Nenê destaca campanha do Fluminense e se diz orgulhoso em fazer parte do retorno à Libertadores: “Com quase 40 anos, fazer parte disso, não tem preço”

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Artilheiro do Fluminense no Campeonato Brasileiro com 8 gols, Nenê concedeu entrevista coletiva no CT Carlos Castilho nesta quinta-feira. O meia caracterizou a campanha tricolor como surpreendente e se disse orgulhoso em fazer parte do grupo que recoloca o Fluminense na Libertadores após oito anos de espera.

“Com certeza o Fluminense teve a campanha mais surpreendente do Brasileirão. Acho que tanto clube quanto torcedor não tinham essa clareza de que esse objetivo poderia ser alcançado. Pelo investimento financeiro, pelos problemas que o clube atravessa. Os clubes que estão nas primeiras posições investiram, se não me engano, 10 vezes mais do que o Fluminense. Então, só isso já mostra o feito que esse grupo fez. Tenho muito orgulho de participar desse momento, desse grupo e de ajudar a levar de volta à Libertadores um clube com a grandeza do Fluminense. Eu com quase 40 anos, estar fazendo parte disso, da história de um clube tão grande, não tem preço.”

O camisa 77 falou também sobre o período em que ficou no banco de reservas sob o comando de Marcão, uma eventual insatisfação e o retorno em alto nível. Além disso, afirmou estar feliz em voltar a atuar centralizado e também elogiou a presença dos Moleques de Xerém no time principal.

Tempo na reserva e “insatisfação”

“O cara que fica feliz em ficar no banco e não faz nada tem que parar de jogar bola, né? Isso é uma coisa normal. O que não pode é perder o respeito. Sempre respeitei a decisão do Marcão e minha alegria é ajudar meus companheiros a ganharem os jogos. Sempre vou dar meu máximo”

Sobre voltar a atuar centralizado

“Quanto a voltar a jogar no centralizado, é minha posição de origem, né? É onde me sinto bem, porque tenho a liberdade de cair para os dois lados e isso torna a missão de me marcar mais difícil do que se tivesse na lateral de um campo. Também tenho mais possibilidades de passe. Estou muito feliz com isso e o mais importante é ajudar o Fluminense a conquistar as vitórias.”

Sobre a influência dos Moleques de Xerém na forma de jogar da equipe

Acho que alterou um pouco a minha posição, mas eu me sinto bem em ter esse molecada que pode correr (risos), eu poder estar distribuindo os passes e tentando acertar o máximo e deixar eles em uma oportunidade clara de gol. Como antes eu jogava mais perto do gol, eu estava tendo a felicidade de fazer mais gols do que o normal. Mas assistência para mim é como se fosse um gol, porque a participação é direta e eu estou ajudando. Então para mim é o que vale, a gente conquistando as vitórias está tudo bem.

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Foto: Lucas Merçon/FFC

Com a vaga já assegurada na pré-Libertadores restando duas rodadas para o fim do Brasileirão, Nenê falou sobre a importância de manter o foco e pensamento no objetivo final, o de conquistar uma vaga direta para a fase de grupos da Libertadores. De acordo com o meia, é preciso ter a cabeça do lugar.

“É preciso ter um equilíbrio, né? O presidente falou e eu também falei no vestiário que não podemos relaxar e já ter o pensamento de dever cumprido pela vaga na pré-Libertadores. Então é continuar focado e continuar com a entrega que estamos tendo, com a competitividade e confiança que estamos tendo. É ter a cabeça boa e saber que o time tem condições de conquistar o objetivo.”

Por fim, Nenê ironizou os boatos sobre um possível “racha” no elenco do Fluminense, o qual teria ele e Fred como pivôs, falou sobre sua relação com Marcão e sobre a possibilidade de igualar a sua própria temporada mais artilheira na carreira, que foi em 2016 quando atuava pelo Vasco e marcou 21 gols.

Foto: Lucas Merçon/FFC

Suposto racha no elenco

“Quem falou de “team Nenê” e “team Fred” fomos nós mesmos, ironizando essa notícia que querem, como sempre, e principalmente aqui no Fluminense, torcer contra. Não sei quem é, nem quero saber. Em um momento difícil, a gente demonstrou a grandeza desse grupo. É uma coisa sensacional. Por isso que acho que a gente merece. É uma coisa verdadeira, sabe? Leve, incrível o dia a dia. Todo mundo se dá bem, se sente importante. Todo mundo sabe como esse elenco é homogêneo e como não tem um tipo de problema com ninguém. A gente reagiu da melhor maneira (risos), ironizando.

“Hoje eu dou risada em relação a isso, mas é uma coisa muito séria que pode, se o time não está bem mentalmente, se o grupo não está fechado, pode atrapalhar muito. Vai cada vez mais perdendo confiança… Uma coisa muito chata, mas é coisa de quem não quer ver o Fluminense bem.

Relação com Marcão

“Muita resenha, né (risos)? Mas quando é para ser sério, a gente é sério também, fala o que precisa melhorar, fazer ou continuar fazendo de bem feito. O Marcão é um cara muito aberto, conversa com a gente. Não só eu, mas os meninos mesmo. Todos. É uma relação muito bacana, aberta, dando essa autonomia também para gente dar nossa opinião. A gente viu que encaixou muito bem e está muito feliz com isso.”

Sobre igualar sua própria marca

“Eu não pensei nisso não, mas vou pensar agora (risos). Não vou ficar com essa obsessão para igualar, mas seria bacana. Como eu falei, o mais importante será a vitória. Se eu der assistência e a gente ganhar… Prefiro do que marcar e a gente não ganhar. Se der para juntar as duas coisas também, vou ficar muito feliz e realizado.”


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