insatisfações com o treinador, sobretudo pelas mudanças que ele faz nos jogos. Ontem, não foi diferente.
Mas antes de falarmos das mudanças, vamos falar da relação dos jogadores para os jogo. Se por um lado ganhamos mais opções no meio, com as chegadas de Árias e Nonato e a firmação de André, do outro temos opções para o ataque muito parecidas, que acabam minando o treinador de opções para manter um jogo diferente, mais veloz. Ontem foi a prova disso. Não se pode, ao meu sentir, levar dois reservas que disputem exatamente a mesma posição para fazer, guardadas as características pessoais, a mesmíssima função, como é o caso de Abel e Bobadilla. Com Fred em campo, é um ou outro no banco. Ponto. Abre espaço para o John Kennedy, Matheus Martins e cia, que vêm pedindo passagem no sub-20.
Outro ponto foram as substituições do treinador. O Flu terminou o jogo de ontem com 3 zagueiros (Luccas Claro, Nino e David Bráz), três laterais (Calegari, Samuel Xavier e Barcelos) e três volantes (André, Yago e Wellington) além de Bobadilla no ataque. E se encolheu na defesa aos 35 minutos do segundo tempo. Deu certo? O resultado diz que sim. Mas é muito arriscado esse tipo de ação do treinador. Foram quase 16 minutos de ataque contra defesa, de forma insana. O São Paulo pressionou e apertou o Fluminense que se via sem qualquer possibilidade de sair dessa encolha. Não tinha como.
Isso porque o treinador ainda tinha Wallace e Gustavo Ápis no banco. Podia ter oxigenado seu time, sem recuar tanto. Coloca o primeiro no lugar do Nonato e o segundo no lugar do Caio Paulista e vamos pro jogo. Mas, enfim. É difícil – e nesse caso muito bom – perder o argumento para o resultado do jogo. Mas…
E a vitória veio muito porque Marcos Felipe estava em noite inspirada e os atacantes do São Paulo não. Não dá para apostar 100% das fichas nesses dois fatores. Precisa fazer melhor. Precisa ter mais opções para ajudar a galera em campo. As peças precisam estar melhor posicionadas, e não só isso, serem as mais adequadas naquele momento de jogo, para que os jogadores consigam render mais em campo.
O Marcão tem um lado extremamente positivo: paciência, é um cara de grupo, conseguiu arrumar mais a defesa, conseguiu criar mais, finalizar mais. Mas por outro lado, a galera se assusta como Marcão abdica do jogo cedo demais para manter o resultado. Apesar da vitória, e dos gols marcados, o jogo não foi legal não. O primeiro tempo então, foi horroroso.
No segundo tempo, o Flu conseguiu achar seu gol no início, mas não recuou. Manteve-se no jogo. Após sofrer o pênalti, a jogada do segundo gol nasceu de um chutão de Calegari, que Fred (muito apagado no jogo, até então), com imensa categoria e visão de jogo, matou um tijolo no peito e devolveu uma obra de arte para Luiz Henrique. O moleque conseguiu levar adiante, resistiu à falta de Miranda e avançou para guardar de biquinho.
E o Marconismo segue pontuando para o Flu. Há pontos a melhorar e esperamos que ele assim o faça. Mas que é melhor corrigir os erros com as vitórias, isso ninguém tem duvidas.
Contra os fatos – cinco jogos de invencibilidade – não existem argumentos. Mas… que existem oportunidades de melhoria, isso sem dúvidas!
ST
Washington de Assis