Fala, professor! Roger: “Nós estamos a três pontos do líder”
Por Matheus Maltoni, Davi Barbosa e Caio Ramos
Na noite deste domingo (20), o Fluminense empatou com o Fortaleza fora de casa por 1×1. Após a partida, o técnico Roger Machado falou sobre contratações, recuo pós gol e a atuação do volante André no lugar de Yago. Confira:
Sobre a disputa no alto da tabela
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“Algumas equipes estão disputando, entre elas o Fortaleza, com um jogo muito seguro. Outras equipes que estavam envolvidas na Libertadores e Copa do Brasil estão tendo algum tipo de dificuldade nesse início, e a gente vem performando bem, sobretudo nessa parte do campeonato, de seis jogos que a gente divide para ter uma amostragem mais precisa de espaço, tempo e quantidade de jogos. Nós temos quatro jogos fora de casa nos seis iniciais. É importante estar nesse bloco da frente, não permitir se distanciar, estar ali no G4, G5, no G6. Nós estamos a três pontos do líder, empatamos com o líder, até essa rodada e eu penso que é uma média que somada a vitórias que certamente vamos conquistar fora vai nos dar uma vantagem lá na frente.”
Sobre o recuo pós gol e a dificuldade de contra-atacar
“Contra-ataque você consegue em qualquer parte do campo. De fato, recuamos após o nosso gol, mas a questão não é o recuo. A questão era quando retomávamos a bola, não conseguíamos contra-atacar com contundência. Promovi algumas mudanças para tentar empurrar o Fortaleza para o seu campo e usar a nossa velocidade. Cada time com sua estratégia, já sabíamos como eles atacavam. No fim, fizemos uma partida justa e saímos com um resultado importante.”
Contratações até as oitavas da Libertadores
“Um clube grande está sempre prospectando reforços, seja para uso imediato ou para médio prazo, monitorando jogadores para um futuro breve. Não queria falar em posições, até para não tirar o mérito daqueles que estão entrando e contribuindo com a gente. Mas a necessidade de, por exemplo, um volante, ficou a cargo do André, que fez um belo jogo. Se esses jogadores performando para gente, podemos mudar a posição de quem até mesmo a gente pretende contratar. Era importante a gente dar uma oportunidade para o André que vinha treinando bem. Acho que fez um jogo seguro, só saiu quando cansou. Novamente, uma equipe grande está sempre prospectando jogadores, para contratar fora ou contratar lá de Xerém, que é nossa fábrica de talentos.”
Sobre a atuação do André
“Eu o vejo com características de primeiro homem, de protetor da zaga. É um jogador de intensidade, de encurtamento rápido, bom jogo físico, relativa bola aérea e que tem uma construção em primeiro terço. Porém, quando conversei com ele e com o Martinelli sobre as posições dentro da nossa formação, não quis direcionar qual deles seria o primeiro ou segundo volante. Até porque eles tiveram uma amostragem na base muito maior que eu. E eles me passaram que nessa circunstância o André sempre foi primeiro e o Martinelli segundo, saindo mais para o jogo. Como a gente tem jogado em um tripé, coloquei o André nessa função, mas em alguns momentos da partida eles trocavam. Mas isso acabou nos gerando um pouco de dificuldade, porque o André ainda não está acostumado com o tripé. A partir desse momento eu fixei o André como primeiro e deixei o Nenê (depois Cazares) e Martinelli como os dois médios. Penso que fez um belo jogo. Neste momento, Wellington e André disputam essa vaga de substituição na Libertadores quando Martinelli não puder estar.”
Ausência do Yago e a atuação de Nenê e Fred
“O Fortaleza tem jogadores fortes na defesa, de enfrentamento, e não é todo o jogo que os jogadores serão decisivos. Hoje o Nenê foi decisivo cobrando o escanteio que resultou no nosso gol e na ajuda da nossa dinâmica de meio-campo. Em determinados jogos, pelas características do adversário, alguns jogadores vão se destacar mais que outros e outros terão mais dificuldades. A gente não pode deixar de contextualizar o que o adversário propõe para neutralizar nossas virtudes. Agora, com relação ao meio-campo, entendo que não. Talvez o que possa ter dificultado em alguns aspectos foi o que eu mencionei na pergunta anterior: a falta de entrosamento do André com os outros dois jogadores de centro, em função da dinâmica que os demais estão acostumados a fazer. Não gosto de salientar as ausências em função a determinados aspectos. Eu prefiro tecer que o André fez um grande jogo e se capacitou pra essa vaga do Martinelli quando ele estiver fora.”