Invasão de empresário e ciclista; momentos distintos no Flu; Libertadores e muito mais- Confira a íntegra da coletiva de Fred

Compartilhe

Hoje foi dia de coletiva do Fred no CTCC e, também, de muita descontração. Quando o atacante se preparava para responder à uma das perguntas, um “empresário” e um “ciclista” invadiram a sala de imprensa, Paulo Júlio Clement, e interromperam a entrevista por alguns instantes:

 

– Chegou um ciclista e um empresário… Vai me levar para a Europa. Está com uma proposta do Shakhtar do “Oeste”. Hoje combinamos no grupo do whatsapp para ver quem vinha mais mal vestido. O Nino tentou vir arrumado e conseguiu ser premiado com o título de mais desarrumado.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

Além dessa “pilha”, Fred foi indagado sobre o seu mal momento vivido no videogame – há algum tempo atrás, ele foi filmado pagando uma prenda (pediu dinheiro no sinal), por ter perdido no jogo de futebol. E Nino e Yago eram os “carrascos” do ídolo no joguinho eletrônico. Mas Fred não titubeou em explicar e ainda prometeu revelar vídeos comprometedores dos seus colegas:

– É igual esse teto aqui, ele está todo branco, mas o povo só repara um risquinho preto que tem ali. Eu tive uma derrota em 426 jogos, infelizmente foi a que estava sendo filmada. Vamos classificar amanhã e eu vou começar a soltar aqui os vídeos que tenho aqui do Yago, do Nino, no Fifa. Vocês vão ter surpresa.

Brincadeiras à parte, Fred também falou sobre o seu início no Fluminense (ou reinício), revelou conversas para o Odair não o colocar no time titular, no lugar de Evanílson; do seu início conturbado por lesões; sequência; carreira e plano de vida. Confira o que o ídolo tricolor disse na coletiva, que se estendeu por mais de uma hora:

– Muito feliz com tudo que está acontecendo com o Fluminense. Conseguimos surpreender a todos. A forma que falavam da nossa equipe no início serviu para nos fortalecer, pra gente tirar lição. Criamos um estilo de trabalhar, de levar pros jogos e tudo deu certo. Estou muito feliz. Tem mais um jogo, uma grande final, vamos fazer de tudo para fechar com chave de ouro.

– Realizei um sonho, já dormi de novo e tenho um novo sonho, espero acordar amanhã às onze e meia da noite e levar o Flu direto pra fase de grupos dessa Libertadores.Vamos tentar ser o mais natural possível para não ter pressão e continuar fazendo o que temos feito, que é agredir o adversário e marcar muito. O Fortaleza tem muito qualidade. Espero poder vibrar com um grande feito amanhã.

ROGER MACHADO

– É um treinador muito preparado, peguei uma pré-temporada com o Roger no Atlético-MG, todos os jogadores elogiaram o trabalho dele na época, conseguiu implantar o conceito de jogo dele. Deu resultado em campo. Temos que buscar de todo jeito essa vitória que, com a combinação de resultados, nos possibilitaria ir direto pra Libertadores. Seria muito importante termos mais tempo com a comissão nova. Eu participei de uma geração que virou Time de Guerreiros, e acho que esse ano nós criamos uma identificação de um time comprometido para jogar e defender.

INÍCIO E REENCONTRO COM O FLUMINENSE:

– Eu tinha medo, dos anos que eu joguei aqui, eu me colocava pressão de ser melhor que o ano anterior. Fiquei com medo de não manter o nível lá em cima, me cobrei muito, mas deu muito certo graças a Deus mesmo com todo o medo e todas as dúvidas. A camisa do Fluminense ajudou, a camisa combina comigo.

– Acho que o brasileiro entende muito de futebol. Ele olhar que o Fred já está com 37 anos, eles têm que analisar assim mesmo, com dúvida. Mas até nisso eu notei carinho. Eu também de fora, sem conhecer o Nenê, cara que a gente não cansa de exaltar pela temporada e postura, eu nunca tinha trabalhado com ele, também olhava Nenê com 39 anos, a gente tem o hábito de desconfiar. O bacana dessa situação é que não temos a mesma potência de anos atrás, mas temos a vontade de vencer maior, a gente vai se cuidando para manter o nível e ajudar.

MOLEQUES DE XERÉM:

-Pelo carinho, respeito e amor que tenho pela camisa do Fluminense, quero que nasçam rápido um monte de John Kennedy, de Samuel, porque eu vou parar logo ali. Quero um cara pra me puxar pra cima também, onde eu possa ensinar algumas coisas pra eles.

Xerém na Libertadores

– A molecada sabe. Quando eles estão na base, eles sabem que a Copa São Paulo é o campeonato mais importante da categoria deles. E quando eles chegam no profissional, sabem que a Libertadores é o maior, que te põe no Mundial. Eles sabem que a gente chegar nessa Libertadores é um grande feito. A gente chegar na fase de grupos é um passo também. Vai ser muito bom, não só financeiramente, mas a gente voltar depois de oito anos… Estar no grupo de elite do futebol brasileiro. E um dia que a gente entrou na Libertadores, futebol 11 contra 11, a gente entra também para ganhar. Fluminense é assim.

