Marcão precisa de parar de querer manter o time do Odair e começar a montar o próprio
Marcão assumiu o Fluminense e prometeu, num primeiro momento, que iria manter o time que Odair Hellmann: – “A gente pretende manter tudo de bom que o professor deixou” – disse em coletiva. Pois é, Marcão. Não deu. Não é seu estilo de jogo e você, com toda franqueza, não soube conduzir o que o Odair deixou de bom. E isso é “ok”, não é motivo de desespero. Mas, passado dois jogos muito ruins, você precisa voltar a ser “estilo Marcão” e deixar de lado o “Odairzismo”.
O Fluminense de 2019, quando Marcão assumiu, era bem diferente mas com algumas peças em comum. Muriel foi essencial na arrancada – inclusive quando se machucou diante do Inter, gerou enorme preocupação na torcida. Nas alas, Caio Henrique mandava na canhota e na direita Gilberto dava as cartas. Na meiuca, Allan e Daniel davam uma mobilidade que, ao lado de Ganso ou Nene (que se revezavam por ali) faziam um time mais ágil. Na frente, Yony, Marcos Paulo, Wellington Nem, João Pedro se revezavam, e ainda tínhamos o Evanílson, sem muitos holofotes, como opção. Hoje, Marcão precisa achar sua formação ideal, com as peças que tem.
E para tanto, ele terá seis dias, de fato, para preparar o time que vai enfrentar o São Paulo no dia 26, às 21h, em casa. E aí, teremos um tempo interessante para preparar o time.
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Para termos um time que se aproxime mais de suas características, Marcão precisa de um meio diferente – e muito – o que ele utilizou nos últimos jogos. Hudson e Yuri não trazem o que seu estilo pretende. André e Yago – caso Martineli ainda não esteja à disposição – tem que ser a opção para a volância no time. Um é um pitbull, que sabe jogar. O(s) outro(s) trazem uma opção de saída de bola com mais qualidade. Na parte mais criativa, Michel Araújo e Marcos Paulo, jogando no meio, como uma dupla de meias. Um tem uma característica de conduzir, correr e abrir espaços; o outro, sabe achar os espaços que aceleram o jogo. Na frente, Wellington Silva e Lucca. Um pela ponta, outro mais centralizado. Acabou o mistério. É esse o seu Fluminense. Ponto. Sem medalhões, um time mais leve e que vai saber jogar.
Na linha defensiva, Marcos Felipe é titular. Calegari não pode deixar a lateral – e se precisar, Dani Bolt está na área. Na ala canhota, Danilo Barcelos e ponto. Na zaga, Luccas Claro, Nino e Ferraz se equivalem, mas os dois primeiros me agradam mais. É isso: Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro (Ferraz), e Danilo Barcelos; André, Yago (Martineli), Michel Araújo e Marcos Paulo; Wellington Silva e Lucca. Ah, e ainda teremos o Luiz Henrique, que também pinta como uma boa opção.
Fred, Hudson, Nene e Ganso. Gosto de todos. Podem ser aproveitados no decorrer da partida, em momentos distintos, pontuais. Mas não são seus titulares, não adianta. Seu estilo de jogo é um que eles não te entregam, sobretudo se jogarem juntos – aí, então… Talvez o Ganso no lugar do MP, para fazer a bola girar mais rápido… E só.
Apenas um ponto nos separam da fase de grupos da Libertadores, o que representa, absurdamente, uma mudança de planejamento, investimentos, patrocínios…. Além de uma diferença que pode alcançar mais de R$ 6 milhões…
Premiação BR 2020 – valores por posição
- R$ 31.746.000
- R$ 30.096.000
- R$ 28.446.000
- R$ 26.796.000
- R$ 25.146.000
- R$ 23.496.000
- R$ 21.846.000
- R$ 20.196.000
É muita grana. E a diferença é de um ponto… E o ponto é: Marcão tem que parar de tentar comandar o time do Odair e começar a comandar o seu…
ST