VAGA DIRETA NA LIBERTADORES

– A gente leva todas as informações, o clube todo está mobilizado. Estamos de olho nos jogos que nos interessam, acompanhamos de tudo. A gente sabe que dependemos de um empate no Morumbi no mínimo pra podermos ganhar aqui. Não vamos só olhar os outros, vamos fazer o nosso.

MOMENTOS DIFERENTES DENTRO DO FLU:

– Eu peguei fase de muito investimento, fase com plantel qualificado mesmo sem tanto investimento e estou nessa fase muito prazerosa, porque estou vendo a molecada subindo com personalidade e dando conta do recado. O mais legal é poder orientar os moleques com nossa experiência, e eu estou aprendendo muito com eles. Sempre fui muito competitivo e meio chato em campo, mas essa molecada está me deixando uns 20 anos mais novo. Estamos vivendo o momento que a torcida esperava, com a reestruturação do clube e os meninos de Xerém em campo. A cereja do bolo que está faltando é a torcida no Maracanã. Espero que isso possa acontecer logo com todo mundo protegido.

O QUE SIGNFICA O RETORNO À LIBERTADORES COM O FLU:

– Realização de um sonho para mim. E para ficar perfeito esse sonho seria com essa vaga na fase de grupos. Muito prazeroso para mim talvez ter a última oportunidade de tentar esse título com a camisa do Fluminense. Realização de um sonho não só para mim, mas para toda nossa torcida, todos os jogadores. Nós vamos em busca dele a partir de amanhã (quinta-feira).

AMBIENTE TRICOLOR:

– Nosso ambiente foi super saudável. Das confusões que tivemos aqui, quase nada, tudo foi resolvido em 24 horas. Vai embora chateado um com outro e quando volta já está abraçando, brincando, zoando e se cobrando dentro de campo, que é o nosso ganha pão.

 APOSENTADORIA? PLANOS?

– Eu acho que minha mulher vai querer, no mínimo, uns três meses para ela ter um marido para levar os filhos na escola, poder viajar no feriado, porque eu não tenho feriado, não tenho fim de semana… Brincadeiras à parte, meu sonho é permanecer aqui para sempre. Não sei o que vai ser do meu futuro, mas planejo tudo aqui dentro do Fluminense. Quando conversei com o Mario ele deixou claro o desejo que eu permanecesse no clube de alguma forma. Vamos viver o momento no seu tempo. Porque se não acaba embolando e não dá para fazer nada. Não dá para ser treinador jogando, não dá para ser diretor jogando, não dá para ser supervisor jogando. Dá para ser só jogador. Ajudar em outras coisas vamos pensar mais lá para frente. Mas, com certeza, estarei aqui dentro.

SUA IMPORTÂNCIA DENTRO E FORA DOS GRAMADOS:

– Sempre fui um jogador que a prioridade para mim era fazer gols para meu time ser campeão, ganhar os jogos. Acredito que meu poço de vaidade era mais fundo há um tempo atrás. Hoje, meu objetivo único e claro – e que não tira minha vontade de fazer gol e querer jogar – é que o Fluminense vença. De verdade. Várias vezes tive situações com Evanilson e fui sincero que era ele. E tinha que ser mesmo. Com ele estaríamos mais próximos das vitórias. E não tenho problema nenhum se tiver que ir só para ajudar, jogar 10 minutos. Deixo bem claro que quero jogar o máximo possível, não gosto de ser substituído. Mas, pelo Fluminense, quero cuidar do nosso ambiente.

– Da mesma forma, o papel que nós, que já vivenciamos tantas coisas, temos que fazer é, quando acontecer qualquer tipo de problema, o vestiário é muito importante para blindar, inclusive os treinadores, que são tão massacrados em nosso futebol. Temos que não deixar chegar alguns tipos de problemas a treinador, diretoria. Nós, jogadores, temos que repreender quando acontecer qualquer tipo de problema. Aqui no Fluminense está sendo assim. Não deixamos o “eu” falar mais alto que o “nós”.

TEAM NENE X TEAM FRED

– Lembro dessa “fake treta” que tentaram colocar. Mas a gente não precisa de muito esforço para saber que é mentira. Se eu falar que não teve nenhum tipo de discussão no ano, estarei mentindo. E no ano que vem terá mais umas cinco. É normal, natural. Se falarmos que a gente não discute em nossa casa, com a família, filhos, esposa, estaremos mentindo também. Discussão normal para procurar o equilíbrio o que é certo para família, seja nossa casa, seja a família Fluminense. Com todas as nossas diferenças nós nos respeitamos e gostamos.

– E eu e Nenê somos muito próximos, muito amigos. Nos gostamos muito, nos respeitamos muito. E nunca teve nenhum tipo disso. Essa parada é infundada Nenê mandou mensagem procurado. Ficou triste. Eu falei: “Esquece isso. Quando começarmos a ganhar…”. Por coincidência, estava acontecendo a mesma coisa em outro clube aqui do Rio de Janeiro. Eu falei: “Olha lá, Nenê. Surgiu lá também. Com certeza deve ser mentirosa”. Isso não nos abala. O que vemos é uma rede social com uma arma apontada para todo mundo. Não vai nos atingir, mas talvez os mais jovens possam ver aquela informação, aquela bomba, todo mundo xingando e acabar sendo influenciados. Mas nós levamos de boa.

st


Compartilhe